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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

OH! QUE ESPANTO!



Deve ser muito pouco comum ficar a olhar como que pasmada, durante umas fracções de segundo, quando se vai entrar num carro.

Aconteceu isso comigo, no início da década de 60.

E agora, ao contrário daquela diminuta interrupção de atitude, reduzida à exclamação muda de um “oh! Que espanto!”, ocorreu-me, também num ápice, o remoto momento do cenário.

Tinha chegado a Lisboa, vinda da minha Beira Alta, apenas há alguns meses. Era Verão e começava a fazer novas amizades.
- Queres ir á praia? Pergunta-me uma companheira de estudo. Conheço A que traz um amigo; podemos ir os quatro pró Tamariz.
- Vamos, então.

Feitas as apresentações, dirigimo-nos para o nosso meio de transporte – o automóvel
E o condutor abre a(s) porta(s) de uma forma nada convencional… para cima.
Devo ter ficado alí, “ausente”, a olhar para aquele belíssimo pássaro prateado até ouvir - “entre, T.”

Gostaria de descrever o modelo mas não sei. Pela imagem de longo prazo retida, acho que devia ser um Mercedes-Benz SL, modelo “asa de gaivota”, concebido nos anos 50, muito semelhante ao Mercedes-Benz 300SL Gullwing Coupe, o protagonista de “E o Vento Levou”, comprado pelo próprio actor Clark Gable … ou um Mercedes-Benz SLR McLaren.


O modelo é também conhecido por nele terem andado as atrizes Marilyn Monroe e Ava Gardner.
Hoje parece ser ainda um dos mais pretendidos pelos apaixonados de carros desportivos e, quando negociado em leilões atinge, normalmente, valores muito altos.

A praia do Estoril/piscina do Tamariz era, na altura, frequentada pela fina-flor da sociedade nacional e estrangeira devido aos muitos refugiados ricos zarpados da guerra e das perseguições racistas e políticas do nacional-socialismo alemão e de outras ditaduras europeias anti-semitas, ex-chefes de governo, ex-monarcas de países ocupados pelas tropas alemãs, agentes secretos, aristocratas, escritores e actores que por lá tinham passado, a caminho de exílios de luxo.

Piscina do Tamariz - década de 60

Os panos dos toldos, barracas e cadeirinhas eram recolhidos e guardados ao fim do dia e montados novamente pela manhã, transportados ao ombro, pelo pessoal efectivo da Estoril-Sol.
Os balneários já tinham duche de água fria e havia também cabines privadas com duche quente.
Praia do Tamariz/Estoril

Lembro-me de uma «Praia-Piscina-Flutuante» erguida sempre no Verão, ao largo do Tamariz, com capacidade para cerca de cem pessoas que pagavam o transporte e usufruto do espaço balnear. Do equipamento faziam parte guarda-sóis, colchões, snack-bar e instalações sanitárias.

Piscina flutuante

E como as Docas ainda não existiam, era no Casino e em bares/discotecas que as noites se animavam.

Casino do Estroril anos 60

Ainda hoje me recordo nitidamente do quanto maravilhada me senti naquele dia tão pouco vulgar para uma provinciana como eu.

Jardins do Casino  e Praia do Tamariz, agora

Porem, nas décadas seguintes, o crescimento industrial da "cintura" lisboeta e a poluição acabaram por degradar aceleradamente toda essa distinção da «Riviera Portuguesa», até à bem visível decadência actual (embora se notem algumas tentativas de recuperação).
A relva insípida dos jardins do Casino ajusta-se a nouveaux-riches. E o que se ganhou em infra-estrutura do footing perdeu-se em glamour!

Imagens Google

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

SEM ADRIANE...




