A intensidade do sentimento de cada um em relação ao Natal
depende muito da maturidade, personalidade e experiência de vida.
Assim, pode dizer-se que o Natal é:
A época simbólica da ideia mágica em que
todos os problemas e conflitos parecem desaparecer por alguns dias;
Um intervalo de tempo em que o mundo
pára de trabalhar para sentir. Sentir…
Um ritual de “ninho” quando existe;
O período mais alegre do ano;
Um Christmas blues esperando que Janeiro
vire a página;
Fazer as pazes com a vida;
“Aceitar a diferença entre o que se
viveu e o que se está a viver, sem que essa diferença anule o que passou nem hipoteque o que está para vir”.(Filipa Jardim da Silva);
"A Festa em louvor ao nascimento de
Jesus, celebrada no dia 25 de Dezembro, estabelecida pela igreja ocidental
desde o século IV e pela igreja oriental desde o século V".(Dicionário de Português
online);
O período das imagens da propaganda e dos programas de TV com pessoas sempre extremamente felizes;
O peso da solidão e do abandono;
Uma maior recordação de pessoas que estiveram ali antes;
O bacalhau cozido com couves e
batatas e a abertura das prendas à meia-noite;
Um
misto de desilusão e ternura, na descoberta do Pai Natal ou do Menino Jesus;
A invenção de um plano
(Publicidade comovente/apelativa? Chantagem
emocional/tóxica? Terapia de choque que faz rir/chorar?) para reunir toda
a família na festa natalícia;
Com muitos monumentos, parques naturais, cidades e aldeias
únicas, o Centro
de Portugal tem muito para oferecer e são vários os motivos para que uma "viagem" a esta região seja gratificante.
Localizada no
centro da Cova da Beira, Belmonte(Belo
Monte), frente à encosta oriental da Serra da Estrela e da qual dista
apenas 9 km, caracteriza-se, essencialmente, por duas
referências históricas: a história dos Cabrais e a história dos Judeus.
Pedro Álvares Cabral, o navegador,
que no ano de 1500 comandou a segunda armada à Índia e durante a qual se
descobriu oficialmente o Brasil, nasceu em Belmonte. O castelo e a torre,
construídos com a autorização de Dom Afonso III, foram doados por Dom
Afonso V a Fernão Cabral, pai de Pedro Álvares Cabral, para sua residência, secundando assim as anteriores funções militares. Porém, após um
violento incêndio, pressupõe-se que a família se tenha instalado na Casa
dos Condes, actual Museu dos Descobrimentos.
O castelo foi declarado como Monumento
Nacional por Decreto publicado em 15 de Outubro de 1927. Presentemente existe
no seu interior um anfiteatro destinado à apresentação de espectáculos e
material arqueológico de presença romana recolhido em escavações, exposto ao
público, no interior da torre de menagem. A fachada principal do
castelo, orientada para o Sul, é rasgada por um portal de arco de
volta perfeita, encimado por uma esfera armilar e pelas armas
dos Cabral
O Solar dos Cabrais foi habitação da família Cabral e actualmente contem a Biblioteca e o Arquivo Municipal. Na fachada principal, sobre o portão, ostenta o brasão dos Condes de Belmonte, o único que conseguiu escapar aos tempos da Primeira República. No logradouro do edifício foi construído de raiz o Museu dos Descobrimentos, "projecto interactivo, de sensações e afectos que transporta o visitante para uma história de 500 anos de construção de um País e da Portugalidade"
Em
termos da aposta feita no turismo religioso (Touring Cultural e
Religioso), Belmonte, Guarda e Trancoso são 3 municípios da Serra da Estrela
que preservam a herança judaica portuguesa mas Belmonte é
a comunidade judaica activa com mais significado histórico porque, vivendo aqui há mais de 600 anos, praticaram o seu culto religioso de forma
secreta durante mais de metade do tempo.É a
única comunidade peninsular herdeira legítima da antiga presença histórica dos
judeus sefarditas.
O interesse de profissionais deste nicho de
mercado em visitar Portugal, é cada vez maior e, mais concretamente a Serra da Estrela. Só em 2011
o Museu Judaico de Belmonte recebeu a visita de 1.539 turistas israelitas e de
537 turistas americanos.
O
turismo religioso assume-se como uma actividade que abrange viagens que
combinam fé, cultura e lazer. Assumem-se como actividades turísticas
decorrentes da busca espiritual da prática religiosa, onde o turista é um
utente da religião que procura bem estar, lazer e conhecimento de outros
lugares (Cavaco e Simões, 2009)
O Museu mostra peças
da Idade Média ao séc. XX, utilizadas por judeus e cristãos-novos no quotidiano
ou nas práticas religiosas e é o primeiro do género em Portugal.
A
Sinagoga, de traça arquitectónica recente, projectada pelo arquitecto Neves Dias,
localiza-se próximo do castelo e foi inaugurada em 1996, 500 anos após o édito
de Dom Manuel I de expulsão dos judeus de Portugal. Para além de estar orientada para Jerusalém, tem representações do candelabro na
porta e nas grades e a estrela de David, nos portões
Mas Belmonte é muito mais, desde a Torre Centum Cellas, o Museu do Azeite, a Quinta dos Termos, as igrejas Matriz, de São Tiago e Santa Maria, a villa da Quinta da Fórnea e restaurantes até às pequenas belas casas de granito.
Há sempre um pouco de nós em cada espaço que se visita através de pessoas que fizeram ou fazem parte da nossa convivência. Daqui, recordo A M.T. e a M. A. Cabral Faria que foram minhas contemporâneas nos primeiros cinco anos do secundário, no Colégio da minha aldeia. No jogo do ringue (ainda se praticará?) a M.T. era arrasadora. Mas os diferentes rumos profissionais apagaram, ao longo dos anos, qualquer vestígio para um hipotético reencontro...
Castanhas boas e vinho fazem as delícias do São Martinho.
Um estudo publicado pela London School of Hygiene and Tropical Medicine deu base para a verdade universal que "é só a bebida entrar para que a verdade saia."
Tenho camisa e casaco Sem remendo nem buraco Estoiro como um foguete Se alguém no lume me mete.
No dia de São Martinho vai à adega e
prova o vinho
No dia de São Martinho, fura o teu pipinho
E em que recipiente se poderá provar o vinho?
São Martinho foi cavaleiro, monge e santo.
Diz a lenda que o “verão de São Martinho”
se deve ao inexplicável milagre que aconteceu quando, ao regressar a casa durante uma tempestade, repartiu metade da sua capa com um mendigo encontrado no caminho a pedir esmola. Nesse
momento, apareceu um sol radioso e a tempestade desapareceu.
Desde então, o milagre ficou conhecido
como “o verão de São Martinho", durante o qual se comem castanhas
(geralmente assadas), pois é o tempo delas. Noutros países, como Espanha,
faz-se a matança do porco