Número total de visualizações de páginas

sábado, 31 de outubro de 2020

BRUXARIA/ HALLOWEEN


A palavra bruxa tem origem no verbo italiano bruciare, que significa queimar (brucia). Há, no entanto, quem indique que nasce na Era Antiga, na Península Ibérica, especialmente na Lusitânia, antes da invasão romana e do  próprio latim. Apesar dos registos mais antigos da Tradição Ibérica datarem de fins do século XVIII, por motivos de perseguição religiosa, não foram feitos antes do início do século XX

De acordo com o historiador Jeffrey B. Russel,  a bruxaria é representada sob o ponto de vista antropológico,  sinónimo de feitiçaria; histórico, através de documentos escritos e moderno ou hodiema, uma forma de religião pagã ou neopagã (abrangendo esta, um círculo bem mais amplo e universal de práticas mágicas)

A Bíblia hebraica condenava a feitiçaria. Foram acusadas e condenadas  milhares de pessoas. caça às bruxas continuou até finais do século IV, quando o catolicismo se tornou religião oficial do Império Romano que impôs apenas certas penitencias eclesiásticas mais suaves. Durante a Alta Idade Média, uma época dominada por medos, o ceticismo em relação às bruxas aumentou. A existência de bruxas fazia parte do imaginário popular que as culpava pelas doenças, maus anos agrícolas, epidemias. Porem, os eclesiásticos, apoiados  pelas autoridades,  fizeram o seu melhor para desiludir o povo dessa  crença supersticiosa. Na Baixa Idade Média, a grande influência (1601 - 1700) sobre as comunidades puritanas nos Estados Unidos ( veja-se o famoso caso das bruxas de Salém), aumentou o número de julgamentos e execuções. Na Idade Moderna, desapareceu a distinção entre bruxas/feiticeiras, curandeiras e benzedeiras, tornando ainda mais amplo o conceito de "bruxa". Houve julgamento e morte  de muitas pessoas denunciadas por vizinhos invejosos da prosperidade obtida pelo colonialismo e mercantilismo. As falsas alegações tinham como finalidade a apropriação ilícita de bens alheios.

Queima de uma bruxa na fogueira em Willisau, Suíça (1447). Diepold Schilling

“ Heroína nacional, santa, bruxa, louca, mártir, prostituta, líder militar, herege… foram adjetivações dirigidas ao longo do tempo a Joana D’Arc, queimada viva em praça pública em Rouen (França), a 30 de maio de 1431.” Thiago Romão de Alencar

Graças à expansão do  Iluminismo,  a partir da década de 60, os julgamentos começaram a diminuir .

Muitas histórias relacionadas com bruxas foram alimentadas por escritores românticos do século XIX, que criaram mitologias sobre essas figuras – a mulher que entra pelo telhado para chupar o sangue de crianças ou que bebe e gargalha voando de vassoura…

E há mais versões históricas sobre a bruxaria.


O Halloween tem suas raízes no Reino Unido e não na cultura americana. O nome deriva de "All Hallows' Eve". Foram os irlandeses que levaram as suas tradições quando, durante o período da ”Grande Fome”, se obrigaram a emigrar para lá


O actual Dia das Bruxas surgiu entre 1500 e 1800 e é o maior feriado não cristão dos Estados Unidos . As fogueiras tornaram-se verdadeiramente populares a partir dessa altura e em 1910 este dia ultrapassou tanto o Dia dos Namorados como a Páscoa em venda de chocolates. A tradição de pedir guloseimas de porta em porta vem do costume antigo que as pessoas tinham de oferecer "bolos de alma" a pessoas carentes

“Exportado” para outros países, tem diferentes finalidades como celebrar os mortos, a época de colheita e  marcar o fim do verão e o início do outono no hemisfério norte. Simultaneamente,  vai dando a oportunidade aos  adultos para brincarem  com medos e fantasias de uma forma socialmente aceitável. Permite subverter normais sociais e explorar o lado negro do comportamento humano, unindo religião, natureza, morte e romance.


Bruxas e fantasias 






Imagens e pesquisa Google

Sem comentários:

Enviar um comentário