Diogo Ribeiro | Natação | Talento | Benfica
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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024
UM PRODIGIO NATO
Diogo Ribeiro …
Quem é? Talvez, para a maior parte dos portugueses seja ainda pouco ou mesmo nada conhecido. No entanto, merece ser obrigatório não o ignorar. Porque, além de talentoso, é um exemplo de superação.
Tem apenas 19 anos e é, neste momento, o melhor da história da natação portuguesa e do mundo. Um prodígio nato. Nas duas últimas épocas Diogo Ribeiro obteve 16 recordes nacionais absolutos: os 50 de mariposa, seis vezes; os 100 de mariposa, quatro; os 100 livres, cinco e os 50 livres, uma.
Nasceu em Coimbra (*) e ficou sem pai aos 4 anos. Para o manter ocupado, a mãe inscreveu-o na piscina, aonde, levado pela irmã quase diariamente, já era, diz-se, alvo de inveja.
Com 8 anos iniciou-se no Circuito Regional de Cadetes, em representação da Fundação Beatriz Santos - Clube e aos 12, transferiu-se para o Clube Náutico Académico, onde conquistou o primeiro pódio regional. Depois, no União de Coimbra começou a ganhar as primeiras medalhas.
Mas, em 2021 sofreu um acidente de mota. Cheio de hematomas, queimaduras nas pernas, deslocação do ombro, fratura do pé, uma lesão no peito e a perda de parte do indicador direito, tudo parecia fazer crer que a carreira, acabada de ser iniciada, não chegaria ao fim.
"Milagrosamente", o "acidente foi uma lição", "deu-me força mental para enfrentar uma segunda vida" - disse, em entrevista, ao site Maisfutebol E, em mais ou menos um ano, aos 17 anos, estava não só reabilitado, como a despertar o interesse do Benfica.
Lima 2022 - Campeonatos Mundiais de Juniores, medalha de ouro nos 50 metros mariposa (recorde do mundo de juniores)
Lima 2022 - Campeonatos Mundiais de Juniores, medalha de ouro nos 100 metros mariposa
Lima 2022 - Campeonatos Mundiais de Juniores, medalha de ouro nos 50 metros livres
Jogos do Mediterrâneo, medalha de prata nos 100 metros livres
Jogos do Mediterrâneo 2022, medalha de ouro nos 50 metros mariposa (recorde do campeonato)
Mundiais de Natação 2024, medalha de ouro nos 50 metros mariposa
Mundiais de natação 2024 medalha de ouro nos 100 metros mariposa (recorde nacional)
Segundo Tiago Barbosa, eleito o melhor investigador do mundo em desportos náuticos, pela terceira vez consecutiva (Expertcase), pode ser interpretado através dos parâmetros de avaliação antropométrica.
Diogo tem uma envergadura (1,90 metros) superior à estatura (1,83 m), um índice de massa corporal (divisão do peso pela estatura, em metros quadrados) de 22,1 e um rácio envergadura - estatura de 1.04. A amplitude do movimento do pé (ainda não conhecida) é mais importante que o tamanho e, proporcionalmente, também tem as pernas mais pequenas do que o corpo, proporcionando-lhe uma maior vantagem aerodinâmica.
Mas, ainda de acordo com o investigador, ele tem, além de um enorme potencial físico, uma maturidade que, aliada a uma grande serenidade e motivação, é característica dos grandes nadadores.
* Com raízes e familiares em Figueira de Castelo Rodrigo, Beira Alta (Mata de Lobos, terra do avô e Algodres, terra da avó).
Mata de Lobos
Algodres
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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024
MARAVILHAS DA METEOROLOGIA
Os fenómenos atmosféricos relacionados com as dinâmicas de temperatura do ar e da pressão atmosférica, ao envolverem o vento, a humidade, a formação de nuvens e precipitações, fazem com que a Meteorologia proporcione estranhas e misteriosas maravilhas artísticas.
E as imagens são tanto mais espetaculares, quanto mais extremos são os fenómenos, aqueles que, quase sempre, infelizmente, afetam o nosso quotidiano físico e social
Fotos do tempo meteorológico
Tempestade elétrica com raios cortando o céu de Pequim na China, durante celebrações políticas locais | Noel Celis/AFP/MetSul Meteorologia
Pôr do sol brilhante atrás de vidro gotejando depois da chuva.
Foto plano de fundo desfocado da rua de nova York com gotas de água, luzes e carros na noite de chuva
Conforme a temperatura do planeta sobe, o nível de derretimento do gelo marinho nas regiões polares também aumenta
Frente fria. Previsão de chuvas
Chuva forte e persistente - Expresso
Marvão, no Natal, com chuva
Desfile cancelado - Sic Noticias
Com o aumento da temperatura no planeta Terra, as calotas polares estão derretendo cada vez mais rápido
Foto: iStock/Divulgação/its Teens
“Perdido na cena das fadas. A colina Long Coc, em Hanoi, Vietnam, tem características misteriosas e estranhas quando o sol nasce. Escondida na névoa da manhã, a cor verde das folhas de chá se destaca. Nada é igual!
