-“Can you tell me where my country lies?"
said the unifaun to his true love's
eyes.
-"It lies with me!" cried the Queen of Maybe
For her merchandise, he traded in his prize
Genesis,
Dancing With The Moonlit Knight, 1973
Unifaun = Junção de Unicorn
(unicórnio) com Faun (Fauno, na mitologia romana, o Deus dos campos e dos
pastores). Foneticamente, unifaun torna-se um trocadilho com a palavra Uniform
(uniforme, farda). O personagem Unifaun representa a velha Inglaterra histórica
É uma canção que crítica a sociedade capitalista inglesa pelo seu modelo económico
baseado no consumismo. E adiciona à temática elementos do folclore inglês,
referências à história do Rei Arthur e aos Cavaleiros da Távola Redonda.
O unifaun comercializa
a mercadoria (leia-se Inglaterra) com ela.
Os membros de uma
sociedade capitalista são ironizados ao serem comparados com os atores do
Mummers Play.
Thomas Woodrow Wilson
Tudo começa em 1919, com o Federal Reserve Act assinado pelo Presidente do Estados Unidos T.W. Wilson- a moeda dos EUA é emitida agora pelos privados.
Richard Milhous Nixon
Continua em 1971, com a revogação da convertibilidade da moeda e ouro pelo Presidente R. Nixon. Com esta medida o dinheiro já não representa a riqueza dum País, o seu ouro, mas torna-se uma riqueza volátil, retirada das mãos dos cidadãos.
Como resultado, os cidadãos perderam definitivamente qualquer contacto com o ouro do Estado e são obrigados a utilizar exclusivamente um meio de pagamento privado, sem valor intrínseco.
Entretanto, os bancos, todos privados ou controlados pelos privados, capturam os Estados no mecanismo da dívida pública e conseguem enriquecer cada vez mais.
Os Estados ficaram apenas com um monte de papel. Os bancos com o ouro.
O dinheiro que utilizamos já não é público, é privado; já não é riqueza, é papel.
Um Estado que não pode controlar a própria economia já não é um Estado - é uma ilusão de Estado.
Perdida a posse da própria riqueza, morre. Apenas continua a existir a Nação (por enquanto).
Os Estados morreram porque foram vendidos. Logo, nós cidadãos, que somos os Estados, fomos vendidos, com as nossas riquezas e os nossos direitos.
Os partidos, criados e eleitos para tratar dos interesses de todos, traíram a confiança dos próprios eleitores e venderam as vidas dos cidadãos aos bancos privados.
Hoje, os termos Estado, República, Democracia, deixaram de ter sentido e continuam a organizar rituais vazios como as "livres" eleições para criar uma aparência de legalidade a fim de o cidadão não perceber a realidade, para preservar a Grande Mentira - "fomos vendidos em troca de papel".
Os bancos, os megafundos, as dinastias financeiras, querem ser pagos em moeda forte e, portanto, criam uma propaganda na qual estamos constantemente ameaçados pela inflação, mesmo com a economia em colapso diante dos nossos olhos. Evitam que a moeda ganhe valor e criam a depressão.
Tudo gira em torno da superstição de que é o Estado (ou o BCE na Europa) o único que produz dinheiro e que, se ficar sem notas tem como única solução ir buscá-las aos ordenados, reformas e poupanças dos cidadãos.
O comunismo morreu com a queda do muro de Berlim. A social-democracia morreu com esta crise financeira.
Foi nas décadas 80 e 90, quando houve um gigantesco movimento de privatizações maciças de empresas públicas, de desregulamentação e de liberalização, iniciado nos EUA de Reagan e na Inglaterra de Tatcher estendendo-se depois a muitos países com o apoio do FMI e do Banco Mundial, que deixou o Estado fragilizado, submetido ao poder económico, incapaz de promover o desenvolvimento e o crescimento sustentado, conduzindo o mundo à primeira grande crise global.
Portugal também não escapou àquele movimento e o actual governo parece não ter aprendido nada com essa experiencia pois tenciona continuar a politica de privatização de empresas públicas.
As privatizações têm representado um fabuloso negócio para os grandes grupos económicos, incluindo estrangeiros, e um mau negócio para o Estado que perdeu assim uma importante fonte de receitas para aliviar as dificuldades orçamentais e reduzir o défice orçamental.
«A UE, "ao completar quase seis décadas de integração, que leitura podemos retirar da construção do idealizado neo-império europeu? Fazendo analogia com o Império Romano, vemos hoje na União Europeia a figura de uma imperador, que detém sozinho o poder centralizador, entre mandos e desmandos, com os demais Estados súbditos a fazerem-lhe a corte e a darem satisfações dos seus actos. Continuando a nossa analogia, vemos com clareza o neo-império dividido em dois grupos: dos cidadãos e dos não cidadãos. O primeiro grupo é composto por classes sociais, segundo a sua riqueza e o seu poder de influência, que lembra o Império Romano com as suas ordens senatorial, equestre e plebeia. O segundo grupo é formado por libertos e por escravos (…)
É oportuno lembrar algumas das razões que enfraqueceram o Império Romano até a sua queda, no Século V d.C.:
a enorme extensão territorial, que dificultava a administração e a defesa; a falta de mão de obra, que levou a forte crise na produção de alimentos; o aumento de conflitos entre as classes senatorial, equestre e plebeia, gerando instabilidade política; o aumento da corrupção no centro do império e nas regiões conquistadas e a facilidade com que Odoacro se apossou de Roma, mostrando a extrema vulnerabilidade a que havia chegado o Império Romano do Ocidente. Esperemos que a história não se repita, e que os visigodos, os ostrogodos e os vândalos permaneçam nos manuais da antiguidade, para não regredirmos para a Idade Média ou, quiçá, para a Guerra Fria, se permitirem que o Império Russo, que já foi o terceiro império do mundo, ressuscite. O velho continente não merece tal destino!»
Elizabeth Accioly, advogada, é professora da Universidade Lusíada de Lisboa e do Centro de Excelência Jean Monnet, da Faculdade de Direito de Lisboa.
Fontes:
Wikipédia e blog Informação incorrecta, entre outras
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