LABIRINTO - disposição complicada de caminhos, ruas e travessas, curvas e contra-curvas, passagens e divisões, entrelaçados, de difícil saídalugar por onde se sai com mais ou menos dificuldade obstáculo complexo que alguns encontram, outros nãoresposta negativa para muitos personagens em que a história de busca incessante dos seus objectivos se transforma num beco sitiado bloqueado pelos proprietários da pista por eles construída como um queijoalimento obtido através da fermentação do leite coagulado solidificado sem paladar para que, no quotidiano, a inteligência dos excluídos /enclausurados não encontre no presente um futuro de amanhã - porvir do restrito processo em marcha organizado pelos dédalos - arquitectos do labirinto onde os reféns, depois de gastarem todas as energias a correr na convicção de que o mundo acabará por se mostrar generoso com eles, se transformam em minotauros - "monstros" a quem não são oferecidos jovens como no Labirinto de Creta mas que se devorarão uns aos outros para aguentar a “fome escondida" porque, sem o fio de novelo de Adriane, jamais encontrarão o caminho de volta do beco-sem-saída dum aberrante "LABIRINTO".



Imagens Google

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

ALDEIAS - 2





É na Beira Alta, onde se encontra a maior parte das «Aldeias Históricas de Portugal» com fundação anterior à nação portuguesa, quase todas erguidas em terras elevadas que, num vale, nas margens do Rio Noémi, fica o local da minha origem – CERDEIRA, uma aldeia bem interior, na contiguidade da montanha, fazendo parte “desse como que embrionário coração da pátria" (Torga, 1950).

O comboio, acompanhando a suavidade das águas, trilha alegre, veloz e ruidoso na que já foi uma das linhas mais importantes da rede ferroviária portuguesa para passageiros e mercadorias, a caminho de Espanha. Perpendicular a ambos, ligando a Guarda (Pinhel) ao Sabugal, passa a Estrada Nacional nº 324, privilegiada pela passagem na nobre ponte românicaComo atalaia e miradoiro, tem a Senhora do Monte.
Poderá dizer-se que é uma aldeia airosa, sem ventos sibilantes, aconchegada, antiga mas não “histórica” (se considerarmos o início da sua fundação).

Porém, tal como a maioria dos adolescentes/jovens da minha idade, tive que deixá-la há várias décadas. "Exonerei-me". Não, ela não me demitiu; autorizou até que trouxesse comigo, retidas na memória, todas as sensações e impressões adquiridas durante os anos que lá vivi.

O miserável receio de ser sentimental é o mais vil de todos os receios modernos. Gilbert Chesterton

Sou uma sentimental. Sem receio.

Ao receber um e-mail com o VIDEO que insiro aqui em baixo, achei que viria a propósito falar dela mais uma vez para sublinhar, apenas, o que disse já em 7 de Setembro de 2014, quando abordei o tema “ALDEIAS” - não as diferenciadas 12 “ históricas”, mas muitas outras que, apesar de pequenas ou mesmo muito pequenas sabem ou podem conservar, sem descaracterizar, o seu património/costumes:

Alentejo – São Gregório(Borba), Évoramonte (Estremoz), Brotas (Mora), Santa Susana (Alcácer do Sal), Praia da Tocha (Cantanhede), Carrasqueira
Algarve - Cacela-a-Velha 
Centro do País - Gondramaz (Miranda do Corvo), Talasnal (Serra da Lousã) Aldeia da Pena ( Penedos de Góis), Olho Marinho, Vila Nova de Poiares
Minho e Trás-os-Montes - Rio de Onor e Pitões das Júnias
Região de Lisboa- aldeias saloias típicas como Caneças.


“ Nem tudo está perdido se os homens decidem ser donos do tempo em vez de escravos da monotonia (…) sintam o cheiro de uma pedra e o deslumbramento de uma imagem. Oiçam cantos nas maneiras de falar e nos costumes antigos de receber (…)
(…) E repousem em Castelo Rodrigo: saberão então que o mundo está bem feito.
O viajante não tornará a falar da hora, da luz, da atmosfera húmida. Pede apenas que nada disto seja esquecido enquanto pelas íngremes ruas sobe, entre as rústicas casas, e outras que são palácios, como este, seiscentista, com o seu alpendre, a sua varanda de canto, o arco profundo de acesso aos baixos, é difícil encontrar construção mais harmoniosa. Fiquem pois a luz e a hora, aí paradas no tempo e no céu, que o viajante vai ver Castelo Novo” “Caminho de Salomão”, Saramago

Lindo, não é?

