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terça-feira, 29 de abril de 2014

POEMA


"Ó mar salgado, quanto do teu sal ..."

"Esse país também é nosso" é o nome de um manifesto lançado por jovens emigrantes portugueses qualificados, que pretendem que "a realidade avassaladora da emigração" seja tema de debate nas eleições europeias.

O manifesto é assinado por uma jovem escritora, por arquitectos, economistas, investigadores e designers, entre outros, emigrados em vários países europeus, no Brasil e no Camboja.

Pela singeleza, autenticidade, relevância e expressividade, deixo aqui o poema de nostalgia de um deles:

Da minha pátria estou a partir
e de mágoa no peito vou...
coragem levo ao desconhecido
perante o que o coração cá deixou

Parto de lágrima sentida
apertada minha alma está
abraço forte dou a Portugal
e a tudo o que deixo cá

Despeço-me do mar e do campo
do promontório da minha infância
e dos amigos tão queridos
que não esqueço em nenhuma instância

E minha família tão amada
que tanto orgulho, quanta graça!
Querida avó cuida de mim
pois sem os meus a fé é escassa

E parto agora, adeus ó pátria
choro largando este abraço apertado
olhando para trás, ainda vos vejo...
a todos os que me amam: Obrigado!




Era vosso!
Agora já é quase integralmente da nova classe de assaltantes-políticos-homens-de-negócios, que se apoderou do poder legislativo, regulador, fiscalizador e de decisão para, com toda a liberdade e impunidade, passar a dispor do dinheiro público, do poder público, da economia, do país e dos cidadãos.

A promiscuidade entre os diferentes poderes, deputados e interesses privados, fez sumir a justiça, a esperança, as hipóteses e o futuro dos rejeitados (emigrantes, também) .
Quando voltarem, Portugal já não será o dos saudosos mas talvez aquele que a saudade no tempo fez parar.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

ANTES DA PRIVATIZAÇÃO DO AR...




Reportagem no Programa de TV alemão "ARD MONITOR”
No âmbito do envolvimento da Oikos com a campanha Right to Water, este filme apresenta algumas intenções da Comissão Europeia relacionadas com a privatização da água.Que quer transformar um bem comum, em objeto de especulação das multinacionais…
 Uma operação da União Europeia que começou a ser experimentada em Paços de Ferreira 

Em Abril de 2005, realizou-se em Fribourg, Suíça, um evento ecuménico com representantes da Igreja Católica e de Igrejas Evangélicas da Suíça e do Brasil onde assinaram uma declaração ecuménica sobre a "Água como direito humano e bem público"
"O direito a uma alimentação adequada" é definido pela ONU, tanto na Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948, como no "Pacto Internacional de direitos económicos, sociais e culturais", em 1966.

A existência do ser humano, por si só, garante-lhe o direito de consumir água ou ar. O direito à vida antecede os outros direitos.

“A água é um bem fundamental para a vida. Sem água não há vida. Ter acesso ou não ter acesso à água, significa decidir sobre a vida e a morte do povo. Por causa da vida, a água é um bem comum, que não pode nem deve ser privatizado”.
Mas agora, sem qualquer explicação, cada vez se fecham mais fontes públicas, consideradas de água imprópria para beber...

Água, um direito humano ou um negócio bilionário? 

Bruxelas já decidiu - no futuro, a água deverá pertencer às empresas e não ao ser humano.

E o capitalismo também.


O atual presidente e ex- CEO da NestléBrabeck,  o maior produtor de alimentos do mundo, diz que “o acesso à água não é um direito público” nem um direito humano e que a resposta para as questões globais da água é a privatização.
Então se a privatização é a resposta, é esta a empresa na qual a sociedade deve confiar?
Pois é... se a comunidade tiver água potável canalizada, a Nestlé deixará de ter o seu lucrativo mercado de água engarrafada da marca Pure Life!

No vídeo em baixo, de há vários anos atrás, Brabeck discute os seus pontos de vista sobre a água, assim como alguns comentários interessantes sobre sua “cruel” visão da natureza e, claro, a declaração obrigatória de que “o alimento orgânico é ruim e o geneticamente modificado é óptimo”.
E se alguém tiver opiniões opostas às dele, é essencialmente um extremista!

Nestlé CEO (Bilderberger) Peter Brabeck - GMO Promotor & ...

