Panorama fotográfico registado ao longo de 22 Km percorridos junto ao Tejo, em bicicleta, entre Linda-a-Velha/Algés/Dafundo e o Parque das Nações a 29 de Março de 2020, um vulgar dia de quarentena.
Nos jardins, entre os frondosos pinheiros mansos, os bancos receptivos para quem, numa pausa relaxante, poderia desfrutar um ambiente de paz, sossego, liberdade, os sons da própria natureza e o sol que vai aparecendo.
Nas estradas os carros não circulam...E as casas têm as portas e as janelas fechadas
Até o caixote do lixo, sem utentes, parece sentir-se ali a mais.
E os comboios?
Não há carros (nem arrumadores!). A cervejaria Portugália está encerrada.
Duas (três?) pessoas ao fundo e outra que corre, em oposição às recomendações ditadas pelo Governo perante o estado de emergência.
E o silêncio longínquo da prisão da Duquesa de Mântua
e da morte do secretário de estado Miguel de Vasconcelos que foi atirado de uma janela
do palácio para o Terreiro (1640); do destruído Arquivo Real com documentos
relativos à exploração oceânica; do assassinato do rei Dom Carlos e filho, Dom Luís Filipe (1908); do desembarque da Marinha no Cais das
Colunas (1910) e da Rainha Isabel II, do Reino Unido, quando da visita a
Portugal (1957); de alguns dos discursos do Presidente do Conselho, Dr. Oliveira
Salazar proferidos à janela dos ministérios; de acontecimentos relacionados com
o derrube do governo de Marcello Caetano (1974); da celebração de uma missa
pelo Papa Bento XVI (2010); das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e
das Comunidades (2016) Informação Wikipédia
E o das vitórias na Ásia e na América, visíveis nas serpentes e nas figuras que envolvem o Rei Dom José e o
seu cavalo...
Um carro mais uma motinha a tentar passar o sinal verde ...
Este é o cruzeiro MSC Fantasia que acostou no Porto de
Lisboa a 22 de Março com passageiros de 39 nacionalidades,
maioritariamente da União Europeia, Reino Unido, Brasil e Austrália e
tripulantes de 50 nacionalidades.
“Até ao momento, e já a navegar há 10 dias em alto mar,
não existe nenhum passageiro com Covid-19 a bordo, ou mesmo algum caso
suspeito”, era a informação do Porto de Lisboa
Um motociclista no deserto asfaltado
A Altice Arena, antigo Pavilhão Atlântico. Duas bicicletas sem usuário.
Um pouco por todo este percurso o cenário é semelhante. Antes, estava cheio de turistas. Agora, quase não há viv´alma. Há um silêncio ensurdecedor numa guerra contra um inimigo invisível, o Covid-19.
Dos 52 restaurantes de média e grande dimensão, 48 decidiram não abrir portas para evitar a concentração em espaços fechados
Os que optaram por servir refeições take away,” não têm mãos a medir”
Antes, havia magotes de pessoas que circulavam junto ao rio e grandes filas para entrar nalguns deles. Lá está encerrado, também, o D´Bacalhau, meu preferido.
E o vazio é assustador
O cenário repete-se...
A Altice Arena, antigo Pavilhão Atlântico. Duas bicicletas sem usuário.
Um pouco por todo este percurso o cenário é semelhante. Antes, estava cheio de turistas. Agora, quase não há viv´alma. Há um silêncio ensurdecedor numa guerra contra um inimigo invisível, o Covid-19.
O navio de cruzeiros “Funchal” à espera de melhores dias!
Os que optaram por servir refeições take away,” não têm mãos a medir”
E o vazio é assustador
O cenário repete-se...
Diz o secretário de Estado que estamos no mês mais
crítico desta pandemia e que não podemos baixar a única defesa que temos no
combate à epidemia, que é a contenção social.
E à qual estamos longe de lhe ver
o fim. (acrescento eu)
"A quarentena auto-imposta por Marcelo Rebelo de Sousa foi
um enorme erro político e, se continuar enfiado em Cascais, irá atirar pela
janela todo o capital político que amealhou ao longo de quatro anos". Público
E a GNR está a recordar aos condutores que “a Covid-19 não vai de fim de semana”
"A doença não faz com que a vida pare". Há vida além do Covid-19, literalmente. É urgente reunir mais e melhor informação antes de a
divulgar. Isto poderia contribuir para uma sociedade mais
equilibrada, mais forte e mais capacitada para o que aí virá. Não vai
ficar tudo bem mas o melhor possível. Depende de cada um
de nós. Não podemos viver na angústia da contagem
diária de mortos e de infectados. "O medo é razoável, mas é nossa obrigação ultrapassá-lo". Ramalho Eanes, ex-presidente da República e actual conselheiro de Estado, em entrevista a Fátima Campos Ferreira, na RTP1,
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