Tomara que os políticos/ governantes/gananciosos/corruptos/coniventes, não ignorassem tanta beleza e a convertessem em riqueza. 
Seríamos um povo feliz, sim.

Das aldeias belas não sairiam clamores de revolta (alguma esperança, também) como o desabafo de Manuel Muralhas (um dos que ainda por lá estão, presumo) e que pode ler-se entre os muitos comentários ao vídeo.
São cidadãos que  pagam  impostos e não têm segurança, nem transportes, nem saúde, nem crianças nas ruas. Há portas fechadas para sempre; outras abrem pela vontade de reviver experiências ou, outras ainda, apenas para calar a nostalgia da distância na Alemanha, Suíça, Luxemburgo, França, Norte de África, África do Sul, Angola, no mundo. Há pessoas activas desiludidas, tristes, revoltadas, conformadas, embrutecidas.

Sim, são lindas, as nossas  aldeias. Mas só para fazer videos. Ou para os turistas.
Ou para vender.

"Vendem-se duas aldeias em Trás-os-Montes" 7 Junho 2013


- Aldeia de Picões, na freguesia de Bouçoães (Valpaços)
Na margem direita da ribeira com o mesmo nome, um afluente do rio Rabaçal, que desagua junto à ponte de Rebordelo, na estrada nacional nº 103
A aldeia tem um núcleo urbano constituído por várias casas de pedra tipicamente transmontanas e, mais afastada, encontra-se a capela de Santo António, “ ainda em bom estado de conservação”
Existem três nascentes de água, um moinho de água em “plenas condições de reabilitação” e usufruto exclusivo da albufeira de uma mini-hídrica, “com grande potencial de exploração"


- Aldeia dos "lameiros" (nome dado pela imobiliária) situada num vale profundo de Trás-os-Montes 
Trata-se de um verdadeiro santuário, isolado de tudo e de todos.  
A aldeia é constituída por 16 casas, anexos e uma capela. Encontra-se integrada no vale profundo da montanha e reúne um conjunto de propriedades interligadas entre si. É formada por lameiros, terrenos de pastagem e de cultivo hortícola, castanheiros, nascentes e linhas de água em abundância, casas “antiquíssimas”, construídas em pedra de granito, eiras, cabanas, palheiros, espigueiros e uma capela, tudo a necessitar de uma recuperação profunda. Extraido de: www. idealista.pt


site do vídeo e comentários


domingo, 11 de janeiro de 2015

A DÉCADA DA DIFERENÇA - 2


... A década de 60 foi, na minha vida, a época da diferença...
(poste de 11/11/2014) 



...ouvia-se o fado puro, num sentido quase religioso, onde não faltava o caldo verde e presenças como Ary dos Santos, David Mourão-Ferreira e Maluda, entre muitos outros.
O Fado é “mais do que um património, é o corpo, a alma e a história de um Povo”, terá afirmado Natália Correia.


E IA-SE À MODISTA...

No inicio da década de 60 avançava, em todo o mundo, a reconstrução do pós guerra na economia, na música, no cinema, no aparecimento dos primeiros electrodomésticos e também na moda.
Porém, em Portugal, esses efeitos aconteciam a um ritmo muito menos acelerado. 
As importações eram condicionadas pelo regime e pelo desequilíbrio dos sistemas de produção da maioria dos países europeus que viviam em estado de guerra. Aos portugueses restava a “paixão” pelas modas estrangeiras.

O Estado Novo insistia num sucesso nacional baseado na simplicidade e tradição, muito útil para a economia mas não para a moda.

 A mulher, com algumas excepções (no exercício do ensino, por ex.), deveria ser apenas o “chefe moral‟ da família.


