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terça-feira, 24 de dezembro de 2019

DEUS CRONOS / NATAL


“Para as crianças, o Natal é uma antecipação. Para os adultos, o Natal é uma memória”. Eric Sevareid

E o Natal existe?

Segundo o Professor de Sociologia da Universidade da Beira Interior, Donizete Rodrigues, o Natal não existe – generalizou-se a ideia de que o Natal é a comemoração do nascimento de Jesus que não nasceu nem no dia 25 de Dezembro nem há 2019 anos. Ninguém sabe a data exacta do nascimento de Cristo. Diz, ainda, que o Natal começou a ser celebrado pelos cristãos com a criação do calendário gregoriano, no século XVI, pelo Papa Gregório XIII. Os dias 24 e 25 estão associados ao culto solar prestado pelos povos agrícolas ao nascimento do Deus grego Cronos, no tempo do Império Romano. Durante a festa popular havia suspensão do trabalho, visitas a familiares e amigos e solidariedade através da oferta de prendas.

“Chronos, o deus do tempo da mitologia grega, dormindo sobre uma tumba no cemitério Friedhof IV der Gemeinde Jerusalems- und Neue Kirche de Berlim, Alemanha, estátua de Hans Latt, c. 1904” 
Wikipédia

Definido então pelo Papa Gregório XIII, o Natal está a chegar com as ruas iluminadas, as lojas cheias de gente comprando presentes, as casas decoradas com árvores de natal, presépio e outros ornamentos típicos. Prepara-se a Consoada, as filhoses, as rabanadas. A época é de alegria.


Porém, nem todos a sentem assim.

O Christmas Blues, (tristeza natalícia) é comum no mês de Dezembro até pouco depois do inicio do ano seguinte.
De acordo com um artigo divulgado pela rede de hospitais CUF, trata-se de um "estado de tristeza que existe previamente e que pode ocorrer em qualquer altura do ano mas, como o Natal está associado a momentos de festa, alegria, luzes, presentes, balanços e projectos de vida poderá contribuir para desencadear o desânimo que já se vinha arrastando há algum tempo."


Os cristãos que vivem em países de religião de maioria muçulmana são impedidos de fazer qualquer manifestação relacionada com as tradições cristãs de Natal como a exibição de símbolos religiosos, velas, árvores de natal, canções de natal, envio de desejo de Bom Natal ou de Boas festas. Dá aso a prisão e a multas elevadas. São nove, os países mais radicais.

Arábia Saudita
Argélia
República Islâmica do Irão
                                                                                                                                                       
Tajiquistão

 Brunei

Somália
República Popular da China 
Tailândia

Imagens Google

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

O ADVENTO (DO MESSIAS)


Em pleno tempo do Advento (tempo de esperança) há quem sinta um incentivo à alegria. A alegria parece uma coisa fácil mas não é; muitas vezes é fugaz como  acontece, por exemplo, com o Natal. Há tanta expectativa e prepara-se tanta coisa para umas horas que passam tão depressa...  
Ainda no sofá a observar as brasas que começam a perder o vigor e a diminuir na lareira, podemos acabar por nos afundar numa melancolia. Muitas vezes a alegria não depende de nós - uma questão, uma notícia, uma contrariedade, são motivos inibidores do estado de satisfação.
Na Liturgia Católica o Advento corresponde às quatro semanas que antecedem o Natal dedicadas à preparação para a chegada de Jesus Cristo e tem como símbolo uma coroa,  a coroa de Advento


Ela comunica que naquele lugar vivem pessoas que se preparam com alegria para celebrar o Natal.Tradicionalmente é feita com ramos verdes  envolvidos por uma fita vermelha e 4 velas afixadas - três roxas e uma rosa. A cor de rosa acende-se  no terceiro Domingo do Advento ou dia da alegria (devido à primeira palavra do prefácio da Missa: regozijem-se). No Natal, pode acrescentar-se ainda, uma vela branca até ao fim. In “A beleza da liturgia