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sábado, 28 de abril de 2012

APENAS


     
 SOL - estrela - centro do sistema solar - também constituído por outros planetas - objectos astronómicos - de Astronomia - ciência que estuda os corpos celestes - associados às três Leis de Newton - formulador da Lei da gravitação universal - abrange tudo - a totalidade do que existe - ser - exprime a realidade - diferente de fantasia - paráfrase de uma obra musical - também relativo a pentagrama - figura simbólica formada por cinco letras ou sinais - traços ou conjunto de traços que têm um sentido convencional - diferente de espontâneo - que se realiza por si - apenas.
                                                                                                                    
Apenas procurei
Baralhar as palavras
Que não sendo cruzadas
Passatempo virei
                    

Imagens Google

terça-feira, 17 de abril de 2012

"TIJUCA"

- Bom dia, Tijuca!

- Olá, Tijuca!

- Hoje não vou deixá-la ir a pé pra casa, Tijuca.

- Tijuca, quer ir lanchar à Pastelaria Versalhes?



- Sei que gosta de fado “ao vivo”. Quer ir comigo ao Faia, Tijuca?





- Tijuca, hoje está um dia lindo. A Tijuca acha que gostaria de ir até à praia da Areia Branca no fim do trabalho?

- “As Árvores Morrem De Pé” está quase no fim da exibição. A Tijuca quer ver?



-Tijuca, o filme “ Lawrence da Arábia” tem uma óptima crítica. Eu gostava de ver mas também gostaria que fosse.



-Gosta dos Beatles, Tijuca? Trouxe-lhe um disco...





-Ouvi dizer que vai ouvir o Duo Ouro Negro às vezes. Não lhe apetece ir um dia destes, Tijuca?


E foi assim, durante 2 anos, todos os dias, mal chegava ao trabalho, que uns olhos da cor do sol e uma voz de mel, me cumprimentava.
Tijuca/Teresa?


Eu, naquela altura, apenas sabia que era um local algures no Brasil. Mas hoje sei que, além de ser no Brasil, é um bairro do norte cujo nome tem origem na língua tupi, entre a lagoa Tijuca e o maciço Tijuca/3ª maior floresta do mundo e local da mundialmente famosa escola de samba Tijuca.

- Tijuca, gostava que a minha Mãe a conhecesse…

- Eu….

- Mas quem é você, Tijuca?
- “É segredo
Não conto a ninguém.
Sou Tijuca.
Vou além"


Imagens Google

domingo, 1 de abril de 2012

ALFREDO ROQUE GAMEIRO - 1


Roque Gameiro, pintor aguarelista, foi um dos temas a que me dediquei nos últimos dias a pedido de uma amiga que vive em Madrid, cidade onde também deixou nome. Fica aqui um pouco da superficial pesquisa sobre o Homem/Pintor, natural como eu, da Beira Alta.
Roque Gameiro nasceu em Minde em 1864 e faleceu na Amadora em 1935.
Estudou na Academia de Belas Artes de Lisboa e frequentou a Escola de Artes e Ofícios de Leipzig, como bolseiro português, onde se dedicou a litografia.
Existem em Portugal 3 instituições com o seu nome, duas delas na Amadora - a Escola Roque Gameiro e a Casa Roque Gameiro, residência do artista e da família. A outra é em Minde, sua terra natal, o Centro de Artes e Ofícios Roque Gameiro que inclui o Museu de Aguarela Roque Gameiro, onde se encontra a maioria das suas obras.
Exerceu como Professor na Escola Industrial Príncipe Real e colaborou em diversas Publicações periódicas.
Foi eleito Membro da Real Academia de Belas Artes de S. Fernando, em Madrid e recebeu muitos prémios (Medalhas de Honra, uma de Ouro e um Grand Prix)
Não deixou apenas uma vasta coleção de obras mas também uma família de artistas (todos os seus 5 filhos).
O Pintor projetou o seu nome no Brasil, em Madrid e em Paris com temáticas sobre as Marinhas,o Espaço Urbano, o Mundo Rural, a Figura Humana/cenas do quotidiano e o Retrato (incluindo o seu autoretrato)
In Roteiro do Museu de Aguarela Roque Gameiro, 2009, Maria Lucília Abreu diz que “não são precisas muitas palavras para conhecer Alfredo Roque Gameiro. A sua vida e a sua obra falam por si e definem-no; a primeira decorreu linearmente e o virtuosismo do artista está patente em cada quadro que nos seja dado comtemplar."
Homem apegado aos valores tradicionais, fá-los reviver nas técnicas selecionadas, nas quais,artisticamente se projeta.”
“Temos com frequência, a sensação de contemplarmos, ao vivo, a paisagem perspetivada, quer seja no campo, à beira-mar".
 "Ocorre-nos dizer que Roque Gameiro tem a alma de um poeta que substituiu as palavras pela cor. É ele próprio que confessa: «tornei-me um carolla da aguarela».
E, continuando na sequência das palavras de Maria Lucília Abreu, diz que "apenas com 10 anos,veio trabalhar para Lisboa com o seu meio-irmão, um industrial de sucesso no ramo da litografia, nas oficinas da Companhia Nacional Editora." E que "o padre de Minde, contado pela irmã, Maria Roque Gameiro Martins Barata, dizia que "o rapaz só queria fazer bonecos”
Em modo de conclusão, diz que "Roque Gameiro contínua presente nas expressivas imagens dos campos verdejantes, dos rios de águas límpidas e claras, dos imensos areais, das ondas de múltiplos cambiantes e que neles se vêm espraiando,dos enormes rochedos de formas caprichosas e de surpreendentes combinações cromáticas, dos largos horizontes que a vastidão do mar tornou mais profundos, cenários onde, por vezes se inscreve a figura humana”.
E a CASA MUSEU, onde se desenvolvem imensas atividades culturais é um Imóvel de Interesse Público em vias de classifcação.Tem um notável conjunto de azulejos com carateríscas singulares, encontrando-se todo o interior do piso principal revestido de lambris de azulejos  brancos, dois medalhões representando alegorias à aguarela e litografia,técnicas de expressão plástica de Roque Gameiro.

Imagens Google