O que resulta da mistura de um universos onírico, mundos surreais e situações não convencionais?
Ou de uma
técnica apurada, precisa e realista?
Porque vivem pessoas “agachadas”, de olhos
arregalados, como que em permanente “movimento” de fuga?
Ou envolvidas por uma
aura de solidão, desespero, olhares entristecidos, tez pálida?
Ou, pior ainda, com a mente zipada de sintomas depressivos/ ansiedade, perturbação do
sentido de tempo, desapego de amigos e familiares, visão do mundo de uma forma diferente e um grande
vazio interior, como se a sua personalidade se lhes tivesse sido
"roubada"?
Que metáforas e analogias poderão explicar a forma como uma pessoa percebe e sente a realidade, o seu"eu" em relação com os outros?
Parece haver um conflito
interno insuportável, o desenrolar de um processo inconsciente de dissociação do conhecimento, de informações ou sentimentos incompatíveis ou
inaceitáveis oriundos do pensamento consciente...
Como capturar a essência do ser humano?
Talvez Dali tenha as respostas.
Uma
cabeça parecendo uma caveira rodeada de longas e sibilantes
serpentes, com todos
os orifícios repletos de esqueletos e esqueletos
dentro de esqueletos,
uma cabeça recheada de morte infinita.
À direita, contrastando, um grupo de
figuras exaustas parece estar tentando arrastar um barco sobre a areia, talvez
representando um delírio que fervilha na mente do seu "Paranóico"
A fragmentação da forma é levada a
extremos. Toda a figura é descrita em termos de planos que se justapõem e
interpenetram. Poucas linhas descrevem alguns aspectos da anatomia que mantém a
reminiscência do objecto. Os volumes não se coadunam.
A realidade existencial é muito complexa!
Imagens Google
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