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quarta-feira, 26 de agosto de 2020

O MUSEU DE VILAR FORMOSO

Faz hoje 3 anos que foi inaugurado ” um dos mais interessantes pólos museológicos criado nos últimos anos”, o Museu “ Vilar Formoso Fronteira de Paz, Memorial aos Refugiados e ao Cônsul Aristides de Sousa Mendes”, dedicado à passagem, por Portugal, dos milhares de refugiados durante a Segunda Grande Guerra Mundial.
Vindo quase todos de comboio, "Vilar Formoso, a Fronteira da Paz" libertava -os do holocausto nazi (Salvador Dali, Zsa Zsa Gabor,  Arthur Koestler, Alfred Döblin, Heinrich Mann, Antoine de Saint – Exupéry, Erika Mann, George Rony, Peggy Guggenheim e Robert Montgomery, entre eles).

O museu, ocupando dois antigos armazéns, está situado ao lado da estação ferroviária de Vilar Formoso (um autêntico museu vivo de património ferroviário e azulejos), onde são apresentados seis núcleos expositivos: “Gente como nós”, “Início do pesadelo”, “A viagem”, “Vilar Formoso – Fronteira da Paz”, “Por terras de Portugal” e “A partida”.
O documentário de 1993 é da autoria de Diana Andringa, com produção e realização de Teresa Olga. Apresenta imagens de arquivo, documentos e correspondência diplomática, recortes de artigos de jornais, declarações e depoimentos de refugiados e familiares.

Apesar de ficar a  poucos quilómetros da minha Aldeia, ainda não tinha “dado” por ele ... Mas acho que devo divulgar esta agradável surpresa apresentando algumas das imagens retiradas da galeria de fotos da Internet.





segunda-feira, 10 de agosto de 2020

"CARTÃO DE VISITA"


Vindos do Norte, este lugar fica junto à Estrada Nacional que liga Pinhel ao Sabugal, a estrada nº 324 (N-S). Pela sua localização, logo à entrada da Aldeia, pode dizer-se que é ele o “cartão de visita” da povoação. 



Nada agradável, diz a maioria dos habitantes. Nada convidativo, vão dizendo alguns forasteiros. Parece revolvido... digo eu, cuja parede, ao fundo, pertence a um espaço meu. 
Penso que a todos assiste a razão; o lugar deveria contribuir para a valorização do potencial da aldeia porque ela, apesar de tudo, até  possui características diferenciadas, quer no conjunto quer no pormenor.
Embora sob o ponto de vista histórico quase nada tenha para visitar (ao contrário da muita História a desvendar) por ter sido arrasada pela quarta invasão francesa, juntamente com o reduto e torre de vigia, não deixa de ser airosa, “fresca”  e ainda, de certo modo, quase  auto-suficiente, como pode constatar-se:


E então, porque faço parte da vizinhança, atrevo-me a sugerir um pequeno recanto acolhedor, aprazível, que desperte não só a vontade de o desfrutar como também a curiosidade de "descobrir" a localidade de que faz parte - uma aldeia formada pela junção de duas épocas (Dom Sancho II, 1229 / inauguração da linha ferroviária da Beira Alta, 1880) separadas pelo rio Noémi e linha férrea paralela, mas unidas por uma ponte de características românicas com seis arcos redondos, ou seja, uma aldeia muito sui generis!

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

PORTUGAL EM DECLÍNIO


Há um “desastre” a formar-se para Portugal que, dentro de 20 anos, pode ser o país mais pobre da União Europeia (UE), sendo ultrapassado por países como Bulgária, Roménia, Hungria e Polónia.  Fórum para a Competitividade,  (alertando que não se pode “ficar parado à espera” do pior cenário.)



"As perspectivas para a economia portuguesa deterioraram-se abrupta e significativamente em resultado do impacto da pandemia Covid-19." (Comunicado do Banco de Portugal)


Com três períodos consecutivos em estado de emergência, seguidos de situação de calamidade, o emprego dispara, as exportações caem, o turismo não regista movimento de receitas, a saúde mantém-se em “situação epidémica” à espera de uma segunda vaga da Covid-19 (A 2 de Julho, Portugal contabiliza 51.310 casos confirmados e 1737 mortes), as famílias portuguesas estão mais endividadas e com menos perspectivas de futuro.
A problemática situação da TAPos 45,5 mil milhões de euros a segurar em Bruxelas com prazo para serem gastos, a "profundíssima" crise do BES e os incêndios florestais  onde todos os anos arde mais de 3% da floresta, transformando Portugal "no campeão europeu dos incêndios" (WWF), são  indicadores que sustentam o receio do período de instabilidade que se avizinha.

Novo Banco: Resultado líquido por ano, em milhões de euros
Fonte: O ECO (Novo Banco a 02/03/2020)


"O crédito concedido pelo Novo Banco caiu cerca de 25% durante estes quatro anos, reduzindo-se em 10,4 mil milhões de euros. Chegou ao final de Março nos 31,3 mil milhões de euros, dos quais 27,7 milhões eram créditos domésticos. Em Portugal, o crédito às empresas representa 64% da carteira, menos 6% do em Agosto de 2014. (O ECO)

O Novo Banco estima que vai pedir mais 541 milhões de euros ao Fundo de Resolução, no âmbito do mecanismo de capital contingente.

