O Corpo de Deus celebra a Última Ceia que teve lugar no dia anterior à crucificação de Jesus.
Após pausa pandémica, a tradição em Portugal parece ter voltado com solenidade, alegria e cor. Nas procissões o Santíssimo Sacramento, ao passar pelas ruas das cidades, aldeias e lugares, envolvido em cânticos e orações, é olhado com respeito, adoração e cerimónia.
Em Lisboa, é a procissão mais antiga, com padres, outros sacerdotes, várias ordens e fiéis de todas as idades desfilando durante cerca de uma hora pelas ruas da baixa lisboeta. Presidida pelo cardeal-patriarca, sai da Sé e regressa depois para a bênção final, à multidão que enche o Largo da Sé .
Fotos: Ana Catarina André- RR
Nas ruas de Lisboa "a arte " das flores não saiu à rua.
Porem, há, pelo País, muitas cidades e lugares que acordam de manhã com as ruas do itinerário da procissão cobertas por tapetes de flores feitos pelos moradores. Movidos pela fé e devoção, trabalham incansavelmente durante toda a noite, para deleite de quem as vai percorrer ou, simplesmente, ver.
Acontece em Caminha, Vila do Conde, Leiria, Ponte de Lima, Santarém, Angra do Heroísmo, Funchal, outras.
Alguns exemplares:
Também eu, na minha Aldeia, quando criança, juntamente com outras da mesma idade, percorria os campos em busca de rosmaninho e flores selvagens coloridas para cobrir a extensão de rua frente à casa de cada uma.
Havia colchas "finas" suspensas das janelas e pessoas idosas por trás delas deitando pétalas sobre o pálio.
E foi para reviver aquele momento, vestida entre dois "anjos", (minhas irmãs), que participei neste Dia do Corpo de Deus.
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