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sábado, 23 de janeiro de 2021

QUE DIA É HOJE?

 

- Que dia é hoje? pergunta um neurodegenerativo

- Hoje é 6ª feira, dia 22 de Janeiro de 2021 - arrisco responder com pouca convicção ( por vezes a repetição acaba por baralhar )

- Então,  amanhã é sábado, é?

Este tipo de perguntas, consideradas normais numa pessoa com deterioração das funções cerebrais, da memória, é, presentemente, muito comum.

O problema do isolamento e da fuga do contacto social perante o medo, parece fazer mover o relógio a um ritmo diferente – ora mais devagar ora mais depressa, conforme a aceleração/desaceleração dum trabalho de rotina. Os dias, de 2ª a domingo, passaram a ser iguais. Não há o dia do cabeleireiro, o dia da missa, o dia do ginásio, o dia da escola, o dia do almoço aos fins de semana, o dia do cavaqueio - sal da vida humana - numa tarde menos cinzenta, o dia da reunião familiar

Certo, é que, de repente, ninguém se sente seguro diante dum mal invisível. E lavam-se as mãos, mascara-se o rosto, dialoga-se à distância, relatam-se sentimentos de tristeza e tédio, usam-se freneticamente as redes sociais. Uns unem-se mais e outros dividem-se.

O mundo está mudando vertiginosamente perante um inimigo invisível que domina o espaço, o tempo, as fronteiras.

Há os que passeiam o cão ou sozinhos, os que fazem exercício físico correndo, médicos e enfermeiros exaustos, sons estridentes de  ambulâncias, colectores do lixo, árvores despidas, nuvens baixas e chuvisco, ruas vazias.

- Amanhã que dia é?

- Amanhã é domingo, um dia igual aos outros dias.

Ah! Não é, não! Amanhã há sete candidatos que concorrem às eleições presidenciais  esperando pela coragem dos eleitores para saírem de casa, votar e, quem sabe, provocar a explosão de casos de Covid 19




Imagens Google

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

DIA INTERNACIONAL DO "OBRIGADO"


Hoje, dia 11 de Janeiro, apesar de ser desconhecido por muita gente, é o Dia Internacional do Obrigado.

Criado através das redes sociais na Internet, foi-se afirmando aos poucos no nosso dia-a-dia  para reconhecer e valorizar o bem que qualquer pessoa nos fez.

Mas, ao ser usado automaticamente no quotidiano, as oito letras de “obrigado” , quase perderam o seu verdadeiro significado.

Assim, é de louvar a existência de uma data própria (o dia 11 de Janeiro) para reflexão do sentido que realmente tem uma palavra tão singela, dizendo aos amigos um “simplesmente obrigado”, pelo tempo que nos dedicaram e por um pouco mais de confiança/ afecto que nos fizeram ganhar, sobretudo quando acompanhado pela beleza de um  sorriso, de uma ligeira pausa e de um olhar acolhedor.

É um valor sem preço que poderá até fazer-nos ver, por alguns instantes, que são os espinhos que têm rosas e não as rosas que têm espinhos

 

Imagens Google

domingo, 3 de janeiro de 2021

2020 - O ANO DA PANDEMIA


2020

O ano do adeus do Reino Unido à União Europeia - Brexit

Da entrada eufórica/ saída frustrada de Donald Trump

Do Andrà Tutto Bene perante a atípica PANDEMIA

Do COVID 19, confinamento, colapso do comércio e morte

Da QUARENTENA de milhares de pessoas, a nível global

Do disparo do trabalho em rede e da aproximação no mundo

Da separação de famílias/ reconhecimento do núcleo familiar  

Não deixa saudades

Apesar do reforço do espírito de solidariedade humano

Do papel determinante da Organização Mundial da Saúde – OMS

Da emissão de dívida da União Europeia para financiar os Estados-membros

Da plataforma Zoom para manter o mundo em funcionamento

Da heroicidade dos profissionais da saúde no combate à epidemia

O silêncio incomoda.


Neste Novo normal "Não há quem contemple o Tejo, nem turistas de câmara na mão nem quem descortine horizontes nos miradouros. Acabaram os passeios a pé e as filas para os tuk-tuk. As cadeiras empilhadas amontoam-se frente às pastelarias de portas fechadas. As lojas trancaram-se e os taxistas "arriscam" por clientes que não vêm."

O desejo da chegada de  2021 era grande.

A Ciência conseguiu, em poucos meses, produzir uma vacina que promete fazer desaparecer esta situação complicada


É muito natural que o teletrabalho massificado venha a  mudar o futuro laboral. Espera-se que Joe Biden tenha mais bom senso que Trump, que a pandemia do corona se transforme numa pandemia de humanidade e que a palavra esperança, tão sentida em 2020, seja o alvo da expectativa esperada