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sexta-feira, 2 de julho de 2021

GENEROSIDADE

Seiji Ozawa, famoso maestro japonês, tem Alzheimer.  Zubin Mehta quis prestar- lhe uma homenagem e levou-o a conduzir um pequeno concerto. É impressionante ver Ozawa  “distraindo -se” do seu papel e como Metha o reintroduz no show. Ele reage imediatamente apontando alguma entrada de metal. Repare-se na cumplicidade e no carinho entre os dois maestros e na alegria dos professores de orquestra.



Seiji Ozawa

As pessoas com doença de Alzheimer reconhecem uma canção que ouviam há muito tempo mas não se lembram do nome dos seus familiares. 

A explicação, de acordo com estudos recentes, é que as memórias musicais se  conservam mesmo em fases avançadas da doença. E isto acontece  porque as áreas cerebrais responsáveis pelas memórias musicais são diferentes das responsáveis pelas outras memórias. A  atrofia cerebral dá-se de forma mais lenta e gradual.

E como as memórias que mais perduram são as que estão ligadas a uma vivência emocional intensa (a música está relacionada com as emoções), é  possível que as pessoas com doença de Alzheimer, ao ouvi-la, a recordem, a cantem e a dancem, mesmo nas fases mais avançadas da demência, embora não se lembrem do nome dela. Mariana Mateus, Neuroser


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