Os países em crise, tais como Portugal e Grécia, precisam de dinheiro. Desta forma, a Tróica em Bruxelas, força-os secretamente a venderem o seu abastecimento de água.

No anexo dos contractos da Tróica, lê-se: «Em Portugal, a privatização da companhia de águas públicas "Águas de Portugal" deverá ser promovida»


A estação de tratamento de água do Ferreira insere-se no Complexo do Ferreira, composto por um conjunto de infraestruturas anteriormente exploradas pelo município de Paços de Ferreira. 

«Os contratos de concessão de água a privados em Barcelos, Paços de Ferreira e Marco de Canavezes mostram as consequências terríveis da privatização do sector - os consumidores pagam mais e os privados lucram com a água que é de todos. E até recebem pela água que não sai da torneira - se o consumo baixar, o contribuinte paga a diferença.
Desde a concessão da rede pública de água e saneamento, em 2004, a população de Paços de Ferreira paga a água mais cara do país.
Em 2009, o preço já era17 vezes mais cara que noutros locais - lucro garantido durante 35 anos à empresa privada!


 AGS - Administração e Gestão de Sistemas de Salubridade, SA
José Seixas de Queiroz Vaz Guedes - Presidente Somague Ambiente

A população, no dia  6 de Novembro saiu à rua para protestar contra o assalto a que estão sujeitos todos os meses. Sofreram 400% de aumento de preço em poucos anos e, a seguir, aumentos anuais de 6%, constata Dr. Humberto Brito
Mas, para além disso, um movimento de protesto denunciou que a AGS/ Somague lançou "milhares de processos de contraordenação contra cidadãos de Paços de Ferreira com a ameaça do pagamento de coimas para que se liguem à rede pública de água e saneamento, obrigando-os a pagar uma taxa de disponibilidade ilegal e a água mais cara de Portugal". Muitos munícipes foram confrontados com processos de execução e penhora em que as custas judiciais são muito superiores ao valor em dívida.
Já mesmo depois de rebentar o escândalo em Barcelos e Paços de Ferreira, autarcas do PSD, PS e CDS da região de Aveiro decidiram entregar a captação das águas da região ao mesmo grupo e com as mesmas condições ruinosas para os munícipes, sem concurso público, por mais dez anos»


Por que decide a UE contra a vontade da população europeia? 

Em 2000, o Banco Mundial forçou a Bolívia a privatizar a água pública depois de ter feito um ensaio em Cochabamba, a terceira maior cidade do país .
O contrato incluiu a expropriação de poços construídos pela comunidade e até proibiu a utilização da água da chuva. Os preços aumentaram entre 50 e 300% da noite para o dia, sem que houvesse sequer melhora nos serviços ou ampliação da área de cobertura para as zonas mais pobres.
As manifestações da população foram reprimidas com muita violência pela polícia e pelos militares e o presidente boliviano impôs mesmo o estado de sítio.
Mas o governo acabou por ceder à pressão popular, desistiu da privatização e anulou o contrato de concessão de serviço público, firmado com a Aguas del Tunari (um consórcio criado por capitais dos EUA, Itália, Espanha e Bolívia) que deveria vigorar por quarenta anos!


Esta vitória demonstrou, que é possível opor-se às privatizações forçadas pelo banco mundial e empresas multinacionais.

Vídeo apavorante sobre a Guerra da Água em Cochabamba

Porque usa o Banco Mundial e o FMI, a mesma estratégia?


"Porque são todos máscaras intercambiais de um só sistema de governo".

Quem o diz é Joseph Stiglitz, Prémio Nobel da Economia, despedido (Larry Sammers ordenou uma excomunhão pública) do Banco Mundial em 1999 por ter expressado um ligeiro desacordo diante da globalização do estilo do Banco, em entrevista exclusiva para o London Observer e Newsnight da BBC de Londres, por Greg Palast.


Joseph Stiglitz                                Greg Palast

Stiglitz ajudou-nos a traduzir um escrito em "burocratês", intitulado "Estratégia de Assistência do País", diz Greg Palast.
Segundo Stiglitz, as "investigações" dos funcionários do Banco Mundial, consiste em inspecções cuidadosas aos hotéis de cinco estrelas da nação. E, num encontro com algum ministro da economia de menos sucesso ou mais necessitado, entregam-lhe um "acordo de reestruturação" preparado de antemão para assinatura "voluntária".




