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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

DEFUNTOS E DEFUNTOS SANTOS


DIA DE TODOS OS SANTOS


O Dia de Todos os Santos, dia 1 de Novembro, é dedicado a todos os santos, mártires e cristãos heróicos celebrados ao longo do ano (todos os cristãos que se encontram na glória de Deus, tenham ou não sido canonizados).

Esta celebração vem do fim do segundo século, quando os cristãos confessos começaram a honrar os seus mártires e a pedir-lhes que intercedessem por eles.
Porém, a comemoração regular só passou a sê-lo a partir de 13 de Maio de 610 d C., com o Papa Bonifácio IV que dedicou o Panteão (templo romano em honra a todos os deuses romanos) a Maria e a todos os santos da religião victoriosa.
A data foi mudada para o dia 1 de Novembro quando o Papa Gregório III (731-741 DC) determinou que todos os santos fossem homenageados nesse dia, após lhes ter dedicado uma capela em Roma. 
Pensa-se que a popularização desta festividade tenha sido influenciada pela comemoração britânica medieval (O Samhaim). 
A invasão das Ilhas Britânicas pelos Romanos (46 A.C.) acabou por misturar a cultura latina com a celta.
E em 835 d C., o Papa Gregório IV declarou-a uma festa universal.
Dia-de-Todos-os-Santos é seguido por Católicos, Ortodoxos e Anglicanos


O Samhaim era a época em que se acreditava que as almas dos mortos retornavam às suas casas para visitar os familiares, buscar alimento e aquecer-se no fogo da lareira. Era a celebração de "ano novo" dos Celtas, ligado ao culto dos Ancestrais - nessa noite “abriam-se cortinas do Outro Mundo” para os mortos queridos virem dançar e partilhar a ceia sagrada.
Os Celtas não acreditavam em demónios, mas havia algumas entidades mágicas consideradas desagradáveis  para os humanos, seus animais e colheitas.Trocar os gados por figuras humanóides, era uma das muitas partidas que os vizinhos faziam para assustar, por ex.
O Samhain conseguiu sobreviver à cristianização através do Halloween, assim como a famosa Jack o'Lantern (a abóbora iluminada de Halloween)

A relação da comemoração desta data com o “Dia das bruxas” propriamente dita, terá começado na Idade Média com as perseguições feitas pela Inquisição a todos os que fossem tidos como curandeiros e/ou pagãos e de que  os líderes políticos e religiosos se serviam para os verem julgados pelo tribunal do Santo Ofício (na maioria das vezes, queimados na fogueira nos designados autos-de-fé).

Presentemente, o Samhain é, também, uma festa associada ao ciclo anual do sol que faz parte do Património Imaterial Galaico-Português. A recuperação da tradição do Samhain envolve várias escolas que promovem actividades que, por sua vez, são inseridas na promoção da candidatura a Património Imaterial


DIA DOS FIÉIS DEFUNTOS, Dia de Finados ou Dia dos Mortos 


Dia dos Fiéis Defuntos, Dia de Finados ou Dia dos Mortos é celebrado pela Igreja Católica no dia 2 de novembro.

Desde o século II, que alguns cristãos visitavam os túmulos dos mártires. No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos. Em 998, o abade de Cluny (ordem religiosa monástica católica), também pedia aos monges que orassem pelos mortos.
Depois de ter cantado a glória e a felicidade dos Santos que «gozam em Deus a serenidade da vida imortal», a Liturgia, a partir do início do século XI,  introduziu um dia de consagração à memória dos fiéis defuntos no seu calendário. 
No século XIII esse dia passa a ser comemorado em 2 de Novembro. A doutrina católica evoca algumas passagens bíblicas para fundamentar a sua posição e apoia-se na prática de quase dois mil anos.
Mas, segundo León Denis (filósofo e medium, defensor da existência e sobrevivência da alma), a determinação de uma data específica para comemorar os mortos é uma iniciativa dos druidas, pessoas encarregadas das tarefas de aconselhamento, ensino, jurídicas e filosóficas dentro da sociedade celta que acreditavam na continuação da existência depois da morte. No primeiro dia de Novembro reuniam-se nos lares e não nos cemitérios, para homenagear e evocar os mortos.

A homenagem aos mortos é um acontecimento global, vivido de formas diferentes um pouco por todo o mundo


PORTUGAL - Os portugueses dão mais significado ao Dia de Finados do que à celebração de Todos os Santos,"talvez porque os seus defuntos lhes estão mais próximos do que os santos desconhecidos", segundo o prior de Santa Isabel.
Por norma, as pessoas, ao longo do dia vão deixar flores (geralmente crisântemos) e velas nas campas. Antes da visita ao cemitérios assistem a missas nas paróquias.


