“Para as crianças, o Natal é uma antecipação. Para os
adultos, o Natal é uma memória”. Eric Sevareid
E o Natal existe?
Segundo o Professor de Sociologia da Universidade da Beira
Interior, Donizete Rodrigues, o Natal não existe – generalizou-se a ideia de
que o Natal é a comemoração do nascimento de Jesus que não nasceu nem no dia 25
de Dezembro nem há 2019 anos. Ninguém sabe a data exacta do nascimento de
Cristo. Diz, ainda, que o Natal começou a ser celebrado pelos cristãos com a
criação do calendário gregoriano, no século XVI, pelo Papa Gregório XIII. Os dias 24 e 25 estão associados ao culto solar prestado
pelos povos agrícolas ao nascimento do Deus grego Cronos, no tempo do Império
Romano. Durante a festa popular havia suspensão do trabalho, visitas a
familiares e amigos e solidariedade através da oferta de prendas.
“Chronos, o deus do tempo da mitologia grega, dormindo sobre uma tumba no
cemitério Friedhof IV der Gemeinde Jerusalems- und Neue Kirche de Berlim,
Alemanha, estátua de Hans Latt, c. 1904”
Wikipédia
Definido então pelo Papa Gregório XIII, o Natal está a chegar com as ruas iluminadas, as
lojas cheias de gente comprando presentes, as casas decoradas com árvores de
natal, presépio e outros ornamentos típicos. Prepara-se a Consoada, as filhoses, as rabanadas. A época é de alegria.
Porém, nem todos a sentem assim.
O Christmas Blues, (tristeza
natalícia) é comum no mês de Dezembro até
pouco depois do inicio do ano seguinte.
De acordo com um artigo divulgado pela rede de hospitais CUF, trata-se
de um "estado de tristeza que existe previamente e que pode ocorrer em qualquer
altura do ano mas, como o Natal está associado a momentos de
festa, alegria, luzes, presentes, balanços e projectos de
vida poderá contribuir para desencadear o desânimo que já se vinha arrastando há algum tempo."
Os cristãos que vivem em países de religião de maioria muçulmana são impedidos de fazer qualquer
manifestação relacionada com as tradições cristãs de Natal como a exibição de símbolos religiosos, velas, árvores de natal, canções de natal, envio de desejo de Bom Natal ou de Boas festas. Dá aso a prisão e a multas elevadas. São nove, os países mais radicais.
Arábia Saudita
Argélia
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