Salazar trespassava o seu patriotismo, simplicidade, perspicácia e elegância através do vestuário, de acordo com descrição, em 1948, do jornalista Charles d´Ydewalle, : 
“Diviso somente um gentleman de mãos aristocráticas que veste uma finíssima camisa creme e um casaco assertoado, muito Sackville Row. Dir-se-ia um anúncio apostólico vestido por Londres,talvez um latino habituado a manipular dollars, com facílima facilidade de trato, uma educação requintada, parecendo ter todo o tempo para me receber, um homem mundano,sem gestos, sem nunca descruzar as pernas

Numa esfera mais abrangente, Peter York (1994) define sucintamente a moda ocidental: “tinha o seu establishmentuma espécie de Vaticano”, com “ditadores que estabeleciam as regras para serem seguidas por toda a gente".

As saias rodadas em godé, plissadas ou de pregas e os vestidos volumosos de cintura bem marcada, de comprimento abaixo dos joelhos (tendências da década de 50 !) continuavam a ser moda em Lisboa. 
O rabo-de-cavalo e a franja perpetuavam-se nos penteados, assim como a maquiagem dos olhos com muito delineador e rímel, os lábios vermelhos, o uso de sapatos sabrinas, meias de vidro, luvas e o famoso perfume Chanel Nº 5.
Havia a preocupação de não dar nas vistas.

E foi assim, de vestidos rodados, sabrinas de cor amarela e tranças transformadas em rabo-de-cabelo, que me mudei para a capital. 

As saias de pregas eram de "Terylene", eternas e muito práticas. Não precisavam de ser engomadas e secavam rapidamente. 
Em muitos colégios faziam parte dos uniformes.



Ainda sem muitas lojas de Prêt-à-porter por cá (com destaque para o Grandella, Lanalgo, Loja das Meias e Loja das Malhas), eu tinha uma costureira para as roupas do dia-a-dia, transformações e arranjos e uma modista que fazia o desfile dos seus próprios modelos, decalcados de revistas estrangeiras - os “figurinos” - para vestidos de festa e de cerimónia, casacos compridos, tailleurs e chapéus. Também eram meus favoritos os fatos tricotados à máquina, por medida.
O "feitio" dos trajes e a escolha dos tecidos definiam o estatuto e o bom/mau gosto da pessoa.
  


Se o biquíni ainda era proibido, não sei; mas recordo-me de não ter tido qualquer problema de escolha entre dois tipos de fatos de banho...
O tecido de fantasia na parte da  frente era duplo.


Na praia das Maçãs

Porém, este período de transição durou pouco.

BB foi a imagem entre os dois ideais de beleza bem diferentes - o da mulher conservadora ‘New Look’ de Dior e o do advento ‘anti-moda’ irreverente, rebelde e informal da segunda metade da década dos 60’s.



Com o sucesso de Elvis Presley, dos Beatles, do rock’n'roll, a juventude da década de 60 influenciou a moda, trocando o estilo clássico pelas mini-saias de Mary Quant e blusões mais curtinhos. As meias e cintos de ligas foram substituídos por collants finos, coloridos e com padrões.

A mulher passou a valorizar mais o corpo tendo como referência Brigitte Bardot (de linha mais sexy) e o modelo Twiggy (super-magra, de visual andrógino, a apostar em peças de linhas geométricas).

A luta entre duas forças - dos Beatles e de Bob Dylan - deu origem a uma enorme variedade de estilos.


 Em 1965 Yves Saint Laurent cria o Vestido Mondrian.

As roupas de Bonnie, especialmente as boinas e as saias compridas, do filme Bonnie e Clyde de 1967, fizeram furor. 

Com a preparação da ida de Neil Armstrong à Lua (em 1969, de acordo com a versão oficial...), surge o visual inspirado na era espacial, caracterizado por linhas direitas, assimetria, padrões geométricos, botões de grandes dimensões, tecidos plásticos e metalizados.


Era o fim da moda única e a forma de vestir tornava-se cada vez mais adaptada ao comportamento.

