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terça-feira, 11 de junho de 2019

A PROPÓSITO...


- O sweater que foi comprado no Costa Fortuna perdeu a cor.
- Ainda o tens? Já foi muito antes de o Costa Concórdia ter naufragado nas águas da ilha Giglio; fez sete anos em Janeiro!
-  Tantos como a primeira da tua série de cirurgias.
- É verdade. Acabei por trocar o Concórdia (não o daquela rota, felizmente!), pela odisseia dessas estranhas peripécias...

Navio Costa Concórdia afundado

E a conversa acabou por se focar nas viagens feitas, nas que não fiz mais e que gostaria de fazer, memórias, Estocolmo. 
Estocolmo, cidade com estilo, bonita, agradável, limpa, “equilibrada” na arquitectura, tranquila, rodeada de água por todos os lados (assenta sobre 14 ilhas), a respirar qualidade de vida (um pouco cara para o viajante comum).
Estocolmo, em cujas ruas se deslocam centenas de pessoas em bicicleta, transportam carrinhos de bebés, correm em fato de treino ou caminham, simplesmente, sem pressa. 
Estocolmo, cheia de espaços verdes com água que transformam o ambiente em saudáveis locais de paz, de esplanadas de cafés, bancos de jardim e relvados repletos de suecos apreciando, descontraídos, a plenitude da sua existência, sem diferenças sociais acentuadas.


Um dos locais onde me lembro de ter estado sentada a seguir a uma longa caminhada num solarengo dia de Agosto

Estocolmo e a cidade velha (Gasgrand), berço da cidade - o núcleo histórico tem mais de 750 anos, ruas sinuosas e pequenas praças.  


Estocolmo dos cruzeiros pelo arquipélago e dos pequenos barcos de transporte junto às casas



Estocolmo, a cidade dos museus Nobel, de Arte Moderna, Nórdico, ABBA, História Sueca, (entre outros) e, também, do Museu do Vasa.


Museu do Vasa

Não conheço outro local que tenha um museu especialmente construído para homenagear um navio naufragado. 
O Vasa afundou-se no dia da inauguração, em 1628, logo depois de zarpar e ficou desaparecido até à década de 50. Quando foi encontrado, 333 anos depois, ainda tinha 95% do casco intacto, ornamentado com esculturas talhadas de figuras bíblicas, imperadores romanos, animais marinhos, leões e deuses gregos. 
Depois de ter sido restaurado foi exposto num museu inteiro para ele, distribuído por andares e secções. À medida que o visitante sobe os andares pode ir observando os diversos ângulos do navio e as áreas interiores que são mostradas numa maqueta feita em madeira. Os vários objectos expostos dão  a conhecer vivências de outras eras e dos respectivos povos. Existe também uma loja de artigos relacionados e um restaurante de luxo.

O Vasa é o único navio de guerra do século XVII existente no mundo. São realizadas visitas guiadas em inglês (e noutras línguas, se marcadas com antecedência) várias vezes por dia. 

O Vasa visto sob diferentes ângulos

Segundo o arqueólogo subaquático Alexandre Monteiro, da Universidade Nova de Lisboa, "Há cerca de dez mil navios afundados em toda a costa portuguesa", e "o grande museu dos Descobrimentos portugueses e da Expansão, que  ainda não foi feito, está todo no fundo do mar".


 Imagens Google

domingo, 2 de junho de 2019

AS CRIANÇAS TÊM DIREITOS


A Criança, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, é considerada como tal até aos doze anos incompletos.

Portugal (e outros países) decidiu que seria hoje, dia 1 de Junho, a data indicada para celebrar o Dia Internacional da Criança.

O Dia Internacional da Criança foi criado em 1950 pela Federação Democrática Internacional das Mulheres e a ONU, alguns anos após o fim da II Guerra Mundial com o objectivo de sensibilizar a comunidade internacional para os problemas que atingiam tantas crianças em todo o mundo.
A Declaração dos Direitos da Criança, proclamada pela Resolução da Assembleia Geral 1386 (XIV), de 20 de Novembro de 1959, defende os seus direitos, tendo como base e fundamento os direitos a liberdade, a brincar e ao convívio social, devendo ser respeitadas e preconizadas em dez princípios que nunca será demais relembrar:
  1. Todas as crianças têm o direito à vida e à liberdade.
  2. Todas as crianças devem ser protegidas da violência doméstica.
  3. Todas as crianças são iguais e têm os mesmos direitos, não importa a sua cor, sexo, religião, origem social ou nacionalidade.
  4. Todas as crianças devem ser protegidas pela família e pela sociedade.
  5. Todas as crianças têm direito a um nome e nacionalidade.
  6. Todas as crianças têm direito a alimentação e ao atendimento médico.
  7. As crianças portadoras de dificuldades especiais, físicas ou mentais, têm o direito a educação e cuidados especiais.
  8. Todas as crianças têm direito ao amor e à compreensão dos pais e da sociedade.
  9. Todas as crianças têm direito à educação.
  10. Todas as crianças têm direito de não serem violentadas verbalmente ou serem agredidas pela sociedade. (United Nations Children's Fund – UNICEF)
Ainda, com base na análise de Foucault, ela precisa de receber “cuidados”
(atribuição do adulto  “cuidadoso”- professores, pais e familiares), de medicamentos, de ser acompanhada de perto pelo adulto e moralizada (“cuidado” que constitui as práticas de saúde, de escolarização e de moralização) para que a sua infância seja garantida.



Esta data poderia ser momento para celebrar e para recordar que os direitos das crianças terão que ser efectivos todos os dias. 

Mas, na realidade, "Ser criança / Ser feliz", a que percentagem se aplica? A UNICEF revelou que há 30 milhões de crianças em extrema dificuldade, nos países ditos desenvolvidos




 “A mesma coisa que ele faz com a mamãe, também faz comigo”

Bebé recém-nascida encontrada no mato cheia de picadas de formiga. A pequena estava apenas com um cobertor e ainda com o cordão umbilical.



Músicas infantis em que todas as crianças deveriam participar. Seria a prova da consciencialização dos adultos sobre a importância dos sentimentos e a aposta num futuro diferente




Imagens Google

terça-feira, 28 de maio de 2019

FLOREIRAS SINGULARES



Quando espreitava os becos e lojas no centro histórico da cidade velha de Mostarcapital da Herzegovina, bem perto da ponte Stari Most, deparei com estas invulgares  botas/floreira. 
Talvez num outro lugar, não devastado pela guerra, as tivesse registado apenas como uma decoração original.
Porém, ali, depois de ter observado tantas cicatrizes, provocadas pela artilharia croata, ainda bem visíveis nos prédios em ruínas, achei que elas poderiam significar a memória não demasiado distante do conflito entre nações vizinhas.
As "flores" nelas plantadas parecem estar com dificuldade em conservar essa memória ou então já desistiram de homenagear o seu utilizador, tal é a negligência com que se "vestem"... 

E captei a imagem, juntado-a a muitas outras, como estas.



Edifícios cravejados de balas

Porém, há dias, no consultório do meu estomatologista onde trabalha uma assistente natural da Bósnia, veio à baila a  cidade velha reedificada, agora muito orientada para turistas.

Daí, a foto, Mostar (na lista do Património Mundial), Bósnia e Herzegovina, guerra entre católicos e muçulmanos que ocupam zonas bem definidas (em coexistência pacífica "adormecida"?) e o post.