Figueira da Foz, 1988 - Primeira foto
"Com a minha casa às costas caminho devagarinho e deixo, por onde passo, um brilhante fiozinho".
"Não me podem pôr na rua, vento ou frio não me importa,
moro em casa sem janelas, nunca passo além da porta."
moro em casa sem janelas, nunca passo além da porta."
O CARACOL
É um molusco
(cabeça, massa visceral e pé) pulmonado e de corpo mole recoberto por uma
concha calcária em espiral.
Tem quatro tentáculos sensitivos na parte superior da
cabeça - dois mais longos em cujas extremidades se encontram os olhos e dois
menores para o olfacto. Não ouve. Na parte inferior possui uma espécie de
língua, a rádula, com a qual corta os alimentos. O comprimento varia entre 2 mm
a 5cm. Move-se contraindo e distendendo o pé musculoso em forma de palmilha e
à medida que desliza deixa rasto de muco viscoso que lhe facilita o movimento e
uma melhor aderência ao solo. Pode caminhar cerca de 5 metros por hora.
É um animal hermafrodita incompleto (possui os 2 sexos)
mas precisa de um parceiro para realizar a cópula e a fecundação. Desde que se cruzem, ambos podem pôr ovos.
Acasala de Maio a Agosto, em média 4 vezes por ano e põe cerca de 100 a 300 ovos em locais húmidos, cavados com a cabeça.
Acasala de Maio a Agosto, em média 4 vezes por ano e põe cerca de 100 a 300 ovos em locais húmidos, cavados com a cabeça.
A esperança de vida de um caracol é de 5 a 10 anos.
Com a concha protege os órgãos, evita a desidratação e
defende-se dos predadores recolhendo o pé e a cabeça para dentro dela.
Se lascar e a fenda não for grande, é remendada com o muco.
Se lascar e a fenda não for grande, é remendada com o muco.
Entre os predadores (lagartixas, aves ratos e insectos), salientam-se
os tordos que lhes esmagam a cabeça contra superfícies rugosas para os comer e
o pirilampo que injecta os ovos no próprio corpo, servindo de alimento às larvas
quando nascem.
É essencialmente herbívoro; come verduras várias e frutos carnosos das zonas agrícolas e jardins .
As poucas espécies
carnívoras alimentam-se de minhocas, outros caracóis e lesmas.
Além do caracol terrestre, existe também o aquático (caramujo) que vive no mar, rio ou lagos, respira como os peixes e tem a concha mais grossa e pesada para suportar a pressão da água.
Além do caracol terrestre, existe também o aquático (caramujo) que vive no mar, rio ou lagos, respira como os peixes e tem a concha mais grossa e pesada para suportar a pressão da água.
Caracol do mar e
o pequeno Caracol Cone que é um dos animais mais mortais em
todos os oceanos
A existência do caracol na Terra remonta à pré-história
Foi alimento do homem primitivo até à descoberta do fogo como o demonstram as conchas encontradas junto de ossadas humanas em escavações de cavernas.
Foi alimento do homem primitivo até à descoberta do fogo como o demonstram as conchas encontradas junto de ossadas humanas em escavações de cavernas.
Museu
Arqueológico de Sambaqui de Joinville - Brasil
O
creme Elicina, do Chile, por ex., tem como base o uso de muco de caracol; rico em
proteínas de elastina e ácido glicólico, tem efeito anti-inflamatório e propriedades
regeneradoras.
Ao longo dos anos da
evolução da humanidade, os caracóis estiveram sempre presentes como
alimento, nas belas artes, literatura, medicina, religião, lendas e crenças
populares
A cosmética descobriu-os
e a farmacêutica poderá vir a seguir.
É
usado por Angelina Jolie, Demi Moore, Tom Cruise, Kate Holmes, Kate Moss e Kate
Middleton, Gwyneth Paltrow, Michelle
Pfeiffer, Victoria Beckham e Kylie Minogue, entre outros famosos
Há quem faça o creme em casa
Os
caracóis são considerados como IGUARIAS em Portugal e em vários países e estão cada vez mais na
moda
“Em geral, os caracóis
são colocados em jejum por cerca de 5 dias. Durante esse período e dependendo
do criador, os animais serão alimentados apenas com água, vinho branco
ou ervas aromáticas como agrião, salsa, cebolinha”
Wikipédia
Podem ser cozinhados de muitas formas, desde os
tradicionais caracóis cozidos à portuguesa até aos internacionalmente afamados
escargots (os vários caracóis comestíveis) à francesa, passando pela grelha, por feijoada, chili, arroz, etc.
Para muita gente o caracol é um bicho nojento (para mim, por ex.); outros não gostam porque nunca provaram; mas há quem o considere um manjar dos deuses.
Vasco Rodrigues, gerente da cervejaria O Filho do Menino Júlio dos Caracóis, em Lisboa, assegura que às 18,30 horas já não tem lugares vagos e que as pessoas se "inscrevem num papel preso junto à porta; sempre que um novo tacho sai do lume, soa uma sineta. Esperam para os apanhar acabadinhos de sair. Os carros ficam estacionados em segunda fila"...
