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domingo, 1 de abril de 2012

ALFREDO ROQUE GAMEIRO - 1


Roque Gameiro, pintor aguarelista, foi um dos temas a que me dediquei nos últimos dias a pedido de uma amiga que vive em Madrid, cidade onde também deixou nome. Fica aqui um pouco da superficial pesquisa sobre o Homem/Pintor, natural como eu, da Beira Alta.
Roque Gameiro nasceu em Minde em 1864 e faleceu na Amadora em 1935.
Estudou na Academia de Belas Artes de Lisboa e frequentou a Escola de Artes e Ofícios de Leipzig, como bolseiro português, onde se dedicou a litografia.
Existem em Portugal 3 instituições com o seu nome, duas delas na Amadora - a Escola Roque Gameiro e a Casa Roque Gameiro, residência do artista e da família. A outra é em Minde, sua terra natal, o Centro de Artes e Ofícios Roque Gameiro que inclui o Museu de Aguarela Roque Gameiro, onde se encontra a maioria das suas obras.
Exerceu como Professor na Escola Industrial Príncipe Real e colaborou em diversas Publicações periódicas.
Foi eleito Membro da Real Academia de Belas Artes de S. Fernando, em Madrid e recebeu muitos prémios (Medalhas de Honra, uma de Ouro e um Grand Prix)
Não deixou apenas uma vasta coleção de obras mas também uma família de artistas (todos os seus 5 filhos).
O Pintor projetou o seu nome no Brasil, em Madrid e em Paris com temáticas sobre as Marinhas,o Espaço Urbano, o Mundo Rural, a Figura Humana/cenas do quotidiano e o Retrato (incluindo o seu autoretrato)
In Roteiro do Museu de Aguarela Roque Gameiro, 2009, Maria Lucília Abreu diz que “não são precisas muitas palavras para conhecer Alfredo Roque Gameiro. A sua vida e a sua obra falam por si e definem-no; a primeira decorreu linearmente e o virtuosismo do artista está patente em cada quadro que nos seja dado comtemplar."
Homem apegado aos valores tradicionais, fá-los reviver nas técnicas selecionadas, nas quais,artisticamente se projeta.”
“Temos com frequência, a sensação de contemplarmos, ao vivo, a paisagem perspetivada, quer seja no campo, à beira-mar".
 "Ocorre-nos dizer que Roque Gameiro tem a alma de um poeta que substituiu as palavras pela cor. É ele próprio que confessa: «tornei-me um carolla da aguarela».
E, continuando na sequência das palavras de Maria Lucília Abreu, diz que "apenas com 10 anos,veio trabalhar para Lisboa com o seu meio-irmão, um industrial de sucesso no ramo da litografia, nas oficinas da Companhia Nacional Editora." E que "o padre de Minde, contado pela irmã, Maria Roque Gameiro Martins Barata, dizia que "o rapaz só queria fazer bonecos”
Em modo de conclusão, diz que "Roque Gameiro contínua presente nas expressivas imagens dos campos verdejantes, dos rios de águas límpidas e claras, dos imensos areais, das ondas de múltiplos cambiantes e que neles se vêm espraiando,dos enormes rochedos de formas caprichosas e de surpreendentes combinações cromáticas, dos largos horizontes que a vastidão do mar tornou mais profundos, cenários onde, por vezes se inscreve a figura humana”.
E a CASA MUSEU, onde se desenvolvem imensas atividades culturais é um Imóvel de Interesse Público em vias de classifcação.Tem um notável conjunto de azulejos com carateríscas singulares, encontrando-se todo o interior do piso principal revestido de lambris de azulejos  brancos, dois medalhões representando alegorias à aguarela e litografia,técnicas de expressão plástica de Roque Gameiro.

Imagens Google

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