Foi no dia 5 de Julho.
“…a I.M. estava diferente – cansada, com edemas, parca nas palavras, apática, "desligada"...
“…a I.M. estava diferente – cansada, com edemas, parca nas palavras, apática, "desligada"...
- “Só me apetece
estar deitada. A Teresa desculpe”, disse.
Talvez o destino
lhe tenha traçado o fim da caminhada. Talvez não lhe ouça mais pronunciar o meu
nome.
Ou talvez sim. Oxalá.
Sim, ouvi-a pronunciá-lo até ao dia 14 de Janeiro de 2019
- Teresa, sou o J., o filho da I. Sei que eram amigas há anos. Estive a rever as fotos daquele
cruzeiro pelos Fiordes em 2004…e achei que devia dizer-lhe.
A Mãe, ontem, partiu para um “cruzeiro” sem regresso.
-...
- Estava muito serena.
- Devia "sentir-se" aliviada da quase imobilidade em que vivia devido àquela cegueira nunca bem explicada (ou sim?) e à dificuldade em respirar.
- Devia "sentir-se" aliviada da quase imobilidade em que vivia devido àquela cegueira nunca bem explicada (ou sim?) e à dificuldade em respirar.
A I., Senhora, discreta, culta, resignada, autêntica,
Amiga, de postura impecável, levou tudo isto com ela. Sobra a memória desse tudo e fica-se mais triste, mais vazia.
As fotos ou as conversas tidas serão formas de nos
lembrarmos das pessoas que não voltam mais.
- Tresinha, aquela nossa viagem foi muito boa, não foi?
Lembra-se da Maglô? É uma personalidade difícil de esquecer. Tão exótica!
Mas nós éramos as mais jeitosas, não acha? (ela achava…)
-...
E lá vinham as gargalhadas, etc., que não voltaram mais
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