A economia de cada nação é analisada individualmente e, em seguida, o Banco entrega a cada ministro o mesmo programa de 4 PASSOS:

PASSO 1 do PLANO
- A Privatização ( Stiglitz diz poder chamar-se com mais precisão "subornação"). 
Os lideres nacionais, em vez de se oporem à venda das indústrias nacionais, liquidam alegremente as empresas de electicidade e água, usando como desculpa as exigências do FMI.
"Podia ver como se lhes abrem os olhos" ante a possibilidade de uma comissão de 10%, pagas em contas suíças, pelo simples feito de haver baixado "uns quantos milhares de milhões" do preço da venda dos bens nacionais".

PASSO 2 do PLANO
- A Liberação do Mercado de Capitais.
Depois da "subornação" - sempre a mesma receita do FMI/Banco Mundial - é A Liberação do Mercado de Capitais.
Na teoria, a desregulamentação do mercado de capitais permite que a inversão de capital entre e saia. Infelizmente, como aconteceu na Indonésia, no Brasil, na Grécia e em Portugal, o dinheiro apenas saiu e saiu.
As reservas de uma nação podem ser esvaziadas em questão de dias ou horas.


PASSO 3 do PLANO
- Preços regulados pelo Mercado
Na etapa 2, o FMI empurra a exausta nação em direção ao Passo Três - a regulação de preços pelo Mercado, um termo sofisticado para fazer subir os preços da comida, água e gás de cozinha

- Previsivelmente isto dá lugar a um PASSO Três e Meio, a que Stiglitz chama de “Distúrbios do FMI.”
E quando isto acontece, o FMI insiste em que estas nações subam as taxas de juros para 30, 50 e 80% a fim de seduzir os especuladores a regressem com os fundos da nação.
Os distúrbios do FMI são dolorosamente previsíveis. Quando uma nação "cai em desgraça", o FMI aproveita e espreme-a até a última gota.
Quando os bancos necessitam ser resgatados, a intervenção no mercado é "bem-vinda"Há sempre um só ganhador - os bancos ocidentais e o Tesouro dos USA.

PASSO 4 do PLANO
- O Livre Comércio
Ou ao que o FMI e o Banco Mundial chamam a sua "estratégia de redução da pobreza”(de acordo com as regras da Organização Mundial do Comércio e do Banco Mundial, claro...)
É aqui, diz o economista, onde a NOVA ORDEM MUNDIAL tem "condenado a gente à morte" impondo tarifas e impostos impossíveis de pagar
"Para eles não importa que a gente viva ou morra"...
Os Programas de Redução da Pobreza "sabotam a democracia" e não funcionam.


Os governos corruptos (existem outros?) não são mais que simples marionetas nos planos da tentativa da criação de uma nova ordem mundial.


Para quem quiser saber mais sobre o simples/complexo esquema que GOVERNA o mundo, pode ler na íntergra a interessante e esclarecedora entrevista "Renegado do Banco Mundial abre o jogo” em anexodajangadatijuca.blogspot.pt

Greg Palast
Nasceu nos EUA em 1952, vive na Inglaterra e é jornalista da BBC e do jornal britânico The Observer, depois de ter sido, durante duas décadas, investigador de topo de fraude corporativa.
Repórter premiado, é o autor de Billionaires and Ballot Bandits, Vultures' Picnic e do New York Times best-sellers, Armed Madhouse e The Best Democracy Money Can Buy.
Dirigiu o maior caso de fraude do governo dos EUA, conduziu a investigação de acusações de fraude no aterro Exxon Valdez, fez o documentário da BBC sobre a fortuna da família de Bush, etc. Mas, sobretudo, tornou-se "fanático por documentos - especialmente os assinalados com " secreto e confidencial " do FBI, o Banco Mundial, o Departamento de Estado dos EUA e de outras operações “à porta fechada” do governo e da indústria.

Em 2007 começou a publicar uma série de investigações sobre os "Fundos Abutre” - Em busca dos Porcos do Petróleo, Piratas da Energia e Carnívoros da Alta Finança, Bebedores de ouzo, cuspidores de azeitonas- ou como a Goldman saqueou a Grécia, Em busca da verdade por trás do desastre da BP




Uma biografia fascinante! 
Acredito que poderá vir a ser um dos meus "heróis".