CIDADE DO VATICANO - Segundo o Departamento das Celebrações Litúrgicas Pontifícias (Santa Sé),o Papa Francisco vai presidir à Missa do dia de Todos os Santos (1 de Novembro) no cemitério romano de Campo Verano e no dia seguinte, como é tradição, irá visitar as grutas do Vaticano para um momento de oração pelos pontífices que já faleceram.
Na segunda-feira, 3 de novembro, o Papa vai presidir a uma Missa pelos cardeais e bispos falecidos no último ano.

MÉXICO - A melancolia é posta de lado. O “dia de los muertos” comemora-se com comidas típicas, festas, música e caveirinhas feitas de açúcar. Os mexicanos acreditam que nessa época os mortos visitam os seus parentes vivos.
É costume (o anfitrião) levar, todas as comidas de que o morto (visita) gostava para a campa. Habitualmente, as oferendas são o “Pan de Muerto” com a imagem de homem ou mulher, um chocolate em formato de caveira e Mezcal, uma bebida alcóolica forte ( quando bebida de túmulo em túmulo, acaba por provocar embriaguês)


GUATEMALA - O dia dos mortos é comemorado com um concurso de pipas e é comum decorar os túmulos com uma flor amarela que desabrocha apenas nessa época do ano.


INDONÉSIA - As múmias dos seus mortos são vestidas com as roupas por eles usadas.




JAPÃO - Os mortos são homenageados no festival Bon Odori, entre os meses de Julho e Agosto. Os japoneses vão às ruas depois do pôr do sol (acreditam que os espíritos saem à rua durante a noite), dançam, tomam banhos de lama e carregam lanternas, celebrando a sabedoria dos antepassados



BOLÍVIA - As caveiras são coroadas com flores e os defuntos são vestidos; oferecem-lhes cigarros, folhas de coca e álcool, para agradecer a protecção dada durante o ano e levam-nos ao cemitério de La Paz para uma missa de benção 


HAITI - No País de tradições vodu, tocam tambores pelos cemitérios durante a noite, para acordar Baron Samed, o senhor dos mortos. 


EQUADOR - Oferecem pães em forma de gente, ou guaguas de pão e uma bebida cremosa chamada colada morada, símbolos do dia dos mortos - uma das datas mais importantes na cultura do país - no próprio cemitério, junto às sepulturas, como parte do ritual no reencontro com os antepassados,



PERÚ - Os jovens maquilham o rosto como caveiras e homenageiam os antepassados durante um passeio de bicicleta, na capital do país, Lima.



NICARÁGUA - É comum os parentes dormirem nos túmulos dos entes queridos.



E assim é o dia dos defuntos: Nuns paises, a ocasião é festiva, noutros o clima é sombrio ou, ainda noutros, há um misto de alegria com solenidade e melancolia.
Todos os seres humanos têm os seus defuntos, uns mais santos do que outros, mais queridos ou menos queridos, mas... defuntos.


Avé Maria.

a


Imagens e pesquisa Google

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

DOIS TEMPOS



Há um tempo que passa, passa...

Fará chuva? Fará sol?
Prá escuridão basta uma vela
E prá chuva, uma nuvem chega.

O universo é um conspirador.
Não foi feito à medida de cada ser humano.

Há pessoas insensíveis, egoístas, vandálicas
Sempre houve; os robôts são mais autênticos.

Chanel é um must have nos looks de Outono
Ou qualquer outro, que interessa a moda?

A Zinha diz que amanhã é dia de “bate-papo”
A convivência também é feita de silêncio.

A morte da alma destrói o sonho
A estrutura alterada, faz desaparecer a auto-estima.

Há sempre um conjunto de caracteres próprios e exclusivos...
Identidade. Como equacioná-la?

O que verdadeiramente existe não é ficção.
Há circunstâncias, factos, realidades.

E outro tempo que não passa, não passa...




segunda-feira, 27 de outubro de 2014

ÉBOLA - O NOVO DESAFIO DA CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL





Ebola, também conhecida como febre hemorrágica de Ebola (FHE) ou doença viral de Ebola, é uma doença infecciosa rara com índice de mortalidade de 50 a 90% dos casos.

A denominação está relacionada com o Rio Ébola, República Democrática do Kongo (antigo Zaire), local onde foi identificado pela primeira vez em 1976, quando pessoas foram contaminados através do contacto com cadáveres de macacos.

