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quinta-feira, 19 de março de 2015

DIA DO PAI

Dia do Pai, de todos os pais
E do meu Pai
Passageiro contrariado num cais
Donde saiu
Destrancado, sem arrais
Para onde?

Se me ouvir lá nesse lugar
Desconhecido
Quero dizer, sem vacilar
Quanto falhei
Por tão pouco lhe dar
Dando tudo.

Sinto falta das conversas
Do sorriso
Das anedotas dispersas
No pátio
Das tardes de verão imersas
No passado!

Não seria nada do que sou
Com desamor
Embora como o destino rumou
Sem opção
Não fosse o que me desejou
Mas cresci.

Hoje deixo aqui o meu abraço
Agradecida
Porque a cadeira do terraço
Apenas é.


j

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