Sou uma apreciadora de esplanadas junto à praia e, mais ainda, sobre a areia.
Depois de se atravessar uma vasta zona de pinheiros e de campos de arroz, lá estão as infinitas dunas e a belíssima vista para o mar.
Já na esplanada da praia, entre um cocktail de manjericão e limão, o areal dourado mais extenso da Europa e um mar sem fim, o tempo apenas parece ter presente. Um Presente com todas as condições favoráveis ao relaxamento da fadiga muscular e mental (se a companhia o permitir).
Mas:
- O que estamos aqui a fazer há tantas horas?
- …
- O L. foi para onde?
- Está na praia, ali em frente
- Não acha que não é bonito deixar-nos aqui aos dois?
- …
- Hoje ainda jantamos? (eram 15 h)
- …
- Vou andar um pouco junto deste muro (Que dia é hoje? pergunta à primeira pessoa que encontra a olhá-lo de soslaio)
É. Lá se vão perdendo os bons momentos, a suave brisa, o gosto pela deliciosa bebida, a beleza do vaivém das ondas…
Segundo Smith, a maioria das pessoas que são afetadas por Alzheimer, apercebe-se que algo está a ficar errado nelas. É uma "doença do cérebro" (demência) que, "não sendo uma característica natural do envelhecimento", atinge pessoas idosas mas não só.
E muitos têm sido os anos de financiamento de pesquisas pioneiras a apoiar pessoas brilhantes com ideias ousadas que vão dando esperança aos que vivem com Alzheimer, nos últimos quatro anos.
Cérebro com doença de Alzheimer (à esquerda) comparado ao normal (à direita)
Talvez o progresso esteja a caminho para ajudar jovens e idosos, evitando a destruição de, cada vez mais, pessoas como a do exemplo que escolhi como reverência ao meu marido pela sua contribuição ao mundo da medicina
J.C.1998 - 2002, licenciou-se na Faculdade de Medicina do Porto em 1965.
Iniciou a formação de especialista como médico interno no HSM (1970-73). Foi assistente hospitalar em 1978, assistente hospitalar graduado (1987), chefe de serviço (1998) e, em 2004 e 2005, sucedendo ao Prof. G. R., foi nomeado director de serviço de D. do mesmo hospital. Exerceu igualmente funções de especialista no HMP (1973-77), no Centro Clínico do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas e nos centros de saúde da A.R. de S. de Lisboa.
Introduziu técnicas de diagnóstico relacionadas com a fotodermatologia e a fotoquimioterapia, além de ter sido também um dos promotores da criação do Grupo Português de Fotodermatologia e da publicação da revista “Acta Fotobiológica”. Foi ainda fundador da Associação Portuguesa contra o Cancro Cutâneo (1984), do Grupo Português de Dermatologia Cosmética e representante da SPDV na criação da “Association Mediterranéenne de Dermatovénéreologie” na Tunísia.
Da sua bibliografia, constituída por uma centena de artigos, poderão destacar-se “Cryosurgical treatment of a large keloid” (J Dermast Surg Oncol), “Criocirurgia. Fundamenteos e métodos” (Trab SPDV), “Epidemiology of Acne” (J Eur Acad Dermat Ven), “Phototoxic Reactions to Nonsteroidal Anti-inflammatory Drugs” (Brit J Rheumatol), “Photoallergy to Musk Ambrette” (Contact Dermatitis), “Musk Ambrette and Chronic Dermatitis” (Contact Dermatitis), “Successful Treatment of a Musk Ambrette Sensitive Persistent Light Reactor with Azathioprine” (Photodermatol), “Mechanism of Photosensitive reactions induced by Piroxican” (J Am Acad Dermatol) “Peroxydation Lipidique, production de PGE2 et mortalité cellulaire induite par les UVB dans les Fibroblastes Cutanés Humains en culture” (Cr Soc Biol), “Oxyradical-mediated Clastogenic Plama Factors in Psoriasis: increase in Clastogenic Activity after PUVA” ( Photochem Photobiol), “Sensitivity to thimerosal and Photosensitivity to Piroxican” (Contact Dermatitis). Foram numerosas, ainda, as apresentações de casos clínicos e Palestras.
Em simultâneo com a actividade clínica, foi membro da Direcção do Colégio de Dermatologia da Ordem dos Médicos, delegado da Ordem dos Médicos na UEMS durante seis anos, Secretário da Comissão Cientifica do V Congresso da EADV (Lisboa, 1996), assistente convidado de dermatologia na Faculdade de Medicina de Lisboa (1978- 2005), membro da Comissão Nacional de Protecção contra a Radiação, da Comissão de Avaliação de Equivalência Curricular e da Comissão de Verificação da Idoneidade dos Serviços de Dermatologia. Em 1998 foi eleito Presidente da SPDV, funções que desempenhou durante dois biénios, até 2002.
Presentemente, ao falar do passado, há duas coisas que sublinha com bastante clareza - a satisfação pelo trabalho desenvolvido, sim, mas também uma certa mágoa por não ter sido plenamente reconhecido com, pelo menos, um louvor.
Por um lado, os obstáculos operacionais ao envolvimento do Médico-clínico na prática quotidiana de uma investigação inovadora, é real; por outro, os conflitos de interesse abafam, não raramente, o mérito académico.
Os dias da semana, a cor dos medicamentos que toma, as refeições que todos "precisamos" de tomar, os jogos de futebol que ouve mas não ouve, os passeios sem preferências que gosta sempre de fazer, os familiares (meus, não dele) com quem conviveu, o bom ou o mau tempo, são os assuntos mais repetidos.
Quando começou a aperceber-se de que estava a perder faculdades, sentia-se inseguro e deixou de "dar consultas" às várias pessoas que costumavam pedir-lhe uma opinião. Porem, umas não perceberam essa mudança de atitude e reagiram, afastando-se; outras interpretaram o gesto como "má vontade" e passaram palavra "à sua maneira".
Ironias … de que é difícil falar
💙💙💙💙💙 = minha Mãe 🥲. Bjnhs e força mulher guerreira
ResponderEliminar“Dai-me um ponto de apoio e levantarei o mundo”, terá escrito Arquimedes.
ResponderEliminarAjustando a mentalidade e potencializando a alavanca, lá se vai conseguindo agir como a inabalável rocha. Mas é muito difícil sê-lo quando também se é poeta, crítica, mulher…
Grata pelo seu delicioso apoio, amigo (a) "anónimo"
Amiga! sou a Ana - cruzeiro Croácia - Bjnhs
EliminarAna - cruzeiro Croácia :)
EliminarBjnhs