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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

USANÇAS DO TEMPO - IX


Depois de ter abordado o traje até à década de 70 e a evolução do fato de banho até à actualidade baseada na leitura de opiniões escritas de estilistas, costureiros, directores de arte, fotógrafos e na recolha de informações estéticas sobre a influência de novelas, filmes ou músicas na moda, sempre num contexto muito pessoal, irei finalizar o meu “ entretenimento” ficando pelos anos 80 e 90.


ANOS 80

John Travolta em "Saturday Night Fever"

A década começou por volta de 1978 influenciada pelo filme de 1977, Saturday  Night  Fever. A juventude substituiu o estilo hipipe dos anos 70 pelo  já era considerado velho glamour da noite e charme dos anos 60, exagerando contudo, a sofisticação no excesso e no brilho.
A música e o cinema foram um importante meio para a difusão da moda, especialmente pela transmissão dos vídeo clipes.
A ascensão do pop e o renascimento do rock após o punk, contribuíram para difundir os looks da década de 80.
A afirmação da imagem como meio de comunicação consolidou-se nos anos 80, quando o corpo se tornou uma vitrina de todas as ideias que viessem à cabeça. “Sou eu que faço a minha moda", seria a defenição certa.

A tendência era usar roupas alegres, divertidas, ousadas, versáteis, desportivas.


Balenciaga, Mc Queen,YSL e Fendi

Ombros enormes, saias floridas em balão, calças de cintura alta com cintos finos, coloridos e dourados, mangas “morcego”, golas canoa, minissaias com macacões, leggings e calções, ténis All Star e Iate, sandálias de plástico geralmente melissa, sapatos baixos estilo mocassin, scarpin, calças baggy e semi-buggy, jeans, grandes bijuterias, mochilas, carteiras diferenciadas, cabelos altos com muito gel, tules na cabeça, faixas na testa, polainas, maquiagem com sombras fortes, olhos muito pintados e batons de cores vivas (castanho-escuro, vermelho e rosa) 24 horas /dia foram as caraterísticas mais significativas.



A minissaia acaba por se misturar com outos estilos como o look unissexo; o blazer mantem-se peça resistente; a ginástica aeróbica contagia todo o mundo, sendo frequente encontrar mulheres na rua vestidas com calças de malha e lycra.


Madona, irreverente e audaciosa, foi a grande responsável pela valorização das peças da lingerie.



O símbolo da elegância da moda era a Princesa Diana.


Ao fazer parte do mundo do trabalho, negócios e política, a mulher aliou elegância, discrição, prática, bom gosto e competitividade na maneira de vestir para conquistar o seu espaço em setores exclusivamente masculinos.

A moda masculina também apresenta roupas elegantes, tradicionais, de cores neutras, bem confecionadas e bonitas.


Pode dizer-se que a moda em 80 foi ditada por:
Mullet - O corte de cabelo era curto nos lados e na frente (também eriçado) e comprido atrás, inspirado nos principais pop stars da música e do cinema, Duran Duran e de “Ziggy Stardust” que veio a tornar-se símbolo da geração glam rock.
O segredo da tendência estava na assimetria, curto à frente e comprido atrás.



Miami Vice - O sucesso da série de episódios da dupla de detetives “Sonny “ Crockett e Ricardo Rico (1984 a 1990), influenciou a moda sensual, a revelação indiscreta do consumo de drogas. Na série Miami Vice prevalecia um equilíbrio entre o mais e o menos chique; os detectives em Ferrari...sempre elegantes, com distintivos brilhantes, roupas prateadas e sapatos brancos mocassin.


Dupla da Série Miami Vice e Debbie Harry, voz de a central de táxis

Harrison Ford - Foi o ator principal de muitos dos mais importantes filmes, interpretando: Indiana Jones, o sarcástico Han Solo, o caçador de androides Rick Deckard, Romain Polanski, “ Peter Weir”, Mike Pomeroy.


