"As perspectivas para a economia portuguesa deterioraram-se abrupta e significativamente em
resultado do impacto da pandemia Covid-19." (Comunicado do Banco de Portugal)
Com três períodos consecutivos em estado de emergência, seguidos de situação de calamidade, o emprego dispara, as exportações caem, o turismo não regista movimento de receitas, a saúde mantém-se em “situação epidémica” à espera de uma segunda vaga da Covid-19 (A 2 de Julho, Portugal contabiliza 51.310 casos confirmados e 1737
mortes), as famílias
portuguesas estão mais endividadas e com menos perspectivas de futuro.
A problemática situação da TAP, os 45,5 mil milhões de euros a segurar em Bruxelas com prazo para serem gastos, a "profundíssima" crise do BES e os incêndios florestais onde todos os anos arde mais de 3% da floresta, transformando Portugal "no campeão europeu dos incêndios" (WWF), são indicadores que sustentam o receio do período de instabilidade que se avizinha.
Novo Banco: Resultado líquido por ano, em milhões de euros
Fonte: O ECO (Novo
Banco a 02/03/2020)
"O crédito concedido pelo Novo Banco caiu cerca de 25%
durante estes quatro anos, reduzindo-se em 10,4 mil
milhões de euros. Chegou ao final de Março nos 31,3 mil milhões
de euros, dos quais 27,7 milhões eram créditos domésticos. Em Portugal, o
crédito às empresas representa 64% da carteira, menos 6% do em Agosto de 2014. (O ECO)
O Novo Banco estima que vai pedir mais 541 milhões de
euros ao Fundo de Resolução, no âmbito do mecanismo de capital contingente.
O que se passou no Novo Banco exala aquele perfume
estranho que legitima todas as desconfianças. Manuel Carvalho, Público
A dívida da TAP ascende para 3.300 milhões de euros
se for tida em conta a dívida com os contratos de leasing das
aeronaves. “Estamos a falar de uma dívida brutal“. Pedro Nuno
Santos, ministro das Infraestruturas e da Habitação
Está fechado o acordo para a TAP. O Estado fica com 72,5%
da empresa por €55 milhões. O Governo está a apresentar neste momento os
contornos do acordo. SIC Notícias
A TAP já devia ter apresentado lucros. Ramiro Sequeira
terá de acelerar retoma. A actividade está 92% abaixo do habitual. O Governo quer ser “muito claro e assertivo”
sobre o facto de achar “imoral que se distribuam prémios a uma pequena minoria
de trabalhadores de topo da TAP, numa empresa que tem um universo de 10 mil
trabalhadores”. Pedro Nuno Santos
Incendiário apanhado em flagrante
Portugal é o país europeu que tem mais incêndios.
Todos os anos arde mais de 3% da sua superfície florestal, quando comparada com 0,4% em
Espanha. Em média, ocorrem no país, por
ano, cerca de 17 mil sinistros, mais 35% do que em Espanha , apesar de ter
menos 80% de superfície florestal
De acordo com o relatório da WWF, “ano após ano, a área ardida não para de crescer” em Portugal,
justificando esta situação com “um sem fim de factores, desde o abandono rural,
cessação de actividades agrícolas tradicionais, à ausência de políticas sérias
de gestão do território e gestão florestal responsável”.
Os incêndios florestais e as
alterações climáticas constituem um círculo vicioso. O número de incêndios tem repercussão na subida das emissões de gases de
efeito estufa e o aumento da temperatura global do planeta provoca a ocorrência de eventos climáticos extremos.
A Declaração da Situação de
Alerta prevista na Lei de Bases de Protecção Civil, de nada tem servido, penso. Há, permanentemente, pedaços de Portugal a arder.
Impressionante!
No dia 04.08 e até ao momento em que acabei de escrever (madrugada do dia 05. 08) houve incêndios nas localidades:
. Arcozelo,
Baião, Ruivais, Carnaxide, Pousos, Vau, Agilde, Albergaria da Serra, Lousada, Mação, Santo
Tirso#burgaes, Alto das Cerejas, Ponte da Formigosa, Requeixo, Freamunde,
Devesinha, Marco de Canaveses, Gestaçô, Redondelo, Telões, Asnela, Vilela de
Cima, Sobrado, Giesteira, Beja, Travanca, Lilela, Serra E Junceira,
Idães, Pai de Aviz, Rio Caldo, Cabaços, Baltar, Casal Galego, Cocheira,
Rochoso, Lousada, Sobrado, Brejo, Rio de Baixo, Moinhos, Ovar, Romariz,
Rebordosa, Armada, Danaia, Pedralva, Manique, Anais, Castelo da Maia,
Brejo, Aboim da Nóbrega E Gondomar, Gomide , Seroa, Calvete , Lagoa do
Grou, Cantanhede, Recarei, Ilhavo, Loures, Maxial da Ladeira, Barcelos,
A-dos-neves, Nade, Espinhal, Poceirão, Amora, S. Cosme, Alvarenga e
Valoura
Ainda existem várias frentes activas no incêndio de Mação.
O número de operacionais no terreno já ultrapassa os 800 e estão a ser apoiados
por 250 viaturas.
Unhais
De acordo com a análise dos efeitos do coronavírus na
economia portuguesa, pelo Fórum para a
Competitividade, os receios “podem conduzir a perturbações excessivas” contribuindo
para o “empobrecimento relativo do país”.
Ao nível do ecossistema, a
recuperação após um incêndio pode demorar muito tempo, sobretudo se os sistemas
afectados são o resultado de muitos anos de evolução. Quanto maior for a frequência
dos incêndios, mais tempo será necessário para repor a situação anterior
Por outro lado, as primeiras chuvas podem arrastar os nutrientes sob a forma mineral, até níveis fora do alcance das
plantas, o que também contribui para afectar negativamente a fertilidade do
solo.
A avaliação desses impactos e das medidas de
recuperação para que todo o sistema
retorne, na medida do possível, à
normalidade, constitui um dos problemas mais importantes na gestão integrada dos
incêndios florestais.
Informação google
https://www.bportugal.pt/comunicado/comunicado-do-banco-de-portugal-sobre-o-boletim-economico-de-marco-de-2020
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