Rolanda Albuquerque de Matos, bióloga:
«Em Portugal, o número de espécies conhecidas de caracóis portugueses é de 137.94 terrestres e 43 aquáticos mas comestíveis há quatro e que são, por ordem decrescente de tamanho:
- Um caracol (Helicella virgata) do mesmo tamanho e muito parecido com este último e que pode encontrar-se nos mesmos locais mas que não tem valor gastronómico por ser muito amargo»
Para muita gente o caracol é um bicho nojento (para mim, por ex.); outros não gostam porque nunca provaram; mas há quem o considere um manjar dos deuses.
Vasco Rodrigues, gerente da cervejaria O Filho do Menino Júlio dos Caracóis, em Lisboa, assegura que às 18,30 horas já não tem lugares vagos e que as pessoas se "inscrevem num papel preso junto à porta; sempre que um novo tacho sai do lume, soa uma sineta. Esperam para os apanhar acabadinhos de sair. Os carros ficam estacionados em segunda fila"...
Rolanda Albuquerque de Matos, bióloga:
«Em Portugal, o número de espécies conhecidas de caracóis portugueses é de 137.94 terrestres e 43 aquáticos mas comestíveis há quatro e que são, por ordem decrescente de tamanho:
- A caracoleta moura
também conhecida como boca-negra na Madeira (Otala lactea)
- O amarelinho,
riscadinho, ou caracol-das-canas, o caracol português mais bonito pela grande
variedade de cores que a concha pode apresentar (Cepaea nemoralis)
- Um caracol (Helicella virgata) do mesmo tamanho e muito parecido com este último e que pode encontrar-se nos mesmos locais mas que não tem valor gastronómico por ser muito amargo»
A helicicultura, criação de caracóis terrestres em viveiros sob condições controladas, é um negócio em expansão
Helicicultura ribatejana e "Escargots
Oeste"
Está a surgir como uma fonte de rendimento e de uma excelente alternativa para muitas pequenas e médias explorações agropecuárias no país embora, face à procura, o mercado ainda seja deficitário em termos de oferta.
Nos viveiros também podem ser vítimas de ratos que roem o centro da casca, à procura dos intestinos, de pássaros que partem a casca com o bico ou de outros caracóis mais agressivos.
Quanto ao negócio, as opiniões divergem:
Blog Venda de Caracóis
O "excesso de helicicultores já supera a procura e cria dificuldades no mercado". Luís Lucas
Na minha aldeia existe uma moderna unidade fabril, a
empresa «Caracol Real», pioneira na laboração do caracol e no segredo do pronto-a-comer para bares, cujo projecto, segundo o empresário Armando Assis, foi concebido sem qualquer tipo de subsídio.
Actualmente possui uma frota automóvel que assegura a distribuição dos produtos por clientes em todo o território nacional, excepto no Algarve. Vende a muitas firmas que os exportam para o estrangeiro e também manda directamente para França, Suíça, Luxemburgo, Alemanha e Inglaterra.
Quanto a Espanha, diz que "os espanhóis não gostam muito dos produtos portugueses - preferem copiar as ideias. E que "até já se lançaram no fornecimento do pronto-a-comer e no mercado a partir do sul aproveitando os conhecimentos transmitidos por um português; "mas injectam gás nas embalagens para o produto durar mais tempo, o que não é benéfico para a saúde de quem os consome”.
A campanha de laboração inicia-se nos finais de Abril, princípios de Maio e termina no início de Setembro.
Os caracóis chegam vivos, directamente dos viveiros e, antes do abate, faz-se a triagem. Depois passam por uma unidade de lavagem a fim de serem cozinhados. Arrefecidos de imediato, são colocados em recipientes apropriados que seguem para unidades de congelação ou de refrigeração.
Actualmente possui uma frota automóvel que assegura a distribuição dos produtos por clientes em todo o território nacional, excepto no Algarve. Vende a muitas firmas que os exportam para o estrangeiro e também manda directamente para França, Suíça, Luxemburgo, Alemanha e Inglaterra.
Quanto a Espanha, diz que "os espanhóis não gostam muito dos produtos portugueses - preferem copiar as ideias. E que "até já se lançaram no fornecimento do pronto-a-comer e no mercado a partir do sul aproveitando os conhecimentos transmitidos por um português; "mas injectam gás nas embalagens para o produto durar mais tempo, o que não é benéfico para a saúde de quem os consome”.
A campanha de laboração inicia-se nos finais de Abril, princípios de Maio e termina no início de Setembro.
Os caracóis chegam vivos, directamente dos viveiros e, antes do abate, faz-se a triagem. Depois passam por uma unidade de lavagem a fim de serem cozinhados. Arrefecidos de imediato, são colocados em recipientes apropriados que seguem para unidades de congelação ou de refrigeração.
A empresa também começou no ano passado a realizar uma festa anual dedicada ao caracol -
a “Festa do Caracol Real” - para fins de solidariedade.
Imagens Google
Imagens Google
Em Portugal existem 134 espécies de caracóis terrestres? Impossível se incluirmos todo o território nacional. Só no Algarve ultrapassam facilmente as 100.
ResponderEliminarAliás 137.
ResponderEliminarPlagio Rolanda Albuquerque de Matos, bióloga:
ResponderEliminar«Em Portugal, o número de espécies conhecidas de caracóis portugueses é de 137.94 terrestres e 43 aquáticos mas comestíveis há quatro e que são, por ordem decrescente de tamanho: A caracoleta, a caracoleta moura, o riscadinho e o caracol-das-cervejarias
Ver mais em:
http://vendadecaracois.blogspot.pt/2012/11/caracois-e-caracoletas-deliciosos.html