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quinta-feira, 2 de março de 2017

"NÃO CLIQUES, MARAVILHA-TE"


"Não cliques. Maravilha-te!", era a dica que acompanhava este site que ontem recebi.



Coloquei o cursor no site e accionei o botão do mouse ; pelo menos uma vez, para ter acesso ao site, tinha que clicar…  (gracinha!)

E cá está o imponente Convento de Nossa Sra. da Conceição com o espólio do Museu Regional de Beja, uma beleza fascinante! 
Para mim, particularmente, porque o desconhecia mesmo, foi uma surpresa!

Beja é uma cidade que tem falhado na trajectória das minhas viagens. 
É. Vou já fazer uma visita virtual seguindo a reportagem da jornalista Teresa Peres, no video abaixo, onde irá aparecer também, para quem se interessar por História, o entusiasta (e saudoso) José Hermano Saraiva



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Agora, pesquisando na Internet, encontro várias referências a enquadrar o tema.

O Convento guarda não só o acervo do museu desde 1927 (núcleo de pintura, composto por obras de mestres portugueses, espanhóis e holandeses, a secção lapidar, a colecção de Ourivesaria, e a secção de Arqueologia, centrada essencialmente no período romano), mas também colecções provenientes de outros conventos e palácios da região. Na pintura destaca-se o conjunto de quadros da escola primitiva portuguesa como o Ecce Homo (séc. XV), o São Vicente (séc. XVI) da escola do Mestre do Sardoal, a Virgem da Rosa (séc. XVI), do pintor português Francisco de Campos, e um grupo de quatro painéis (séc. XVI), do pintor português António Nogueira - a Visitação de Santa Isabel, a Descida da Cruz, a Ressurreição e a Ascensão.

A igreja tem três altares lindos do século XVII, em talha dourada, painéis de azulejos do mesmo século e dois andores de procissão em prata dedicados a São João Evangelista e São João Baptista. O Claustro é ornamentado com azulejaria portuguesa dos séculos XVII/XVIII e azulejaria de xadrez quinhentista, vinda de Sevilha.

A Sala do Capítulo tem as paredes revestidas por painéis de azulejos Hispano-mourisco quinhentistas e a abóbada, de 1727, é pintada a têmpera ( mistura constituída por gema e clara de ovo, água e pigmentos em pó ou por ingredientes oleosos com uma solução de água e cola).
Parte da colecção arqueológica de Fernando Nunes Ribeiro está exposta no 2.º piso.

Acho que esta “visita” valeu mesmo.

Algumas complementaridades

A partir de 1991 o Museu passou a integrar a Igreja de Santo Amaro, antigo templo paleocristão, onde se instalou o Núcleo Visigótico, um dos mais importantes da Península Ibérica

Frontão Visigótico
Estela da Abóbada - Idade do Ferro

O museu tem as paredes revestidas de azulejos lindíssimos do século XVII, com padrões maioritariamente de padrão e axadrezados. 


Editadas pela primeira vez em 1669, em Paris, por Claude Barbin, as cinco cartas expostas teriam sido escritas em 1667 e 1668 por uma freira portuguesa, mais tarde identificada como Soror Mariana Alcoforado, a um oficial francês, o Marquês de Chamilly, que nunca é nomeado nas cartas.
A obra, dada a conhecer em França como reproduzindo cartas de amor autênticas de uma religiosa portuguesa a um tal Cavaleiro de C., portanto testemunhos de um amor ilícito, conheceu uma popularidade tal que as edições se sucederam ainda durante o século XVII. A de 1672 é já a 3ª edição de Claude Barbin e outros editores se lhe juntaram, em França e noutros países europeus
Maria Andrade, bloguista.




- Terá sido a partir da janela do seu convento de clarissas em Beja que ela se apaixonou pelo  oficial francês, ao vê-lo  passar na rua durante a sua permanência em Portugal.
- Mariana Alcoforado - Milo Manara 
(Da exposição de Ilustração com Matisse, Milo Manara, Modigliani e outros autores que se debruçaram sobre as famosas Cartas Portuguesas, da freira de Beja)
- As últimas quatro freiras do convento.


Ao centro da nave, pode ver-se dois andores de procissão, em prata, com as imagens e respectivas peanhas. Um, representa o baptismo e o outro, representa o suplício de São João Evangelista, ambos do século XVIII.




Imagens Google

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