E Greg Palast neste contexto porquê?
Exactamente, pelas investigações feitas e descritas nos "Fundos Abutre”
Estes fundos, um património privado, são como abutres que circulam esperando pacientemente que uma empresa entre em dificuldades para, em troca de uma “ajuda” a preços ínfimos, obterem um retorno elevado acrescido de juros, que compram títulos de investimentos ou acções em falência e dívida dos países pobres instaurando-lhes processos em tribunais para recuperar os fundos, muitas vezes em detrimento da ajuda e alívio da dívida.


Palast com o ministro grego Theodoros Pangalos.
Julho 2013
"Chateei o ministro grego que chamo de gordo canalha"

«(…) achava que seria impossível na Grécia: crianças procurando latas de comida no lixo da escola; jovens necessitados pedindo sobras para os colegas; e um garoto de 11 anos, Pantelis Petrakis, se curvando de dor por causa da fome»
Imagens Google 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

MIMI



Além do Tigre e da Lolita, a MIMI
Acomodada nuns mocassins azulados
Ainda bebé, de padrões mal tigrados
A passarela desfilou, por aqui.
De cachecol espesso ao pescoço
Como natural manequim exibiu
As características com que seduziu
Algumas dezenas de namorados
Tal como os dois ausentados
Pra sempre… de casa e daqui.


Que tal, um pouco mais crescida?
De origem turca, meio norueguesa
Embora nascida bem portuguesa
Continuar quer a ser pretendida.
Pernas traseiras maiores que dinteiras
Orelhas bicudas, cabeça angular
Pelo cerrado pró frio suportar
Olhos grandes, verdes, beleza!
Amiga, gentil, alguma estranheza
Não muito colo e jardim à medida...


sexta-feira, 18 de abril de 2014

ACTOS COMPULSIVOS


Os comportamentos claramente excessivos aos quais, na maioria das vezes, o indivíduo não consegue resistir, são executados com a finalidade de afastar uma ameaça, eliminar a ansiedade, o medo, o desconforto, a "imperfeição" ou obter, simplesmente, prazer ou satisfação.

Hoje, mais do que sempre, quase todas as pessoas têm algum traço obsessivo-compulsivo. 

A rejeição dos nossos filhos pela sociedade das novas "élites" do poder, faz-nos sentir também a nós, pais, rejeitados. E a ansiedade manifesta-se... 
A crescente desigualdade entre pobres e ricos é desonesta. E o desconforto manifesta-se...
Os velhos são indesejados e explorados. E a ameaça de abandono manifesta-se...
O contínuo esforço dos ricos para obterem uma riqueza cada vez maior, torna-os insatisfeitos. E o medo de não o conseguirem, manifesta-se...

Os actos compulsivos abrangem uma enorme variedade de diversas intensidades:

Comprar imperiosamente coisas (oniomania); ciúmes doentios; distúrbios alimentares; exibicionismo; verificação repetida de portas e janelas antes de deitar; fixação em doenças e dores crónicas; tendência de oposição sistemática; entrar em casa e ligar logo a televisão mesmo sem precisar de ver qualquer programa; cleptomania; lavar as mãos ou tomar banho repetidamente; contar, rezar, repetir palavras e frases em silêncio; determinar coisas circunstanciadamente; insistir em verificar a existência de torneiras abertas ou gás; conferir exageradamente certas contas; acumular ou armazenar objectos sem utilidade por não conseguir descartá-los; macerar as unhas de modo contínuo com os dentes; estalar os dedos ou as articulações; sentar e levantar várias vezes sem  motivo aparente; colecionismo voraz; adesão a drogas, álcool ou jogos; procura constante de riqueza e bens materiais; mentira compulsiva…
Ou restrição exclusiva contra a pele - morder e arrancar a semimucosa dos lábios, coçar até formar feridas lineares ou circulares (escoriações), arrancar incorreta e repetidamente pelos encravados com erupções, remover a acne provocada por células que bloqueiam a abertura do folículo (onde passam a crescer as bactérias da superfície da pele - aí geralmente inofensivas - que, entrando na corrente sanguínea, podem provocar infecções), criar manchas e cicatrizes irreversíveis ao escarafunchar a derme para eliminar imperfeições…

Etc., etc.

