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terça-feira, 19 de novembro de 2013

DEVANEIO


Uma vaga de imigração está a assolar Portugal. O primeiro a chegar à Portela foi Sócrates. Sabemos que Guterres já se instalou em território nacional e agora chega-nos a notícia que José Manuel Barroso provavelmente voltará a ser Durão Barroso. Observo que a casa portuguesa começa a ficar apertada, cheia de visitas políticas de última hora. Resta saber que profissões desejam exercer na Lusitânia.”Estado sentido -John Wolf


Atendendo ao contexto político, tomara que entre eles se encontrasseum rei salvador para restaurar a independência e a grandeza de Portugal”, visto ser tão desejado como foi Dom Sebastião num contexto semelhante
Ao contrário do ilustre desaparecido, como nenhum deles morreu numa “batalha de Alcácer Quibir” nem foi necessário haver um poeta Bandarra para clamar pelo seu retorno, se algum sebastianismo existir (e nós somos um país de sebastianistas), talvez Portugal voltasse a ser independente, sem uma população com más condições de vida, pobres, desiguais.
Mas, recordando, todos eles - Sócrates, Durão e Guterres - puseram sempre os seus interesses acima dos interesses do país. Logo, apenas perseguem os objectivos da sua agenda pessoal.


«A Europa jaz, posta nos cotovelos:
De Oriente a Ocidente jaz, fitando,
E toldam-lhe românticos cabelos
... Olhos gregos, lembrando.
O cotovelo esquerdo é recuado;
O direito é em ângulo disposto.
Aquele diz Itália, onde é pousado;
Este diz Inglaterra onde, afastado,
A mão sustenta, em que se apoia o rosto.
Fita, com olhar esfíngico e fatal,
O Ocidente, futuro do passado.
O rosto com que fita é Portugal»


Fernando Pessoa, Mensagem 

Poeta do que foi ou poderá vir a ser, ele transmite a ideia de que Portugal é o rosto da Europa, tão importante para ela como para o mundo.
Não é a cabeça a parte mais nobre do corpo e a vista, o mais impressionante dos sentidos?
Portugal a governar toda a Europa… pela posição que ocupa no corpo da Europa!


Imaginemos que, milagrosamente surgia uma trindade coesa e indivisível (representada por Pessoa, na forma de um grifo - figura mitológica) em que a cabeça era um “Infante D. Henrique” para conceber a ideia (foi ele que idealizou o império marítimo, planeou, coordenou e instruiu os seus marinheiros), uma das asas, um “Dom João II” para mandar executar a ideia e a outra asa, um “Afonso de Albuquerque” para executar a ideia.

O futuro de Portugal não estaria empobrecido nem hipotecado a outros países. A agricultura, a indústria e as pescas voltariam a ser riqueza, as PPP jamais dariam prejuízo, a fraude, a evasão fiscal, a corrupção e a má administração deixariam de existir, as imensas riquezas existentes no subsolo – ouro, prata, cobre, pedras ornamentais passariam a ser exploradas por nacionais, etc., etc., etc. e o Plano Mar-Portugal (O Mar como um novo desígnio nacional) já estaria em execução.
Porque a geografia, a dimensão e a identidade marítima de um povo, são características suficientes para tornar único o território de Portugal e fazer do espaço do Atlântico Norte que é português, um território de referência.

Devaneios Lilian Maus

Mas tudo isto não passa de um produto extravagante da minha imaginação, esperança quimérica, devaneio
Quem se interessa hoje pelo futuro de Portugal ou simplesmente pelo vocábulo "Portugal"?

Labirinto -Ilustração de Paulo Brabo

Está transformado num enorme labirinto de completa ausência de higiene política, com muitas divisões e passagens dispostas confusamente por onde vagueiam coutadas de cavaquistas, guterristas, socratistas, soaristas, compadrios, bandidos sem escrúpulos, depressões, falências, medos, oportunistas, gananciosos, conformismo, traidores, vândalos, com maior ou menor dificuldade na saída.


ATENTE-SE neste "NOVELO":


Questionado, o ex-primeiro-ministro Durão Barroso deixou claro que a sua ambição não passa por renovar o mandato, que termina em Outubro de 2014. 
Com esta clarificação, Barroso ficará assim livre, em teoria, para se candidatar à Presidência da República, como aspiram alguns dos seus amigos e apoiantes políticos.

O ex-primeiro-ministro António Guterres indicaria José Sócrates ao então Presidente da República, Jorge Sampaio, caso tivesse optado em Dezembro de 2001 por escolher um sucessor para a chefia do Governo na sequência da sua demissão.
Esta ideia consta de uma biografia de António Guterres, da autoria do jornalista Adelino Cunha, intitulada "Os segredos do poder", da editora "Aletheia"


Recordando o seu passado, o antigo primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou-se um "político realizado" e "sem vontade" em se afastar da política."Agora, quero beneficiar desse novo estar de felicidade de quem se representa a si próprio".
Prém, no programa ‘Alta Definição’, o antigo primeiro-ministro confessou que não é “daqueles que passam a vida a olhar para trás”, embora tenha reconheça que o passado nunca morre; mesmo quando discutimos o futuro estamos a discutir a projecção do passado”




Apesar de o alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados continuar a dizer que Belém não está no seu horizonte, Seguro e a direcção socialista acreditam que, "a seu tempo e na altura certa", Guterres acabará por se candidatar.





