Seiji Ozawa, famoso maestro
japonês, tem Alzheimer. Zubin Mehta quis prestar- lhe uma
homenagem e levou-o a conduzir um pequeno concerto. É impressionante
ver Ozawa “distraindo -se” do seu papel e como Metha o
reintroduz no show. Ele reage imediatamente apontando alguma entrada de
metal. Repare-se na cumplicidade e no carinho entre os dois maestros e na
alegria dos professores de orquestra.
As pessoas com doença de
Alzheimer reconhecem uma canção que ouviam há muito tempo mas não se lembram do
nome dos seus familiares.
A explicação, de acordo com estudos recentes, é que as memórias musicais se conservam mesmo em fases avançadas da doença. E isto acontece porque as áreas cerebrais responsáveis pelas memórias musicais são diferentes das responsáveis pelas outras memórias. A atrofia cerebral dá-se de forma mais lenta e gradual.
E como as memórias que mais
perduram são as que estão ligadas a uma vivência emocional intensa (a música está
relacionada com as emoções), é possível
que as pessoas com doença de Alzheimer, ao ouvi-la, a recordem, a cantem e a dancem, mesmo
nas fases mais avançadas da demência, embora não se lembrem do nome dela. Mariana Mateus, Neuroser
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