Harrison Ford, 69 anos e Calista Flockart, 47 anos, vestidos de roqueiros anos 80

Legião Urbana - Uma das melhores bandas do pop-rock brasileiro de 80, deixou o poder de expressar os sentimentos da juventude em sucessos como “Tempo Perdido”, “Será”, “Eu Sei”, “Há Tempos”, “Pais e Filhos” e outros.


 Legião urbana
A Dança
“…
Não sei o que é direito
Só vejo preconceito
E a sua roupa nova
É só uma roupa nova
Você não tem ideias
Pra acompanhar a moda…”

New Wave - Movimento musical e social em que os seus seguidores adotaram cores fluorescentes, estampados com animais, gel no cabelo, gravatas fininhas, xadrez preto e branco, calças curtas, etc.
A Nova Onda surge quando o som das discotecas parece estar a esgotar-se assim como o tempo punk. A música é alegre tocada por guitarras rápidas que ao agitar o cenário musical revitaliza também o universo da moda fazendo surgir cores cítricas e ombreiras com chumaços. Porém, apesar da extravagância, não passou de uma sombra do punk e  com letras mais depressivas.



Atari - Os japoneses marcaram posição no cenário internacional.
A moda inspirou-se num Japão emergente em novidades eletrónicas: computadores, néons, etc.,
Os jogos clássicos são um dos itens mais saudosos dos anos 80.




The Smiths - Considerada por muitos como a melhor banda de 80, apostava no lirismo das letras de Morrissey e nas guitarras de Jonnhy Marr.


O grupo britânico da fase pós-punk apenas durou de 1982 a 1987 mas afirmou-se um êxito duradoiro
Com o fim da banda, Morrissey desenvolveu uma carreira a solo com sucesso e é um dos poucos artistas a ter músicas no Top das "10 mais" do Reino Unido em três décadas diferentes.



Morrissey e Lingerie Morrissey

Em destaque e a propósito:

«Um dos cantores de culto mais estimados dos anos 80 e 90, Morrissey canta terça-feira às 21 horas no Hipódromo Manuel Possolo, no âmbito do Cascais Music Festival. O britânico chega a Portugal no âmbito de uma tournée mundial que se estenderá até ao final do ano e promete rever alguns dos êxitos que marcam a sua carreira a solo de oito álbuns, desde “Viva Hate”, de 1987


De Volta para o Futuro - «O script foi rejeitado umas 40 vezes por todos os grandes estúdios mais do que uma vez. Era sempre 'Bem, isto é sobre viagem no tempo e esses filmes não fazem dinheiro'. 'Nós temos muitos longas falando disso". 'Nós também temos'. 'Há muita doçura nisso. É muito bom, nós queremos algo provocador como 'Porky's'. Por que você não o leva para a Disney?'", contou Gale»
É uma coletânea de símbolos dos anos 80 desde  os ténis Nike ao carro Delorean dmc 12, da onda skate ao sucesso da canção  Power of Love”.


Sonho de nove em cada dez crianças na década de 80, o famoso skate voador do filme "De Volta para o Futuro" chegará finalmente às lojas da vida real 23 anos após o lançamento do filme nos cinemas, apresentado pela fabricante de brinquedos Mattel em San Diego Comic-Con International Toy exclusividades. Por fora, é igual à usada por Michael J. Fox. Só falta voar.


 Topogigio e John Zachary DeLorean (1925-2005)

Boy Band- Tipo de grupo pop formado por cantores do sexo masculino que normalmente compõe as suas próprias músicas.
Embora o termo seja associado à década de 90, sempre existiram grupos similares na História da música. E nos anos 80 apareceram algumas sensações como o grupo latino Menudo com a nova moda de calças coloridas, as leggings, as marcas fortes, as cores néon e também os “clones” nacionais Dominó, Polegar e Br’Oz - rapazes bonitinhos, roupa arrumada e passos ensaiados.