Sem ser super-magra, mas magra, só poderia ter aderido ao estilo adolescente do modelo Twiggy – olhos bem marcados (havia estojos tipo lápis com diversas cores em degradé, para as pálpebras), cabelo curto, meias-calças coloridas, alguns vestidos de linha trapézio e saias bastante acima do joelho, de cintura baixa.


Alguns modelos e padrões que na época fizeram parte do meu pronto-a-vestir.

 No início dos anos 60 a Loja das Meias já tinha começado a importar calças jeans da marca Levi’s "pronto-a-vestir" de Itália, França e Inglaterra com marcas de Daniel Hechter, Christian Dior, Ted Lapidus, Mary Quant e sapatos Christian Dior
Porém, apesar de ter sido  novidade naquela altura, só era acessível a clientela com maior poder de compra.


Felizmente, em 1965 abriu uma loja especializada em vestuário jovem, “Os Porfírios”copiado de tendências importadas mas de fabrico nacional.
Os têxteis nacionais usavam-se nas etiquetas Sidney e Almagre.

Lembro-me de ter experimentado uma espécie de ruptura com um passado monótono e rançoso, dependente de provas e mais provas em costureiras e modistas.
Como refere Manuel Alves: «a única ligação com o mundo, num Portugal pautado por uma mentalidade um bocado tacanha e provinciana, a loja remava contra a maré e o obscurantismo do país»


Agora já podia obter os jeans à "saint-tropez", as camisas coloridas e às flores, as famosas mini-saias e toda a variedade de acessórios - anéis, pulseiras, colares, lenços, boinas, cintos e carteiras, por preços acessíveis.
Nos primeiros anos, as pessoas faziam bicha no balcão e até na rua, embora os preconceitos dos anos 60 a apelidassem de "Loja dos 300".



E outras lojas se foram juntando ao espírito do "pronto-a-vestir"; umas mais clássicas (Loja das Meias e Ayer), outras igualmente arrojadas (A Outra Face da Lua, Migacho, Delfieu e Tara), assim como 007 e a mítica “Maçã”, minhas preferidas. 

A alta-costura perdia cada vez mais terreno .
O primeiro a tomar consciência dessa realidade foi Yves Saint Laurent que inaugurou uma nova estrutura com as boutiques de prêt-à-porter de luxo, multiplicadas pelo mundo através das franquias.
Nesse contexto, Jean Shrimpton, Catherine Deneuve, a irmã  Françoise Dorléac e outras, eram a personificação das chamadas “chelsea girls.


A década termina com as saias midi (adorei um tailleur adquirido no Harrods...) e as maxi, os padrões psicadélicos (inspirados em elementos da art-noveau do Oriente, do Egipto antigo) e a revolução Hippie / Flower Power, caracterizada pelo uso de calças de ganga largas ou "boca-de-sino" muitas vezes com aplicações florais ou bordados, vestidos compridos e t-shirts justas com mais cor e motivos de influência oriental, nomeadamente da Índia, sapatos “Chuck Tayler”, sandálias de estilo romano, óculos grandes, pulseiras de grãos, brincos de penas, colares longos.


O mundo da moda, até então repleto de luxo, é arrastado com a queda das elites que perdem o monopólio para as classes juvenis. Os adolescentes são vistos como os maiores divulgadores da indústria da cultura de massas.


 A moda masculina, no início da década, foi muito influenciada pelos Beatles e ao longo dela sofreu uma transformação radical. Havia roupas baratas e coloridas  produzidas expressamente para os jovens e vendidas nas novas boutiques.

Em 1968, enquanto Salazar entra para a clínica da Cruz Vermelha para ser operado (deixou o poder em plena guerra colonial),novo espírito misturava-se em perfeita unanimidade com o espírito da eminente crise do regime, na década seguinte.


E hoje, ir à modista voltou a estar na moda! 
Porque há muitos clientes que querem usar peças únicas feitas por medida, à antiga.
Caprichos das novas elites...