Hoje, dia 12 de Agosto, parecia ser apenas mais um dia banal, sem relevância Mas não, não é ; por resolução da Assembleia Geral da ONU em 1999, como resposta à recomendação da Conferência Mundial de Ministros Responsáveis pela Juventude, reunida em Lisboa, de 8 a 12 de Agosto de 1998, passou a ser o Dia Internacional da Juventude!
Para fins estatísticos, independentemente de outras definições feitas pelos estados-membros, a ONU define "jovens" "todos os que têm idades entre os 15 e os 24 anos". E como representam 18% da população global, ou seja, 1,2 mil milhões de pessoas são de significativa importância no desenvolvimento da sociedade civil.
E porque a moda entre os jovens tem representado as alterações de cada tempo e
cada geração seguindo, geralmente, as tendências dos seus ídolos, é, a essa evolução ao longo de algumas décadas
que os associo
Porem, Dick (2003), faz uma "retrospectiva sintetizada das principais características relacionadas à juventude, com a intenção de expor os pontos convergentes que definem e especificam um melhor entendimento do termo utilizado":
Anos 40 - Jovens marcados pelas experiências chocantes vividas durante a Segunda Guerra Mundial e com as bombas atómicas no Japão.
O corte das roupas era recto com características militares, de ombros arredondados, cintos, mangas largas, casacos, botões, bolsos e cores sóbrias. Como os tecidos eram pesados, os cintos e corpetes eram usados por cima de casacos para marcar a cintura. Sem náilon e seda, as meias finas foram substituídas por meias soquetes.
Anos 50 - “Anos Dourados” - jovens mais autónomos.
Após ter acabado o racionamento de tecidos, vivido na Segunda Guerra, o padrão de beleza feminino passou a ser excêntrico, tendo como modelos Marilyn Monroe e Brigitte Bardot, de cintura bem marcada, acessórios luxuosos, luvas e sapatos com saltos altos, com assunção do papel de dona-de-casa, esposa e mãe. O desenvolvimento da alta-costura inspirou a moda colegial, de visual sportswear. O rock'n'roll com Elvis Presley e outros, de repercussão mundial, influenciou a moda e o comportamento das pessoas. Os rapazes usavam calças jeans escuras, com um estilo “garoto rebelde
Anos 60 - Década onde o tema JUVENTUDE foi mais explorado, expansão do Movimento hippie como uma ameaça à ordem social.
A contracultura representou um grande movimento de
contestação pacífica de valores da sociedade vigente e a expansão do Movimento
hippie tomou conta das ruas. Década dos black power, dos gay power e dos
women's lib, dos ícones Beatles, The Rolling Stones e Bob Dylan. As roupas unissexo, a mini-saia,
os tubinhos, o estilo espacial e botas de cano alto brancas
Anos 70 - “Anos de ressaca” - juventude insatisfeita, buscando mudanças para sair de uma sociedade estagnada, apática e viciada.
Abalada a crença nos ícones dos anos 60, fez surgir algumas manifestações mais desregradas, como os festivais de rock ao ar livre, onde se festejava a vida alternativa, de amor e drogas. As canções voltavam a ser populares e tudo acabava nas pistas de dança - Disco music, classic rock e o aparecimento do movimento punk marcam a música da década de 1970.
Anos 80 - Defesa do protagonismo juvenil através da “Pastoral Juvenil” e redução dos avanços da liberdade sexual através da difusão da AIDS; jovens sem ideologia, individualistas, consumistas e conservadores.
A juventude deixa de ser reconhecida com o mundo da política para se tornar exemplo de integração ao consumismo. A realização pessoal passa por uma subjectividade cada vez mais mercantilizada. Torna-se cidadão, por exemplo, ao exibir “cheques e cartões de crédito”, já pronto a “ingressar mais cedo no quotidiano dos adultos
Anos 90 - Transição de uma geração que valorizava a organização, a articulação, a lógica e o raciocínio, para uma geração que valoriza o corpo, o prazer, o individual e o fragmentado. Surge a “geração zapping”(em constante mudança).
“Os filhos da geração rebelde
dos anos 60 vivem em harmonia com os pais, começam a namorar cedo e trocam as
passeatas pelo shopping center [...] a geração 90 não está a fim de derrubar
nada e aceita o mundo mais ou menos como é. O adolescente de ontem desafiava a
cultura da competição, não confiava em ninguém com mais de 30 anos e vestia-se
com um desmazelo espantoso. O seu filho quer vencer na vida, gosta
de parecer bem alimentado e desenvolve um estilo quase obsessivo para roupas e
acessórios”(Veja, 1990).
87% dos jovens vivem em países em desenvolvimento enfrentando desafios trazidos pelo acesso limitado a recursos, a cuidados de saúde, educação, emprego, entre outros. Wikipédia
Os jovens de hoje têm “Mais dificuldade em entrar no mercado de trabalho, mais desemprego, mais precariedade laboral, remunerações médias mais baixas; idade de reforma mais elevada e menor taxa de cobertura das pensões - mesmo assumindo que o sistema de Segurança Social permanece sustentável no longo prazo.” Jorge Pereira da Silva, coordenador da colectânea de estudos “Justiça entre Gerações
“Os jovens hoje são mais
‘móveis’ .
Em Portugal, a Pordata, no ano passado, vê quase um terço dos jovens do país em risco de pobreza - a taxa é de 30%. O desemprego jovem atinge 29%