“Uma vaga de
imigração está a assolar Portugal. O primeiro a chegar à Portela foi Sócrates.
Sabemos que Guterres já se instalou em território nacional e
agora chega-nos a notícia que José Manuel Barroso provavelmente voltará a
ser Durão Barroso. Observo que a casa portuguesa começa a ficar apertada, cheia
de visitas políticas de última hora. Resta saber que profissões desejam exercer
na Lusitânia.”Estado sentido -John Wolf
Atendendo
ao contexto político, tomara que entre eles se encontrasse “um rei salvador
para restaurar a independência e a grandeza de Portugal”, visto ser tão
desejado como foi Dom Sebastião num contexto semelhante
Ao contrário do
ilustre desaparecido, como nenhum deles morreu numa “batalha de Alcácer Quibir”
nem foi necessário haver um poeta Bandarra para clamar pelo seu retorno, se
algum sebastianismo existir (e nós somos um país de sebastianistas), talvez Portugal voltasse a ser independente, sem uma população
com más condições de vida, pobres, desiguais.
Mas, recordando, todos eles - Sócrates, Durão e Guterres - puseram sempre os seus interesses acima dos interesses do país. Logo, apenas perseguem os objectivos da sua agenda pessoal.
«A Europa jaz, posta
nos cotovelos:
De Oriente a Ocidente jaz, fitando,
E toldam-lhe românticos cabelos
... Olhos gregos, lembrando.
O cotovelo esquerdo é recuado;
O direito é em ângulo disposto.
Aquele diz Itália, onde é pousado;
Este diz Inglaterra onde, afastado,
A mão sustenta, em que se apoia o rosto.
Fita, com olhar esfíngico e fatal,
O Ocidente, futuro do passado.
O rosto com que fita é Portugal»
Fernando Pessoa, Mensagem
Poeta do que foi ou
poderá vir a ser, ele transmite a ideia de que Portugal é o rosto da Europa, tão
importante para ela como para o mundo.
Não é a cabeça a parte
mais nobre do corpo e a vista, o mais impressionante dos sentidos?
Portugal a governar
toda a Europa… pela posição que ocupa no corpo da Europa!
Imaginemos que, milagrosamente
surgia uma trindade coesa e indivisível (representada por Pessoa, na forma de
um grifo - figura mitológica) em que a cabeça era um “Infante D. Henrique” para
conceber a ideia (foi ele que idealizou o império marítimo, planeou, coordenou e instruiu
os seus marinheiros), uma das asas, um “Dom João II” para mandar executar a
ideia e a outra asa, um “Afonso de Albuquerque” para executar a ideia.
O futuro de Portugal
não estaria empobrecido nem hipotecado a outros países. A agricultura, a
indústria e as pescas voltariam a ser riqueza, as PPP jamais dariam prejuízo, a
fraude, a evasão fiscal, a corrupção e a má administração deixariam de existir,
as imensas riquezas existentes no subsolo – ouro, prata, cobre, pedras ornamentais
passariam a ser exploradas por nacionais, etc., etc., etc. e o Plano
Mar-Portugal (O Mar como um novo desígnio
nacional) já estaria em execução.
Porque a geografia, a
dimensão e a identidade marítima de um povo, são características suficientes
para tornar único o território de Portugal e fazer do espaço do Atlântico Norte
que é português, um território de referência.
Mas tudo isto não
passa de um produto extravagante da minha imaginação, esperança quimérica,
devaneio…
Quem se interessa hoje
pelo futuro de Portugal ou simplesmente pelo vocábulo "Portugal"?
Labirinto -Ilustração de Paulo Brabo
Está transformado num enorme labirinto de
completa ausência de higiene política, com muitas divisões e passagens
dispostas confusamente por onde vagueiam coutadas de cavaquistas, guterristas,
socratistas, soaristas, compadrios, bandidos sem escrúpulos, depressões, falências,
medos, oportunistas, gananciosos, conformismo, traidores, vândalos, com
maior ou menor dificuldade na saída.
ATENTE-SE neste "NOVELO":
Questionado, o
ex-primeiro-ministro Durão Barroso deixou claro que a sua ambição não passa por
renovar o mandato, que termina em Outubro de 2014.
Com esta clarificação, Barroso
ficará assim livre, em teoria, para se candidatar à Presidência da República,
como aspiram alguns dos seus amigos e apoiantes políticos.
O
ex-primeiro-ministro António Guterres indicaria José Sócrates ao então
Presidente da República, Jorge Sampaio, caso tivesse optado em Dezembro de 2001
por escolher um sucessor para a chefia do Governo na sequência da sua demissão.
Esta ideia consta
de uma biografia de António Guterres, da autoria do jornalista Adelino Cunha,
intitulada "Os segredos do poder", da editora "Aletheia"
Recordando o seu passado, o antigo primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou-se um "político realizado" e "sem vontade" em se afastar da política."Agora, quero beneficiar desse novo estar de felicidade de quem se representa a si próprio".
