"Ó mar salgado,
quanto do teu sal ..."
"Esse país também é nosso" é o nome de um manifesto lançado por jovens emigrantes portugueses qualificados, que pretendem que "a realidade avassaladora da emigração" seja tema de debate nas eleições europeias.
O manifesto é assinado por uma jovem escritora, por arquitectos, economistas, investigadores e designers, entre outros, emigrados em vários países europeus, no Brasil e no Camboja.
Pela singeleza, autenticidade, relevância e expressividade, deixo aqui o poema de nostalgia de um deles:
Da minha pátria estou a partir
e de mágoa no peito vou...
coragem levo ao desconhecido
perante o que o coração cá deixou
Parto de lágrima sentida
apertada minha alma está
abraço forte dou a Portugal
e a tudo o que deixo cá
Despeço-me do mar e do campo
do promontório da minha infância
e dos amigos tão queridos
que não esqueço em nenhuma instância
E minha família tão amada
que tanto orgulho, quanta graça!
Querida avó cuida de mim
pois sem os meus a fé é escassa
E parto agora, adeus ó pátria
choro largando este abraço apertado
olhando para trás, ainda vos vejo...
a todos os que me amam: Obrigado!
Era vosso!
Agora já é quase integralmente da
nova classe de assaltantes-políticos-homens-de-negócios, que se apoderou do poder legislativo, regulador, fiscalizador e de decisão para, com toda a
liberdade e impunidade, passar a dispor do dinheiro público, do poder público,
da economia, do país e dos cidadãos.
A promiscuidade
entre os diferentes poderes, deputados e interesses privados, fez sumir a justiça,
a esperança, as hipóteses e o futuro dos rejeitados (emigrantes, também) .
Quando voltarem, Portugal já não será o dos saudosos mas talvez aquele que a saudade no tempo fez parar.
Quando voltarem, Portugal já não será o dos saudosos mas talvez aquele que a saudade no tempo fez parar.
Sem comentários:
Enviar um comentário