He-Man - He-Man é um personagem da linha de brinquedos Masters of the Universe que vive num mundo aparentemente medieval mas cheio de tecnologias avançadas e de seres mágicos
Em 1982, a DC Comics lançou a mini série Masters of the Universe onde He Man possui uma vasta sabedoria e força sobre-humana que varia de episódio para episódio.

Dolph Lundgren (He-Man)em 1987 e em 1912

Em 1987 "Mestres do Universo " levou os personagens do famoso desenho animado para as salas de cinema - heróis e vilões em constante batalha pelo Castelo de Grayskull. 

Os anos 80 provaram que tudo era possivel no reino da criação.
Também ficaram conhecidos como a década perdida porque todos aqueles que a viveram querem de volta um tempo que deixou saudades e não volta mais.


Fotos captadas em Google 

sábado, 18 de agosto de 2012

A OUTRA VILA DE CASCAIS



Nascer do sol em Cascais (Nuno M. Lopes)

Está amanhecendo…
Aqui, abrindo a janela logo bem cedo, a paisagem tem cores diferentes. O sol quando se anuncia no horizonte produz uma cor gradiente entre o azul do dia e o escuro da noite como em todos os corpúsculos; mas mistura o amarelo com o vermelho a fingir que é laranja formando um clarear mais deslumbrante. Acorda os pássaros adormecidos nas árvores que começam a voar em bando. A brisa matinal é mais subtil e o vento fresco faz girar em vão as lâminas de uma velha bomba de água - moinho de vento - que em tempos bem próximos, captava água de poços nos terrenos circundantes.
Sinto a falta das habituais pessoas que, reformadas, amanhavam as terras alternando as sementeiras; foram envelhecendo. Depois...não as vemos mais.

E porque o céu "está" mais próximo, os ritmos do tempo - nuvens, chuva, sol, vento, lua - podem ser melhor apreciados nas cores, texturas, luminosidades, movimentos.

Os aviões passam ao longe deixando um longo traço em forma de recta mas as pequenas aeronaves de Tires, parecem querer fazer-se convidadas a entrar.

A minha rua costuma ter pouco movimento. Há os “lulus” a passear pela trela dos donos, nem sempre acompanhados pelo respectivo receptáculo sanitário, os amantes do sol de praia que se deslocam a pé (ou não) e os (quase todos) estrangeiros rebocando barcos de recreio talvez para o mar de Cascais.

O mercado fica aqui mesmo ao lado mas só nos dias de feira é que os carros se comprimem na pequena rua transformando a habitual pacatez numa comum mas insólita agitação.

Mercado

A Ribeira das Vinhas passa mesmo em frente, transformando as faixas de terreno envolventes, apenas a 200 metros do centro da Vila, numa região completamente rural com hortas, ovelhas, cavalos, cabras, galinhas, cães… pontes de madeira e um percurso tipicamente campestre.

Da minha janela...

Ribeira das Vinhas (Clube de Actividades ao Ar Livre)

A ribeira desagua junto à lota, na praia da Ribeira (ou dos Pescadores), tendo sido responsável por uma das maiores inundações de Cascais em 1983.

Quem diria que da minha janela, poderia experimentar a bucólica beleza dum tão magnífico amanhecer!

Porque, logo ali, para lá dos tais 200 metros está o Cascais das praias, das lojas, dos espectáculos, do trânsito/dor-de-cabeça, dos restaurantes, dos concertos, do teatro, do bodyboard, da vela, das esplanadas.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

FESTA DE NOSSA SENHORA DO MONTE




Cerdeira, a verde, localizada no mapa do Concelho


Há muitos anos, num tempo que não volta mais, um comboio chamado «trama» deslocou-me, com lugar marcado, da morada na minha terra natal para Lisboa. A locomotiva a diesel foi mudada na Pampilhosa; tinha várias carruagens de compartimentos e uma com serviço de bar. Parava em todas as estações e a viagem deve ter demorado cerca de oito horas.