Prém, no programa ‘Alta Definição’, o antigo primeiro-ministro confessou que não é “daqueles que passam a vida a olhar para trás”, embora tenha reconheça que o “passado nunca morre; mesmo quando discutimos o futuro estamos a discutir a projecção do passado”
Apesar de o alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados continuar a dizer que Belém não está no seu horizonte, Seguro e a direcção socialista acreditam que, "a seu tempo e na altura certa", Guterres acabará por se candidatar.
Diz-se, aliás, que Costa tem vindo a preparar uma candidatura, mas à liderança do PS, a arrancar mais lá para o Verão. Nesse caso, o ticket poderá ser António Costa-José Sócrates, com este último a reaparecer como candidato presidencial
Vitor Gaspar foi nomeado por Durão Barroso para a presidência
do Grupo de Alto Nível para a Tributação da Economia Digital, segundo revela o semanário
Expresso
A nomeação foi confirmada pelo próprio ex-ministro das
Finanças de Portugal, que se demitiu a 1 de Julho deste ano, queixando-se
da falta de coesão do Governo e reconhecendo que o falhanço nas metas
orçamentais “minou” a sua confiança enquanto número dois do executivo de Passos
Coelho.
A Comissão
Europeia lava as mãos de um contrato assinado sob a responsabilidade política
do seu presidente, Durão Barroso, ao tempo em que era primeiro-ministro de
Portugal. Esta devia ser razão para tudo querer aclarar, mas na realidade é o
que explica o desinteresse", critica a eurodeputada Ana Gomes.
O contrato de
aquisição dos dois submarinos foi assinado em 2004, quando Paulo Portas era
ministro da Defesa do Governo chefiado por José Manuel Durão Barroso, num negócio
de cerca de 1000 milhões de euros.
A queixa é
motivada por suspeitas de "fraude,
evasão fiscal, corrupção e má
administração" e possíveis violações de tratados da União Europeia. Vai
ser analisada pelo comissário europeu
para o Mercado Interno, Michel Barnier, que é subordinado de Durão Barroso, que
era primeiro-ministro de Portugal quando o contracto dos submarinos foi
assinado
A decisão de
adquirir capacidade submarina para Portugal foi tomada em 1998 por um governo
de que era primeiro-ministro António Guterres e em que José Sócrates estava
sentado no conselho de ministros, que publicou uma resolução mandando o Estado
português comprar quatro submarinos, segundo a Revista Visão.
PREOCUPANTE...
5 DE NOVEMBRO DE 2013
Com o País a braços com uma crise, o Governo deu aumentos
milionários às administrações de três empresas estatais, todas elas com enrmes prejuízos. Os presidentes e os vogais da Carris, Docapesca e CP viram os respectivos
vencimentos aumentados em mais de 50%, enquanto no porto de Lisboa as actualizações
rondaram os 30%.
A situação foi denunciada ontem por Marques Mendes, ex-líder
do PSD.
Portugal
tem 870 habitantes com fortunas superiores a 22 milhões de euros. O número de
ultramilionários no país aumentou entre 2012 e 2013 - eram 785 no ano passado.
Segundo um relatório da Wealth-X, organização que monitoriza a actividade financeira a nível mundial, o valor global acumulado pelos 870 ultramilionários é de 74 mil milhões de euros. Este valor representa quase o mesmo montante que a troica emprestou a Portugal - 78 mil milhões. Em 2012, as 785 grandes fortunas valiam 66,6 mil milhões.
1 DE OUTUBRO DE 2013
Jorge Viegas
Vasconcelos, que era presidente de uma coisa chamada ERSE, Entidade Reguladora
dos Serviços Energéticos, organismo que poucos devem saber para o que serve, pediu
a demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria que os aumentos da
electricidade ainda fossem maiores. Ora, quando alguém se demite do seu
emprego, não lhe são devidos, pela entidade empregadora, quaisquer
reparos, subsídios ou outros benefícios.
Porém, ele vai
para casa com 12 mil euros por mês durante o máximo de dois anos, até
encontrar um novo emprego.
O Ministério da
Economia responde que “o regime aplicado aos membros do Conselho de
Administração da ERSE foi aprovado pela própria ERSE”
Há quem compare a crise actual com a de 1383-85 e apele a
idêntica revolução mas, se a bendita troica ficar por cá mais meia-dúzia de
anos, recorda 1640…
Em Mensagem, numa das acepções, o Ocidente poderá estar relacionado com a última parte da
obra de Pessoa, onde apresenta um Portugal à deriva, mergulhado numa
imensa escuridão, decadente e quase moribundo, mas vivendo na esperança de um
novo ressurgimento, mais glorioso e brilhante.
Para se atingir a espiritualidade e a transcendentalidade, é
necessário experimentar o materialismo e a decadência.
"Cumpriu-se o Mar e o Imperio se desfez
Senhor, falta cumprir-se Portugal
(...)
Penso que evidencia
aqui o tão anunciado IMPÉRIO ESPIRITUAL, inquestionavelmente da
responsabilidade do povo português
"O nacionalismo é um patriotismo activo", também escreveu Pessoa.
Imagens Google