No passado fim-de-semana dei um salto de cerca
de 400 Km desde Lisboa até à minha aldeia, na Beira Alta.
O mau tempo acompanhou todo o percurso com o céu
muito nublado, aguaceiros fortes e algumas rajadas de vento mas sem acidentes.
A Freguesia, incrustada num vale, é muito menos
agreste no acolhimento aos visitantes do que as aldeias vizinhas. Porém, a água
que saía das torneiras no exterior deixava as mãos entorpecidas, doridas e avermelhadas como
se de uma queimadura superficial se tratasse, “exigindo” massagens em
movimentos circulares.
A TSF anunciava a circulação ferroviária
interrompida em certas regiões do Norte e do Centro devido ao mau tempo e à
queda de neve acima de 1200 metros com descida gradual da cota para 600 metros,
sobretudo nos distritos da Guarda.
Todavia, além da baixa temperatura e de alguma
chuva persistente, nada mais faria prever alterações na sequência dos últimos Invernos cerdeirenses.
Um pouco cansada das muitas tarefas que costumo elaborar quando por ali permaneço, resolvi fazer um intervalo espreitando a rua através dos vidros da janela. (A casa, aquecida pelo termo acumulador, até fazia esquecer o mau tempo lá fora).
- Uau… Está a nevar! Não, não é chuva, são flocos
de neve com o aspecto de
uma pequena estrela.
Tira uma foto, L.
- Pois é… nunca tinha visto cair neve aqui.
- E eu também já não me lembro da última vez que vi. Esta nem chega para saber que espessura tem; desfaz-se mal toca o solo
ainda molhado.
Quando era criança, lembro-me de marcar pegadas em neve
fresca, bem assentada, com pelo menos 0,5 metro de altura e de brincar fazendo bonecos de neve com duas grandes bolas sobrepostas encimadas pelo
chapéu de palha do Verão.
- Oh! Está a desaparecer.
- Bem, sempre dá para
amostra… e para sublinhar a credibilidade das expressões:
“Fundir
como neve ao sol “
“Branca como neve”
“Branca de Neve”
“Neve carbónica”
”Ovos em neve”
”Ovos em neve”
Já sem a luz do dia, a neve bateu de novo “levemente” e durante muito mais tempo.
Belas fotografias!
ResponderEliminarQue recordações!
Bjinhos
É sempre refrigerante tornar presente o passado...
ResponderEliminarJinho