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domingo, 25 de julho de 2021

"A BELEZA DOS NÚMEROS"


A beleza dos Números”, era o nome do e-mail que acabava de entrar no meu PC. Interessante, pensei, depois de o ter lido. E optei logo por fazer uma interrupção nos planos do momento para  explorar o tema um pouco mais.

Fiquei surpreendida com  a associação da palavra beleza a tantas outras, nem sempre simpáticas para, sobretudo, muitos estudantes.  É o caso de a “beleza da Matemática”, a "Matemática da beleza", a "beleza nos resultados matemáticos", a “beleza da Geometria”,  a “beleza dos Números Primos”, a “beleza do Número de Oiro”.

A beleza da Geometria


As abelhas podem resolver resultados matemáticos sem usar números

Porem, quem  não odeia o assunto nem teve de superar um bloqueio mental  face aos métodos de ensino quase sempre não adaptados ao funcionamento cognitivo de cada aluno, acaba mesmo por ficar do lado dos que gostam.

Na matemática cada capítulo é importante para compreender o próximo, ou seja, a matéria é cumulativa, exige revisão contínua dos conceitos leccionados em cada aula. Por outro lado, dá sempre jeito ter um bom raciocínio lógico, capacidade de dedução, uma certa intuição para perceber o enunciado de cada exercício e alguma criatividade . Mas se a forma  de transmitir o conteúdo não for eficaz, nenhuma destas capacidades poderá contribuir plenamente para um melhor resultado. 

A Matemática da beleza

Homem Vitruviano, de Leonardo da Vinci é um manual de aplicação da beleza nas pinturas, nas esculturas e nos edifícios. As Villas Palladianas, o Duomo de Brunelleschi, as hipérboles de Gaudí, apresentam, todas, variações da constante real algébrica com o valor de 1,618, utilizada desde a Antiguidade. Encontra-se também na “Quinta Sinfonia de Beethoven, na obra de Debussy, nos traços de Mondrian, no Nascimento da Vénus de Botticelli, no Davi de Michelangelo, nas estrofes da Ilíada de Homero, no Pentâmetro iâmbico (descreve um determinado ritmo que as palavras estabelecem em cada verso) de Shakespeare. E no mundo natural das galáxias, nas espirais das conchas, nos ventos, pétalas, sementes e flores. Miguel Pinto de Magalhães em Archtrends Portobello


A beleza da Matemática - simetria dos números numa multiplicação
Fascinante!


Divertido

Até já era capaz de ficar aqui a noite toda…

O cérebro está sempre em desenvolvimento, graças à capacidade da neuro plasticidade. Embora as mudanças mais profundas se verifiquem até à primeira infância, o órgão pode ser moldado e desenvolvido durante toda a vida, se estimulado.

Mas não devo deixar de referenciar ainda Paul Erdős (1913 – 1996), um matemático húngaro que apresentou e resolveu problemas na teoria dos números e fundou o campo da matemática discretaPara ele, a matemática era ordem e beleza no seu estado mais puro; transcendia o mundo físico. Desenvolveu o Método Probabilístico, uma nova forma de demonstração de existência.

Paul Erdős

"É como perguntar porque é bela a sinfonia de Beethoven. Se não vê porquê, ninguém poderá explicar-lhe. Sei que os números são belos. Se não são belos, então nada o é." (Erdös, cit in Hoffman)



Imagens Google

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