Identidade
Conheço pessoas ( muito poucas!) que: “fazem parecer
que é sempre primavera”; são feitas de coração; com o tempo, envelhecem o corpo mas não a
emoção; são de abraço espontâneo; transmitem com os olhos o que
palavras não saberiam dizer; poetizam sem esforço o mundo que as rodeia; não
precisam de raio X da alma para saber se é nobre; têm como marca própria,
ser gentis e amáveis; são incondicionalmente altruistas; interpretam o mundo de
forma simples; partem sempre do princípio que as coisas podem dar certo; sentem-se
como se não houvesse lei da gravidade; enfrentam os obstáculos como um desafio;
vivem com o que realmente é importante; sabem orientar o seu próprio destino.
Porque são elas
assim?
Porque são. Ou porque sim.
Algumas coisas simplesmente são. Ponto final.
Ponto. Mas não final. E avanço com os resultados de um estudo feito por um grupo de pesquisadores alemães e pelo Departamento de Biologia Celular e Molecular do Instituto Karolinska da Suécia, que provou que até gémeos idênticos, compartilhando o mesmo genoma (monozigóticos) e crescendo no mesmo ambiente, têm personalidades distintas.
Algumas coisas simplesmente são. Ponto final.
Ponto. Mas não final. E avanço com os resultados de um estudo feito por um grupo de pesquisadores alemães e pelo Departamento de Biologia Celular e Molecular do Instituto Karolinska da Suécia, que provou que até gémeos idênticos, compartilhando o mesmo genoma (monozigóticos) e crescendo no mesmo ambiente, têm personalidades distintas.
Gerd Kempermann Instituto de Karolinska
O que nos
individualiza, é a neuroplasticidade.
E quem o explica
cientificamente, é o médico Gerd Kempermann, ligado à Universidade Tecnológica de Dresden e ao
Centro de pesquisa alemão para Doenças
Neurodegenerativas.
Sublinha que, diferentemente de outros tipos de
plasticidade, como o nível de sinapses (conexões de neurónios), a neurogénese pode
ser facilmente quantificada.
Os neurónios são formados,
na sua maior parte, até pouco tempo depois do nascimento de um mamífero, com
excepção dos que constituem duas pequenas áreas do cérebro: o bulbo olfativo e
o hipocampo. No caso humano, só na segunda há registo de neurogénese.
“A relação entre
neurogénese em cérebros adultos e individualização, sustenta a ideia de que uma
das funções-chave do aparecimento de novos neurónios em adultos é modelar a
conectividade dos neurónios no cérebro, de acordo com as necessidades individuais.
” Localização do
hipocampo (a vermelho) num corte do
cérebro visto de cima, com a frente na parte superior da imagem.
A formação de novos
neurónios nessa estrutura está diretamente relacionada com a quantidade de
desafios cognitivos enfrentados por uma pessoa.
(imagem - Washington Irving/ Wikimedia
Commons)
O estudo trata do mistério e da
controvérsia de como ambientes diferentes ou o modo como vivemos, nos transformam em quem somos.
“Sabemos que todos
temos um cérebro individual”, diz.
Quando um óvulo é
produzido e fecundado por um só espermatozóide e se divide em duas culturas de
células completas, dá origem aos gémeos idênticos ou univitelinos, sempre do
mesmo sexo.
Os gémeos idênticos têm o mesmo genoma e são clones um do outro. Porém, mesmo iguais em tudo, têm impressões digitais diferentes.
Isto acontece porque,
mesmo no pequeno espaço do útero materno, há contacto com partes
diferentes desse ambiente, facto que causa variações digitais em cada um deles.
Não há conhecimento de duas impressões digitais idênticas registadas em banco
de dados.
Existe uma
corrente, constituída principalmente por portadores da síndrome de Asperger (uma variedade do autismo), que
defende o autismo não como uma doença, mas com uma variante neuronal,
uma outra forma de ser.
Folha de São Paulo,
28/04/2011
Pelo “Princípio de
identidade”, princípio fundamental da lógica tradicional, "uma
coisa é idêntica a si mesma"...
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