Estas atitudes deixam perplexas as pessoas pouco familiarizadas com os tópicos descritos e admiram-se que os causadores, geralmente "inteligentes", sejam dominados por tais comportamentos.
Talvez pensem que é uma espécie de "fraqueza mental” nuns casos ou de “automutilação em busca de visibilidade”, noutros…

Na grande maioria, isso é um equívoco.

Haverá compulsões (a mentira, por ex.) que, depois de terem sido verificados resultados favoráveis pelas pessoas que delas fizeram uso, continuem a ser executadas até com alguma vaidade.
As crianças aprendem, pela experiência, que uma mentira pode evitar castigos (chegam a elaborar histórias fantásticas) antes de entenderem porque funciona.
Porém, já adultas, ao acreditarem que mentir lhes pode trazer benefícios, o problema surge quando, nessa faixa etária se tornam mentirosas compulsivas para o resto da vida. 
Como certos políticos, que insistem em mentir até ficarem convictos de que falam verdade - ultrapassando em muito a retórica política - e são um enorme perigo para milhões de portugueses.



A oniomania está entre as dependências características do século XXI devido a insatisfação, consumismo, materialismo e necessidade de preencher a vida. Os armários ficam cheios de peças ainda não usadas, há dívidas e encobrimento das compras feitas. Durante o processo de consumo, o comprador compulsivo sente-se bem. Porém, mais tarde, experimenta um sentimento de culpa e "jura" que não voltará a repetir.
O problema ocorre quando a pessoa já passa a gastar o dinheiro que estaria destinado ao pagamento das contas de casa ou às propinas da escola dos filhos, entre outros.

A riqueza pode causar uma sensação de “direitos morais adquiridos”.
Um estudo feito por pesquisadores das Universidades de Harvard e de Utah constactou que, só de pensar em dinheiro, algumas pessoas adoptam comportamentos anti princípios da moral. Depois de confrontados com palavras relativas a dinheiro, os participantes mostraram-se mais propensos a mentir e a comportar-se imoralmente.



Tian Dayton, psicóloga, explica que a necessidade compulsiva de obter dinheiro é muitas vezes considerada parte de uma classe de comportamentos conhecida como “vício comportamental” - envolve uma relação compulsiva e/ou fora de controlo em jogo, sexo, comida e dinheiro.




Tim Kasser escreveu em O Alto Preço do materialismo que as culturas de consumo também podem contribuir para o desenvolvimento de personalidades e comportamentos narcisistas, pela concentração na glorificação do consumo. São geralmente arrogantes e profundamente preocupados com questões de adaptação pessoal, procurando poder e prestígio para preencher sentimentos de vazio interior e de baixa auto-estima.



As escoriações patológicas são, muitas vezes, o resultado da transformação de uma acne leve devido a um comportamento compulsivo e irresistível.
Além das unhas podem ser utilizados outros meios que originam infecções secundárias ou cicatrizes profundas.
Na maioria dos casos a intenção é melhorar a aparência da pele, mas como a pessoa fica cada vez mais horrível, tem tendência a remover novamente o pelo que cresce sempre enrolado e com erupção, por ex. 
Começa então o ciclo vicioso da consciência do desconforto físico/propensão para experimentar mais uma vez o tal melhoramento.


Imagens Google

terça-feira, 8 de abril de 2014

PÁSCOA (S)


O Verdadeiro Sentido da Páscoa (Pessach)

Páscoa é a festa que marca o início do calendário bíblico de Israel e, consequentemente, os limites das datas de todas as outras festas na Bíblia.

páscoa judaica remete ao tempo de Moisés, com a libertação do povo judeu do Egito, marcada pela travessia do Mar Vermelho que se abriu à " passagem " (Pessach) dos filhos de Israel para a Terra Prometida de Canaã.


A família judaica ainda hoje se reúne para o "Seder de Pessach", jantar cerimonial em que se recorda a história do Êxodo e a libertação do povo de Israel.
Da composição do PRATO KEARÁ, fazem parte seis símbolos:
As matsot simbolizam as três castas de judeus: sacerdotes, levitas e israelitas.
pt.chabad.org
A celebração do Pessach ganhou mais força após a destruição do Segundo Templo, em 70 d.C. em Jerusalém e trouxe de volta a mesma emoção popular do cativeiro no Egito. A partir de então, foi divulgado no calendário judaico, independentemente da dispersão do povo em exílio.
Em teoria o Pessach dura uma semana. Os restaurantes fecham, todo e qualquer produto que fermente não é usado, as escolas param e é uma época em que muita gente costuma fazer férias.