Diz-se, aliás, que Costa tem vindo a preparar uma candidatura, mas à liderança do PS, a arrancar mais lá para o Verão. Nesse caso, o ticket poderá ser António Costa-José Sócrates, com este último a reaparecer como candidato presidencial


Vitor Gaspar foi nomeado por Durão Barroso para a presidência do Grupo de Alto Nível para a Tributação da Economia Digital, segundo revela o semanário Expresso
A nomeação foi confirmada pelo próprio ex-ministro das Finanças de Portugal, que se demitiu a 1 de Julho deste ano, queixando-se da falta de coesão do Governo e reconhecendo que o falhanço nas metas orçamentais “minou” a sua confiança enquanto número dois do executivo de Passos Coelho.




A Comissão Europeia lava as mãos de um contrato assinado sob a responsabilidade política do seu presidente, Durão Barroso, ao tempo em que era primeiro-ministro de Portugal. Esta devia ser razão para tudo querer aclarar, mas na realidade é o que explica o desinteresse", critica a eurodeputada Ana Gomes.
O contrato de aquisição dos dois submarinos foi assinado em 2004, quando Paulo Portas era ministro da Defesa do Governo chefiado por José Manuel Durão Barroso, num negócio de cerca de 1000 milhões de euros
.
A queixa é motivada por suspeitas de "fraude, 
evasão fiscal, corrupção e má administração" e possíveis violações de tratados da União Europeia. Vai ser analisada pelo comissário europeu para o Mercado Interno, Michel Barnier, que é subordinado de Durão Barroso, que era primeiro-ministro de Portugal quando o  contracto dos submarinos foi assinado
A decisão de adquirir capacidade submarina para Portugal foi tomada em 1998 por um governo de que era primeiro-ministro António Guterres e em que José Sócrates estava sentado no conselho de ministros, que publicou uma resolução mandando o Estado português comprar quatro submarinos, segundo a Revista Visão. 


PREOCUPANTE...

5 DE NOVEMBRO DE 2013
 
Com o País a braços com uma crise, o Governo deu aumentos milionários às administrações de três empresas estatais, todas elas com enrmes prejuízos. Os presidentes e os vogais da Carris, Docapesca CP viram os respectivos vencimentos aumentados em mais de 50%, enquanto no porto de Lisboa as actualizações rondaram os 30%.
A situação foi denunciada ontem por Marques Mendes, ex-líder do PSD. 



Portugal tem 870 habitantes com fortunas superiores a 22 milhões de euros. O número de ultramilionários no país aumentou entre 2012 e 2013 - eram 785 no ano passado.
Segundo um relatório da Wealth-X, organização que monitoriza a actividade financeira a nível mundial, o valor global acumulado pelos 870 ultramilionários é de 74 mil milhões de euros. Este valor representa quase o mesmo montante que a troica emprestou a Portugal - 78 mil milhões. Em 2012, as 785 grandes fortunas valiam 66,6 mil milhões.



1 DE OUTUBRO DE 2013

Jorge Viegas Vasconcelos, que era presidente de uma coisa chamada ERSE, Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, organismo que poucos devem saber para o que serve, pediu a demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria que os aumentos da electricidade ainda fossem maiores. Ora, quando alguém se demite do seu emprego, não lhe são devidos, pela entidade empregadora, quaisquer reparos, subsídios ou outros benefícios.
Porém, ele vai para casa com 12 mil euros por mês durante o máximo de dois anos, até encontrar um novo emprego
O Ministério da Economia responde que “o regime aplicado aos membros do Conselho de Administração da ERSE foi aprovado pela própria ERSE



Há quem compare a crise actual com a de 1383-85 e apele a idêntica revolução mas, se a bendita troica ficar por cá mais meia-dúzia de anos, recorda 1640


Em Mensagemnuma das acepções, o Ocidente poderá estar relacionado com a última parte da obra de Pessoa, onde apresenta um Portugal à deriva, mergulhado numa imensa escuridão, decadente e quase moribundo, mas vivendo na esperança de um novo ressurgimento, mais glorioso e brilhante.

Para se atingir a espiritualidade e a transcendentalidade, é necessário experimentar o materialismo e a decadência.

"Cumpriu-se o Mar e o Imperio se desfez
Senhor, falta cumprir-se Portugal
(...) 

Penso que evidencia aqui o tão anunciado IMPÉRIO ESPIRITUAL, inquestionavelmente da responsabilidade do povo português

"O nacionalismo é um patriotismo activo", também escreveu Pessoa. 


Imagens Google


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