Porem, apesar da distância no tempo e das poucas analogias com os actuais habitantes, mantenho presente a memória dos meus lugares, das minhas vivências, dos meus mortos. E porque há sempre um pouco (ou muito) de nós que lá fica, acompanho com saudade as tradições que, mesmo realizadas de modo diferente, se mantêm. 
É preciso conservar actual a cultura secular que lhe dá uma identidade muito própria.

Todos os anos no dia 15 de Agosto se festeja a mais importante Festa da Freguesia em honra de Nossa Senhora do Monte.


A Ermida da Senhora do Monte, local de grande devoção para as populações circundantes porque, segundo uma lenda ou a História ali apareceu a Mãe de Cristo, fica a 2 km da Aldeia, no topo do monte mais alto.
É uma Capela muito antiga, de sólida pedra granítica escurecida e danificada pelo tempo, com modilhões reproduzindo cabeças de animais na cimalha (semelhante à da Capela do Mileu, Guarda).
A Capela do Mileu, apesar de na actualidade apresentar uma construção da arquitectura romântica, diz-se ter sido erguida durante a Alta Idade Média existindo já no período da dominação Árabe.


Na frontaria, por cima do portal principal, existe um nicho onde permaneceu a imagem original de Nossa Senhora do Monte até ao badalado “rapto” para a Igreja Paroquial da vizinha Freguesia do Rochoso. 
Têm sido feitas reparações para evitar a deterioração; quanto a mim, o restauro (?) devia também contribuir para manter a arquitectura.
Remotamente existiu um ermitão que se encarregava da conservação e limpeza.

Dali pode admirar-se um vastíssimo horizonte a abranger os extensos campos dos concelhos de Almeida e Pinhel, as serras da Marofa, Malcata, Gata, outras de Espanha, Estrela e a Guarda.


Nos meus anos mais longínquos, as festividades religiosas ainda tinham a influência de cristianização de cultos pagãos (culto de Diana?). Esta Deusa recebeu do pai Júpiter, juntamente com Febo, o domínio das florestas e dos bosques…
Os pastores e lavradores da região e mesmo de zonas mais afastadas, apareciam com os seus animais e davam três voltas à Ermida no sentido inverso dos ponteiros do relógio para pedirem protecção ou cura para eles e depois iam descansar. Penso que também pagavam promessas.
A Romaria era grande para a qual contribuía a realização de uma feira de gado e venda de artigos variados, depois de satisfeitas as devoções e cumpridos os votos. Efectuava-se nas imediações circundantes, à sombra duma densa floresta de enormes pinheiros e castanheiros que já não existem; tudo foi destruído por sucessivos fogos deixando o monte a descoberto. 
Num convívio salutar, as famílias confraternizavam partilhando merendas pela tarde adentro nesses mesmos lugares ou em lameiros próximos,  à sombra de frondosos freixos seculares.

Entretanto, um pároco achou que não devia misturar o religioso com o profano e pôs fim a essa tradição. Durante uns tempos pouco mais houve do que uma diminuta procissão desde a Aldeia até à Capela onde era celebrada missa cantada. As festas passaram a ser só festa porque a alegria ficou restringida.

Actualmente e desde há vários anos, os programas são semelhantes ao deste mês e que aqui insiro:

«Jogos tradicionais, uma tuna académica e uma banda filarmónica, ranchos folclóricos, bailes e fogo-de-artifício, animam a festa da Senhora do Monte, na Cerdeira do Côa.»
«As festas prolongam-se por dois fins-de-semana. Logo no primeiro dia contará com a actuação da tuna académica «Copituna», formada por estudantes do Instituto Politécnico da Guarda. No dia 12 de Agosto a aldeia recebe um grandioso festival de Folclore, que junta o Grupo Etnográfico do Sabugal, o Rancho Folclórico Miuzela Arriba e o Grupo Etnográfico de S. Miguel de Cristelo (Paredes).
O dia 13 está consagrado à disputa de diversos jogos tradicionais. A festa religiosa terá o seu ponto alto na noite do dia 14 com a realização de uma procissão de velas e no dia seguinte, e último das festas, com a celebração de missa na capela da Senhora do Monte, abrilhantada pela Banda Filarmónica de Pinhel.
Os festejos serão encerrados com um fabuloso espectáculo de fogo-de-artifício, na noite do dia 15.»