O arroz e os cereais de milho, por serem produtos cujo consumo depende de opiniões diferentes, ficam em prateleiras  isoladas nesta época do ano, distantes dos produtos que se podem consumir.

A festa cristã da Páscoa tem origem na festa judaica, mas com um significado diferente - representa a “libertação de todos os que estavam separados de Deus pelo pecado, restaurados pela morte e ressurreição de Cristo"
Assimila também diversos elementos alegóricos de morte e renascimento como a transição do inverno-primavera e simboliza ainda no sacrifício de Isaac por Abraão, a entrega de seu filho para Deus, em holocausto e expiação.

Nos países de língua anglo-saxônica a páscoa cristã é conhecida como  “Easter”, mas nos países de língua latina foi mantida a  palavra “Páscoa” (“Pessach”, em hebraico)
O nome “Easter” é proveniente de uma festividade de primavera celebrada por Assírios, Babilónios e Celtas, em adoração à deusa Ishtar (Oestre, nos países nórdicos), deusa da fertilidade. Daí o uso (pagão) de ovos e coelhos como simbolismos.

As Testemunhas de Jeová não celebram a Páscoa porque acreditam que a decisão de não a comemorar se baseia firmemente na Bíblia, que incentiva a usar “a sabedoria prática e o raciocínio” em vez de simplesmente seguir tradições humanas. (Provérbios 3:21; Mateus 15:3)

Os evangélicos estão divididos em várias categorias. A maioria não celebra a pascoa porque acredita que é uma celebração do segundo testamento para os antigos judeus e que não tem cabimento no novo testamento. Quanto à cruz, não aceitam um símbolo maldito pela sua essência.

Para os cristãos a Páscoa é, pois, a passagem de Jesus Cristo da morte para a vida, a Ressurreição.

Como se pode depreender, os símbolos da Páscoa, festa das festas, são muitos. 
Destaco:

O CORDEIRO

O cordeiro é o símbolo mais antigo da Páscoa, a  aliança feita entre Deus e o povo judeu . 
No Novo Testamento simboliza Cristo  que é o" Cordeiro de Deus sacrificado em prol da salvação de toda a humanidade, seu rebanho".

A festa da Páscoa e A última ceia por Dirk Bouts, c.1460

Esta Última Ceia é uma pintura "notável pela sua pureza estilística e sobriedade. Os rostos dos discípulos  não variam muito. Os gestos parecem ter sido congelados num determinado ponto no tempo. É um momento importante, e os presentes parecem estar meditando sobre o seu significado. 
A verdadeira novidade desta pintura extraordinária reside na sua aplicação sistemática das leis da perspectiva. O trapézio da toalha de mesa branca (símbolo de pureza), a distribuição das figuras em torno dela e sua convergência sobre a figura central de Cristo, assim como o ritmo subtil das cores diferentes, tudo contribui para dotar este complexo de composição com uma unidade pictórica profunda e de grande significado.
É uma das principais obras da história da arte flamenga.
Aqui, Bouts rompe com a tradição segundo a qual Cristo é sempre representado no acto de anunciar a traição de Judas. Em vez disso, mostra o momento em que institui a Eucaristia " que é a partilha do pão e vinho entre seus discípulos.
JESUS ​​sendo ele próprio o Cordeiro de Deus, põe fim ao sacrifício de cordeiros pascais, um aviso da sua vinda como filho do homem para ser punido pelos pecados dos homens.” 
ATB - Across The Bible - Portugal

A Última Ceia foi a última festa da Páscoa ritual porque o Cordeiro de Deus estava prestes a ser sacrificado.  


Cordeiro Assado é uma tradição do povo judeu, herdada pelos cristãos. Era sacrificado, assado e comido, juntamente com pão e ervas amargas. 
Hoje, pode levar temperos diferentes mas ainda é presença marcada nas mesas do mundo inteiro.