Apesar de não se ter certeza da origem do Ebola, sabe-se que o vírus está presente no morcego-da-fruta que não desenvolve a doença, mas que a consegue transmitir. Alguns animais como o macaco ou o javali, ao comerem frutos contaminados com a saliva dos morcegos, podem infectar os humanos se fizerem parte da alimentação.


«O mortal vírus Ebola: A primeira vez que o vírus Ebola surgiu foi em 1976, em surtos simultâneos em Nzara, no Sudão, e em Yambuku, na República Democrática do Congo, numa região situada próximo do Rio Ebola, que dá nome à doença. Há cinco espécies do vírus Ebola: Bundibugyo, Costa do Marfim, Reston, Sudão e Zaire, nomes dados a partir dos locais de seus locais de origem. Quatro dessas cinco cepas causaram a doença em humanos. Mesmo que o vírus Reston possa infectar humanos, nenhuma enfermidade ou morte foi relatada.»

 Carne de animais selvagens

Quando um indivíduo é contaminado por qualquer destes tipos de vírus e sobrevive, passa a estar imune a essa estirpe mas não às dos outros quatro tipos.
O vírus Ebola Zaire é a estirpe mais mortal e tem sido identificada como a causa do surto actual.


O agente causador ebolavírus de forma filamentosa sem classificação - é transmitido através do contacto directo com o sangue, vómito, secrecções, urina, fezes, suor, lágrimas e sémen de doentes (mesmo após a morte) ou do consumo da carne de alguns animais selvagens. 
Os primeiros sintomas podem surgir entre  2 a 21 dias após a contaminação
Após 1 semana, aumentam e agudizam-se.
O estágio final da doença caracteriza-se por intensas hemorragias internas e externas 
Uma a duas semanas após o inicio dos sintomas (ou até um mês após a infecção inicial), o vírus destrói o cérebro, a vítima entra em coma, geralmente com convulsões epilépticas e morre.


Ciclo da transmissão do ebola

O vírus é temido não só pela rapidez da evolução da doença  mas também pelo sofrimento do doente. Na maioria dos casos todo o organismo se destrói - a pessoa chega a vomitar pedaços de intestino com sangue.
No entanto, ao contrário da gripe, é necessário estar muito próximo e em contacto mais íntimo com o paciente, para se ser contaminado.



As populações africanas são infectadas em maior número devido aos seus costumes culturais - as famílias têm o hábito de lavar o corpo dos mortos manualmente.

O diagnóstico faz-se através de análise do sangue

Não há tratamento ou vacina eficaz.

Para que a doença não se torne uma epidemia, é necessário isolar os pacientes suspeitos; informar os funcionários hospitalares a fim de terem o máximo cuidado com os aparelhos, fluidos corporais dos doentes e lixo hospitalar usando luvas, vestuário adequado e máscaras individuais; impedir os familiares de tocar no corpo dos falecidos e  enterrar ou cremar imediatamente os mortos, assim como as roupas.



A OMS tambem alerta que os táxis que transportam famílias com algum membro suspeito de ter ebola em busca de tratamento, são locais de intensa transmissão do vírus letal.

Tenho-me questionado frequentamente sobre este ébola! 
Porque é que o virus/doença só surgiu passados tantos séculos?
Os morcegos já devem existir há uma infinidade de anos e as características culturais das aldeias africanas também.

Procurando respostas...

- Só em Março passado, quando a  Guiné Conakry comunicou os primeiros casos de um surto de ebola e que rapidamente se estendeu a outras nações da África ocidental, é que a doença passou a ser considerada uma ameaça para a saúde global e até mesmo um possível agente de guerra biológica...

Desde então, adoeceram mais de três mil pessoas e morreram cerca de 1.600
Além da Guiné Conakry, a doença estendeu-se à Libéria, Nigéria, Serra Leoa, Senegal e novamente à República Democrática do Congo
Prensa Latina



- Faz-se crer que a indústria farmacêutica não tem tido muito interesse em pesquisas estratégicas sobre o tema
Andrea Marzi e Heinz Feldmann, do instituto de virologia NIAID disseram, num artigo publicado em Abril que, com surtos esporádicos a afetar apenas um pequeno número de pessoas em África, não existe mercado comercial para uma vacina contra a doença. Consideram que está ainda bastante localizada...
... mas a medicina militar manifesta abertamente interesse em procurar uma alternativa.
As Forças Armadas dos Estados Unidos afirmaram, num congresso de medicina há já algum tempo, que estão procurando fazer um medicamento através do Walter Reed National Military Medical Center, em Maryland, “porque os terroristas podem usar o ebola como arma bacteriológica para atacar uma embaixada americana, por exemplo”.
O contingente de soldados espalhados pelo mundo é muito grande...