Mantém-se a vertente religiosa e a vertente cultural (?); desapareceu a vertente profana.

É preciso que haja fogos, muita comida, muito canto e muita dança porque cada mordomo deve mostrar que faz melhor do que o outro.

A gastronomia local baseia-se sobretudo no cabrito, no borrego assado, nos 
enchidos e no presunto.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

ERRO MÉDICO


Arianrhod  (Roda de prata), símbolo do tempo e do eterno ciclo "Os Deuses"

Esperar!

Quem, com paciência, nunca esteve à espera pelo momento certo?
Quem nunca conjecturou razões para que algo esperável tenha probabilidade de acontecer?
Quem nunca teve a esperança de induzir o espírito na disposição de sentir o gosto pela vitória?
Esperar pelo melhor, é ser optimista. Positivo atrai positivo… diz-se.

Mas quando a paciência se cansa de esperar pela coragem de não desesperar perante a surpresa dos dissabores, quem sabe quanto e como deve esperar mais?
Esperar esperando até que o tempo nos vá continuando a vencer?

Esperança!

«É horrível assistir à agonia de uma esperança.» Simone de Beauvoir

Talvez misturando esperança com desespero ajude a criar nova expectativa para continuar a acreditar nas boas “estrelas”… e a perseverança faça surgir novo oriente.
Talvez, tendo a habilidade de saber aplicar os sábios ditados populares: ”Quem espera sempre alcança”; “Quem espera por sapatos de defunto morre descalço”; “A vida é um jogo, ou se joga ou se fica assistindo”, os factos mais pareçam fazer parte de uma comédia…

Tragédia!

 “O doente nunca tem razão”; Argumentar para quê, “se o doente fica sempre a perder?”- li num artigo sobre Erros médicos”.

Filosofando:
Se os médicos (ou locais onde a actividade médica for praticada) têm sempre razão, então não vale a pena discutir o que dizem, porque se têm sempre razão não temos nada para criticar e se não temos nada para criticar, não vale a pena discutir o que dizem.
Porém, considerando as premissas verdadeiras, a conclusão é falsa porque essa é a única coisa que não pode acontecer num argumento válido. Portanto, é inválido  
Se um argumento for válido e tiver premissas verdadeiras, somos obrigados a aceitar racionalmente a sua conclusão. Mas se não quisermos aceitar a conclusão de um argumento válido, só nos resta, então, mostrar que alguma das premissas é falsa.

Esculápio e Egeia - Relevo Grego

Como vítima de um erro médico num acto cirúrgico (imperícia?) e de erro técnico (infeção hospitalar) simultaneamente, não será difícil demonstrar a solidez destes argumentos porque sendo válidos, as premissas serão consideradas provas evidentes da veracidade da minha conclusão ≠ "O doente nunca tem razão”

Já em “O doente fica sempre a perder”, o corporativismo tem tido mais força do que as verdades de bastidores… e encontrar pessoas ímpares que ousem optar pela coerência dos factos parece pouco admissível (lealdade/ deslealdade - com quem?)
Esperar/Esperança/Tragédia/ Resistência, têm sido as minhas frentes de combate. Difícil mesmo, é impugnar a Imoralidade..


A solidariedade entre os pares, em vez de enfrentar a verdade, continua a camuflar responsabilidades, descartando.

"Então Pilatos... tomando água, lavou as mãos diante da multidão."(Mt 27.24)

"Ecce Homo"


Fotos Google

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

USANÇAS DO TEMPO - VIII


ANOS 70


"Hippie Girl"
Nos anos 70, os hippies que fizeram parte do movimento de contracultura nos anos 60, tiveram nos EUA uma acentuada queda de popularidade embora o mesmo não tenha acontecido noutros países. A inovação "hippie chique" prendeu-se com a combinação de peças que aparentemente não podiam associar-se.