Tea Hills’, de Vu Trung Huan, 2º lugar
Globo
Imagem do satélite GOES-16 do final da manhã mostra as nuvens muito carregadas que trazem chuva e raios no Rio Grande do Sul | NOAA
Raios. Tempestade - Pinterest
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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024
POR DETRÁS DA MÁSCARA
Máscara: Artefato de papelão, pano, madeira, couro etc., com que se cobre o rosto para disfarce
Disfarce: Aquilo que esconde a verdadeira aparência
Dicionário Online de Português
“O uso de máscaras é velho como o Mundo mas não perdeu o seu papel.” - Jean-Martin Rabot, sociólogo francês, docente na Universidade do Minho
Há máscaras de múltiplas tipologias , desde as que tapam todo o rosto, só os olhos ou a boca.
O fascínio pelas máscaras tem origem, segundo M. Rabot e o psiquiatra Carl Gustav Jung, na pluralidade de aparências do homem, que "não tem uma identidade fixa”.
Definem a persona como "alguém que não é em realidade, mas que é o que ele próprio pensa que é, o que os outros pensam que ele é”. A persona é a mascara.
E assim, nas sociedades primitivas eram usadas nas cerimónias rituais para, através delas, se relacionarem com o mundo dos mortos. Na Grécia antiga, século V a.C., começaram a ser utilizadas em peças teatrais, tornando-se, desde então e até hoje, o símbolo do teatro: duas máscaras gregas bem expressivas, como reforço das emoções do actor - uma alegre e outra triste.
Ao lado das perucas, contribuíram, também, para viabilizar personagens femininas no drama grego.
No Egito, a máscara fazia parte dos adornos colocados nos sarcófagos, junto ao corpo dos faraós, a fim de os proteger e preparar para o mundo divino.
Ao longo da humanidade, as máscaras passaram por várias culturas com significados diversos.
Desde a Antiguidade que se usavam para proteger a pele dos raios solares. A tez clara estava associada a uma classe alta e a pele curtida pelo sol, aos trabalhos físicos das classes sociais mais baixas. Quando as mulheres nobres se deslocavam a pé ou a cavalo ou na rua, protegiam-se tapando a cara com uma máscara de veludo com buracos para os olhos. Anatomie of Abuses (1583).
Mulheres com máscara numa peregrinação ao santuário de Laeken, perto de Bruxelas, em 1601. Óleo anónimo. Mosteiro das Descalças Reais, Madrid.
National Geographic
Mas foi em Veneza, no ano de 1200, com a chegada de mulheres de Constantinopla a passear na rua , de rosto tapado, que os venezianos se vieram a interessar pelo artesanato de máscaras e técnicas de fabrico. A partir daí, a máscara era tão festejada quanto proibida na medida em que, garantindo o anonimato, disfarçava as classes sociais e permitia troçar das autoridades e da aristocracia.
Vídeo - Carnaval de Veneza 2024
Veneza - As máscaras mais bonitas, entre 2013 e 2024
Porem, ao ocultar a identidade, também favorecia roubos, assédios e delitos, o que levou a Sereníssima a limitar o seu uso. E, em 1797, após a queda da República, Napoleão proibiu mesmo os disfarces de Carnaval, excepto nas festas privadas dos palácios venezianos e no Ballo della Cavalchina, em Fenice.
E é, ainda em Veneza que a máscara passa a ser considerada um adereço para o carnaval propriamente dito assim como, de novo, para o teatro. Foi lá que surgiram os três famosos personagens de um triângulo amoroso baseado na comédia italiana do século XVI, (Commedia dell’Arte) Pierrot, Colombina e Arlequim.
Pierrot, Colombina e Arlequim.
Facebook
No teatro, a máscara servia para representar inúmeras personagens diferentes. Nos carnavais “permite quebrar a barreira social, acaba com a identidade de género, de status, de classe e permite inverter os papéis sociais, aniquilando as hierarquias”.
Segundo Telmo Baptista, psicólogo e psicoterapeuta, "as pessoas escolhem as máscaras em função da maneira como veem o mundo e de como projetam os seus anseios, medos, desejos. “Com a máscara sou eu e não sou eu. Posso fazer aquelas coisas todas como se fosse, embora saiba que não sou. Estou protegido porque estou por detrás da máscara”.
A escolha do disfarce pode dizer muito sobre a “personalidade, problemas, medos" mesmo que de forma “inconsciente. Dependendo da fantasia, podem exprimir coisas que não exprimiriam. Depende da personalidade, do seu mundo interno.” Mariagrazia Luwisch, psicóloga e psicoterapeuta
A festa foi-se transformando ao longo dos anos mas os bailes de máscaras permanecem vivos para que, pelo menos no carnaval, o ego possa continuar a esconder-se das amarras sociais - não se sabe quem é rico, pobre, homem ou mulher.
E como eu ainda tenho uma ideia dos Carnavais do Estoril nos anos 60, não quero deixar de falar do “ apogeu” dos desfiles de rua no concelho, durante todo o século XX, feitos não só de máscaras mas, também, de convidados como o ator Fernandel e a Girafa de Dali a participar no corso.
Os carnavais eram organizados pelo empresário Teodoro dos Santos, da Sociedade Estoril Sol, e a festa decorria, sobretudo, à volta dos jardins do Casino. "Mas , habitualmente, o transito na Avenida Marginal era tanto, que "havia quem ficasse retido em Carcavelos e perdesse o desfile". Lima de Carvalho
link com o desfile de Carnaval, constituído por carros alegóricos, cabeçudos, mascarados e a participação de Fernandel.
link com a chegada de artistas estrangeiros para participarem no Carnaval do Estoril - Aeroporto da Portela, Lisboa
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