- Nos Relatórios do Departamento de Defesa dos EUA (DoD-Department of Defense) sobre a participação no financiamento de testes com o vírus Ebola em seres humanos, os ensaios começaram poucas semanas antes do surto de Ebola na Guiné e Serra Leoa. 
Os relatórios afirmam que o DoD fez um contracto no valor de US$ 140 milhões de dólares com a Tekmira, uma empresa farmacêutica canadense, para pesquisas com o vírus Ebola e que esse trabalho implicou a injeção e a contaminação de seres humanos saudáveis ​​com o vírus mortal Ebola.


- Ebola, epidemia global?

O risco de o vírus ser disseminado de África para a Europa, Ásia ou Américas é extremamente baixo, de acordo com o professor belga Peter Piot, um dos inventores do vírus Ébola, cientista que actualmente chefia a prestigiosa Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres...
E sublinha que, mesmo que um portador viaje até esses continentes ou até outra região de África, não acredita que possa originar uma epidemia importante, porque a infecção requere um contacto muito próximo.
Nos países ocidentais o virus não é altamente infeccioso porque a higiene bloqueia qualquer expansão de casos de transmissão de uma pessoa para outra.

Porém, passou a assegurar (Expresso, 9 de outubro de 2014, em a "incrivel-historia-da-descoberta-do-ebola”):
O surto que vivemos atualmente - e que, com o caso de contágio em Madrid, já escapou ao controlo do continente africano - é mais do que uma simples epidemia. "Isto deve ficar claro para todos: isto não é apenas uma epidemia. É uma catástrofe humanitária. Não necessitamos apenas de cuidados de saúde, mas também especialistas em logística, camiões, jeeps e productos alimentares. Uma epidemia como esta pode desestabilizar regiões inteiras. Tenho esperança que consigamos controlá-la. Nunca pensei que pudesse chegar a este ponto."


Em que ficamos, Dr. Peter Piot?
Uma "ajudinha" para se aceitar a reedição dum negócio das arábias à custa da ingénua boa-fé e da desinformação do incauto cidadão'?

16 10 2014
- "Medicos não conseguem acompanhar mutações do ebola".


Alexander Butenkovirologista, diz que o vírus ebola está a evoluir rapidamente. Actualmente, já se conhecem seis tipos desse vírus criando, cada um, as suas próprias variedades sem que se consigam contar quantas 
Além do vírus do primeiro tipo, que foi descoberto no Zaire (hoje República Democrática do Congo), em 1976, existem genótipos que diferem dele. É o vírus ebola Sudão. E também outro vírus que foi isolado na Costa do Marfim. E também uma variedade descoberta na Uganda. E depois também o vírus Reston que foi isolado nos Estados Unidos e na Itália entre macacos das Filipinas. Depois descobriu-se que circula ativamente na natureza das Filipinas e da Indonésia um vírus que envolve porcos no círculo de seus hóspedes, mas difere em não ser patogênico. E o mais recente genótipo do vírus ebola foi isolado de morcegos na Espanha. Assim surge um grupo de vírus heterogêneos que são diferentes do protótipo original do vírus ebola. Essa diversidade mostra que a evolução prossegue. Portanto, certamente haverá mais mutações.
E cada subtipo de vírus requere sua própria vacina.
Será necessário estudar uma vacina abrangente.

A China já enviou a vacina experimental JK-05 para países da África Ocidental. Foi desenvolvida na Academia de Medicina Militar da China para o exército chinês em situações de emergência e os médicos também estão dispostos a experimentá-la, embora não tenha sido ainda permitida a utilização generalizada
Entretanto, os profissionais de saúde americanos que cuidaram do liberiano Thomas Duncan num hospital do Texas (acabou por morrer), ficaram doentes.

Segundo a OMS, foram registados até esta data, cerca de 9.000 casos de ebola. 
Nun futuro próximo, se a epidemia não for controlada até ao fim do ano, serão infetadas cerca de 10 mil pessoas por semana.
ceifadores, blogue; Voz da Rússia noticias


- Ebola: vírus criado pela engenharia genética


Alguns cientistas referem que estão a ser testadas armas bio em africanos como o Ebola e AIDS e que são doeças mortais; outros, dizem que faz parte do plano para reduzir a população mundial.
Para os interessados, fica o poste e o site com o tema desenvolvido.


Posted by Thoth3126 on 08/10/2014

- Depois de ter lido toda esta informação, quase acredito que o filme de suspense lançado em 1995, Outbreak (Epidemia), em que o vírus sofre uma mutação e passa a ser transmitido pelo ar (o que seria quase impossível de ocorrer), já é o apocalipse desta horrorosa epidemia, com o "aviso" de que até será necessário inventar a tal vacina abrangente e destruir todos os contactos!