Borrego assado no forno é o prato por excelência para o domingo de Páscoa.
A receita requer pré-preparação (de preferência do dia anterior).
Fica esta versão que procura ir à raiz do tradicional e é baseada numa receita que foi passando de geração em geração familiar

Borrego Assado no Forno
receitascomprovadas.com

Tempo de preparação: 2 h 30 min
Ingredientes
Borrego para assar (A perna é a parte recomendada mas também se pode usar a parte da mão, com óptimos resultados)
1 Cebola grande
1, 5 dl de vinho branco
1 Cenoura
5 Dentes de alho
Sal
Azeite
Para a marinada
Massa de pimentão
Vinho branco
Alho
Louro
Sal marinho
Azeite virgem extra(opção)
Preparação
- Tirar a pele do borrego e a gordura em excesso.
- Untar o borrego muito bem com a marinada três horas antes da confecção (de preferência, 1 dia antes). Reservar no frigorífico.
- Numa travessa de ir ao forno distribuir a cenoura e metade de uma cebola cortadas às rodelas para servire de base ao borrego. 
- Colocar o borrego e a marinada em cima da cebola e das cenouras. Juntar metade do vinho branco.
- Esmagar os alhos e colocá-los em cima do borrego assim como o resto da cebola cortada às rodelas.
- Cortar batatas aos bocados em forma de cubos de tamanho uniforme ou usar batatas pequenas, se preferir.
- Juntar as batatas na travessa em redor do borrego. Temperar tudo com sal e regar com bastante azeite.
O borrego está pronto a ir ao forno.
Pré-aquecer o forno a 180º e colocar então o borrego a assar, mantendo os 180º durante 
1 h 30 m.
De vinte em vinte minutos ir regando o borrego com os sucos do assado e juntar um pouco de vinho branco para não ficar seco.
Sirvir acompanhado de salada de tomate e alface.


O SINO

O sino é também um símbolo da Páscoa. 
No domingo de páscoa, tocando festivamente, os sinos anunciam com alegria a celebração da ressurreição de Cristo.

E, com ele, a agradável recordação declamada pelo Grande artista do saber-dizer, João Villaret, que rende a sua homenagem à voz dos sinos, ao teatro vivo das procissões, à decoração das ruas e à participação respeitosa dos cidadãos nas demonstrações religiosas, recitando o poema de António Lopes Ribeiro, “O homem de cinema”:

                       


«Tocam os sinos na torre da igreja,
Há rosmaninho e alecrim pelo chão
Na nossa aldeia,
Que Deus a proteja,
Vai passando a procissão”.

OS OVOS

Joia que pertenceu à imperatriz da Rússia traz um relógio com diamantes no interior (Foto: Olivia Harris/Reuters)

Desde a Antiguidade que o ovo simboliza o nascimento, a origem do mundo.
Os chineses tinham o costume de presentear os amigos com ovos enfeitados durante a Festa da Primavera, entre Março e Abril.
Para os Persas, os ovos eram sagrados porque acreditavam que a terra teria caído de um ovo gigante.
Os cristãos primitivos do oriente ofereciam ovos coloridos na Páscoa porque simbolizavam a ressurreição, o nascimento para uma nova vida.

E os ovos de galinha foram sendo trocados pelos de madeira, prata, ouro, até chegarem aos de chocolate.


Os ovos de Páscoa representam também o final da quaresma.

Corar ovos e decorá-los é, portanto, uma tradição de Páscoa muito antiga.

Vamos mudar a cor dos ovos...

Para colorir ovos de cores diferentes e de forma natural basta, depois de cozidos:   
- Escolher a cor
Amarelo – Cascas de cebola, açafrão, cascas de limão;
Vermelho – beterraba, paprika, framboesa;
Laranja – Cenoura;
Roxo – Vinho tinto, couve roxa;
Verde – Espinafres;
Azul – Amoras azuis
Castanho – Café, chá.
- Ferver o ingrediente escolhido, misturado com água e um pouco de vinagre, durante cerca de 15 minutos.
- Retirar os ingredientes
- Mergulhar os ovos na água de cor para tingirem (5 Minutos deverão ser suficientes mas quanto mais tempo estiverem, mais acentuada ficará a cor)
- Usar a criatividade para os tornar mais bonitos



Na natureza há seres vivos com as mais variadas cores. Isto acontece porque têm certas substâncias que lhes dão cor.
Até há cerca de 150 anos as pessoas dependiam das substâncias coradas que obtinham de animais, plantas e minerais para corar tecidos e outras coisas e também para pintar.
Algumas cores eram muito difíceis de obter, como por exemplo o púrpura e o azul, só usadas pela realeza. 
Ciência Viva, Paulina Mata, FCT-UNL 
Mãos à obra