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domingo, 22 de maio de 2016

COMO CAPTURAR A ESSÊNCIA DO SER HUMANO?




O que resulta da mistura de um universos onírico, mundos surreais e situações não convencionais? 
Ou de uma técnica apurada, precisa e realista?

Porque vivem pessoas “agachadas”, de olhos arregalados, como que em permanente “movimento” de fuga?
Ou envolvidas por uma aura de solidão, desespero, olhares entristecidos, tez pálida? 
Ou, pior ainda, com a mente zipada de sintomas depressivos/ ansiedade, perturbação do sentido de tempo, desapego de amigos e familiares, visão do mundo de uma forma diferente e um grande vazio interior, como se a sua personalidade se lhes tivesse sido "roubada"?
Que metáforas e analogias poderão explicar a forma como uma pessoa percebe e sente a realidade, o seu"eu" em relação com os outros?

Parece haver um conflito interno insuportável, o desenrolar de um processo inconsciente de dissociação do conhecimento, de  informações ou sentimentos incompatíveis ou inaceitáveis oriundos do pensamento consciente...

Como capturar a essência do ser humano?

Talvez Dali tenha as respostas. 


Uma cabeça parecendo uma caveira rodeada de longas e sibilantes serpentes, com todos os orifícios repletos de esqueletos e esqueletos dentro de esqueletos, uma cabeça recheada de morte infinita.



À direita, contrastando, um grupo de figuras exaustas parece estar tentando arrastar um barco sobre a areia, talvez representando um delírio que fervilha na mente do seu "Paranóico"



A fragmentação da forma é levada a extremos. Toda a figura é descrita em termos de planos que se justapõem e interpenetram. Poucas linhas descrevem alguns aspectos da anatomia que mantém a reminiscência do objecto. Os volumes não se coadunam. 

A realidade existencial é muito complexa!


Imagens Google

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