Sinopse do filme
Em 1967, um vírus desconhecido extermina a população e os animais de uma pequena tribo no Zaire. O governo decide então criar a operação Limpeza Total utilizando um avião que lança uma bomba no acampamento no qual as pessoas estavam contaminadas. Mas alguns macacos conseguem fugir. Um dos macacos, portador do vírus, é introduzido clandestinamente para a pequena cidade fictícia de Cedar Creek, na Califórnia, e contamina o jovem Jimbo. Em pouco tempo, a doença começa a mostrar sinais de que se está a espalhar a uma velocidade assustadora. O Dr. Daniels, junto de sua ex-esposa, Dra. Robby Keough, luta contra o tempo para descobrir o antídoto.
Durante o filme são infectadas várias pessoas da sua equipa de pesquisas, provocando o pânico e a necessidade de acabar com o vírus o mais rápidamente possível

Imagens Google

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

QUESTÃO DE IDENTIDADE



Identidade

Conheço pessoas ( muito poucas!) que: “fazem parecer que é sempre primavera”; são feitas de coração; com o tempo, envelhecem o corpo mas não a emoção; são de abraço espontâneo; transmitem com os olhos o que palavras não saberiam dizer; poetizam sem esforço o mundo que as rodeia; não precisam de raio X da alma para saber se é nobre; têm como marca própria, ser gentis e amáveis; são incondicionalmente altruistas; interpretam o mundo de forma simples; partem sempre do princípio que as coisas podem dar certo; sentem-se como se não houvesse lei da gravidade; enfrentam os obstáculos como um desafio; vivem com o que realmente é importante; sabem orientar o seu próprio destino.

Porque são elas assim?
Porque são. Ou porque sim. 
Algumas coisas simplesmente são. Ponto final.

Ponto. Mas não final. E avanço com os resultados de um estudo feito por um grupo de pesquisadores alemães e pelo Departamento de Biologia Celular e Molecular do Instituto Karolinska da Suécia, que provou que até gémeos idênticos, compartilhando o mesmo genoma (monozigóticos) e crescendo no mesmo ambiente, têm personalidades distintas.



Gerd Kempermann                           Instituto de Karolinska 


O que nos individualiza, é a neuroplasticidade.

E quem o explica cientificamente, é o médico Gerd Kempermann, ligado à Universidade Tecnológica de Dresden e ao Centro  de pesquisa alemão para Doenças Neurodegenerativas. 
Sublinha que, diferentemente de outros tipos de plasticidade, como o nível de sinapses (conexões de neurónios), a neurogénese pode ser facilmente quantificada.
Os neurónios são formados, na sua maior parte, até pouco tempo depois do nascimento de um mamífero, com excepção dos que constituem duas pequenas áreas do cérebro: o bulbo olfativo e o hipocampo. No caso humano, só na segunda há registo de neurogénese.
“A relação entre neurogénese em cérebros adultos e individualização, sustenta a ideia de que uma das funções-chave do aparecimento de novos neurónios em adultos é modelar a conectividade dos neurónios no cérebro, de acordo com as necessidades individuais.


” Localização do hipocampo (a vermelho)  num corte do cérebro visto de cima, com a frente na parte superior da imagem.
A formação de novos neurónios nessa estrutura está diretamente relacionada com a quantidade de desafios cognitivos enfrentados por uma pessoa.
(imagem - Washington Irving/ Wikimedia Commons)

O estudo trata do mistério e da controvérsia de como ambientes diferentes ou o modo como vivemos,  nos transformam em quem somos.
“Sabemos que todos temos um cérebro individual”, diz.



Quando um óvulo é produzido e fecundado por um só espermatozóide e se divide em duas culturas de células completas, dá origem aos gémeos idênticos ou univitelinos, sempre do mesmo sexo
Os gémeos idênticos têm o mesmo genoma e são clones um do outro. Porém, mesmo iguais em tudo, têm impressões digitais diferentes.
Isto acontece porque, mesmo no pequeno espaço do útero materno, há contacto com partes diferentes desse ambiente, facto que causa variações digitais em cada um deles
Não há conhecimento de duas impressões digitais idênticas registadas em banco de dados.


Existe uma corrente, constituída principalmente por portadores da síndrome de Asperger (uma variedade do autismo), que defende o autismo não como uma doença, mas com uma variante neuronal, uma outra forma de ser. 
Folha de São Paulo, 28/04/2011

Pelo “Princípio de identidade”, princípio fundamental da lógica tradicional, "uma coisa é idêntica a si mesma"...



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