O que se passou no Novo Banco exala aquele perfume estranho que legitima todas as desconfianças. Manuel Carvalho, Público


A dívida da TAP ascende para 3.300 milhões de euros se for tida em conta a dívida com os contratos de leasing das aeronaves. “Estamos a falar de uma dívida brutal“. Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e da Habitação
Está fechado o acordo para a TAP. O Estado fica com 72,5% da empresa por €55 milhões. O Governo está a apresentar neste momento os contornos do acordo. SIC Notícias
A TAP já devia ter apresentado lucros. Ramiro Sequeira terá de acelerar retoma. A actividade está 92% abaixo do habitual. O Governo quer ser “muito claro e assertivo” sobre o facto de achar “imoral que se distribuam prémios a uma pequena minoria de trabalhadores de topo da TAP, numa empresa que tem um universo de 10 mil trabalhadores”. Pedro Nuno Santos

Incendiário apanhado em flagrante

Portugal é o país europeu que tem mais incêndios.
Todos os anos arde mais de 3% da sua superfície florestal, quando comparada com 0,4% em Espanha. Em média, ocorrem no país, por ano, cerca de 17 mil sinistros, mais 35% do que em Espanha , apesar de ter menos 80% de superfície florestal
De acordo com o relatório da WWF, “ano após ano, a área ardida não para de crescer” em Portugal, justificando esta situação com “um sem fim de factores, desde o abandono rural, cessação de actividades agrícolas tradicionais, à ausência de políticas sérias de gestão do território e gestão florestal responsável”.
Os incêndios florestais e as alterações climáticas constituem um círculo vicioso. O número de incêndios tem  repercussão na subida das emissões de gases de efeito estufa e o aumento da temperatura global do planeta provoca  a ocorrência de eventos climáticos extremos.

A Declaração da Situação de Alerta prevista na Lei de Bases de Protecção Civil, de nada tem servido, penso. Há, permanentemente, pedaços de Portugal a arder. 

Impressionante!

No dia 04.08  e até ao momento em que acabei de escrever (madrugada do dia 05. 08) houve incêndios nas localidades:

.Arcozelo, Baião, Ruivais, Carnaxide, Pousos, Vau, Agilde, Albergaria da Serra, Lousada, Mação,   Santo Tirso#burgaes, Alto das Cerejas, Ponte da Formigosa, Requeixo, Freamunde, Devesinha, Marco de Canaveses, Gestaçô, Redondelo, Telões, Asnela, Vilela de Cima, Sobrado,  Giesteira, Beja, Travanca, Lilela, Serra E Junceira, Idães, Pai de Aviz, Rio Caldo, Cabaços, Baltar, Casal Galego, Cocheira, Rochoso, Lousada, Sobrado, Brejo, Rio de Baixo, Moinhos, Ovar, Romariz, Rebordosa, Armada, Danaia, Pedralva, Manique, Anais, Castelo da Maia,  Brejo, Aboim da Nóbrega E Gondomar, Gomide , Seroa,  Calvete , Lagoa do Grou, Cantanhede, Recarei, Ilhavo, Loures, Maxial da Ladeira, Barcelos, A-dos-neves, Nade, Espinhal, Poceirão, Amora, S. Cosme,  Alvarenga e Valoura

Ainda existem várias frentes activas no incêndio de Mação. O número de operacionais no terreno já ultrapassa os 800 e estão a ser apoiados por 250 viaturas.



Unhais
De acordo com a  análise dos efeitos do coronavírus na economia portuguesa, pelo Fórum para a Competitividade, os receios “podem conduzir a perturbações excessivas” contribuindo para o “empobrecimento relativo do país”. 

Ao nível do ecossistema, a recuperação após um incêndio pode demorar muito tempo, sobretudo se os sistemas afectados são o resultado de muitos anos de evolução. Quanto maior for a frequência dos incêndios, mais tempo será necessário para repor a situação anterior
Por outro lado, as primeiras chuvas podem arrastar os nutrientes sob a forma mineral, até níveis fora do alcance das plantas, o que também contribui para afectar negativamente a fertilidade do solo

A avaliação  desses impactos e das medidas de  recuperação  para  que  todo  o  sistema  retorne,  na  medida  do  possível,  à  normalidade,  constitui  um  dos  problemas mais  importantes  na  gestão  integrada  dos  incêndios  florestais. 

"A crise, primeiro sanitária e depois económica, que se está verificando em Portugal, veio demonstrar a necessidade de alteração dos estilos de vida" Ministro de Economia e Transição Digital 


Informação google

https://www.bportugal.pt/comunicado/comunicado-do-banco-de-portugal-sobre-o-boletim-economico-de-marco-de-2020