A década anterior ficou também marcada pela invenção do monoquíni e primeira tentativa unissexo, de Rudy (Rudi) Gernreich em 1964, considerado pelo próprio “um pouco cedo demais para aquela altura”.
Mas foi notícia de facto. E chegou a ser nome de canção de Roberto Carlos “Eu sou fã do monoquíni… Não suporto mais o biquíni “.
Para o usar, a mulher teria que ser preferencialmente esbelta e de seios pequenos.


Vários tipos de monoquíni (ele é Lauro Quadros, 1972)

A praia tornou-se um ponto de encontro dando origem ao aparecimento da indústria paralela de vestidos, chapéus, protetores solares, óleos, óculos escuros, toalhas, toldos, cadeiras e outros.

Acessórios hippie chique

Apareceu também o biquíni de croché mas como se deslocava com a água, contribuiu ocasionalmente para o aparecimento da tanga.


Nos fins da década, Gernreich inventou ainda “o fio dental”. 
E um novo tipo de maillot em jersey, quase transparente e aderente faz parte da enorme variedade de vestimenta de banho; nos homens é de lycra e nylon e mais curto.
Farrah Fawcett (maillot - 1976)

O miniquíni - dois triângulos em cima e dois triângulos em baixo, presos por tiras, permitindo um maior bronzeamento, voltou a usar-se.

A década de 70 foi considerada uma época mal definida.

ANOS 80


Princesa Leia,no seu biquíni dourado e Gwen Stefani

É a época dos estilos antagónicos.
A mistura de nylon e lycra passa a ser o tecido mais usado nos fatos de banho, de cores fluorescentes, com estampados ou em relevo, metalizado, fino ou grosso e de inspiração no passado.
Por outro lado, o biquíni foi diminuindo e o “fio-dental”, o “asa delta” e o
modelo tanga, afirmam-se como os chamados “modelos provocantes”.
Tudo era forte, sombras néon, batons vermelhos, azuis, roxos.





ANOS 9O

A década foi dominada pelo fator bem-estar e pela liberdade na forma com que as pessoas se vestiam, sem preconceitos.
O topless só chegou no início, embora já experimentado anteriormente pelas mulheres mais descontraídas.
Até se tornar uma mistura de tudo o que já tinha sido feito no passado, a moda estava criada. A procura de conforto e deliberação na escolha dos modelos de roupas de banho são um reflexo dos protótipos dos anos 40 e 50, mas com outros materiais. A lycra mistura-se a tudo e a preocupação com a reciclagem cresce.



As cores continuavam apaixonantes mas mais moderadas: rosa, azul, amarelo. E o glamour fazia sucesso.
As bolsas de palha, coloridas ou não, eram tendência.



ANOS 2000

Tudo é possível de ser vestido.
Há uma mistura de referências antigas aos anos 70 e 90. Surgem novos modelos sempre diferentes. Na primeira metade da década o biquíni diminuiu bastante para depois aumentar um pouco. Já ninguém critica biquínis, topless, fio dental, fato de banho, miniquínis, shorts, triquínis, tanquínis...
Em 2010, Eva Herzigova usa pela primeira vez um biquíni que pode funcionar como uma roupa.
Actualmente, chama muito mais à atenção uma touca com folhos ou um burquíni...


                                               Em tanquíni e Eva Herzigova

Catálogo muçulmano2012


Presentemente, com as referências anteriores esgotadas, a moda encontra-se num beco sem saída. A busca pelo novo é uma tendência da actualidade. Visando descobrir novos talentos, realizam-se concursos frequentemente.

Em 2008 -2008 e 2001

Acessórios 2011 e em 2011

FOTOS CAPTADAS EM GOOGLE