O silêncio
dos mortos é irreversível.
O dos vivos
triunfa ou é vencível.
Há o silêncio que faz recordar
O das festas que não dá pra brindar
O da táctica defesa/agressão
O da angústia/repressão.
O do olhar que grita e clama
Sem as palavras com que chama.
O do espaço sem horizonte
Que deixa ouvir a água da fonte
E as cordas do contrabaixo
Ou a pedra pela serra abaixo.
O que protesta pra entrar
E que uma palavra pode findar.
O que se repete nos ouvidos
Em som plangente como gemidos.
O dos sonhos por realizar
Ou o que acaba por libertar
O de cadências sem música
E o que faz reféns sem súplica.
O das palavras que se vai sem adeus
Como um errante ter com Zeus
O sortudo que o sol aquece
Quando pela janela resplandece
SILÊNCIO.
Ponto final no lugar
da vírgula
”Day is done, gone the sun
From the lakes, from the hills, from the sky
All is well, safely rest
God is night.
Fading light dims the sight
And a star gems the sky, gleaming bright
From afar, drawing near
Falls the night
Thanks and praise for our days
Neath the sun, neath the stars, neath the sky
As we go, this we know
God is nigh.”
God is nigh.”
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