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sábado, 25 de abril de 2015

UM HINO À MÚSICA / ANOS 60 - 3





É sempre com saudade que falo da minha década de 60 
Ela foi, até hoje, a de maior revolução cultural e comportamental com influência nas artes, na música ideologias.

E penso que, só quem efectivamente viveu nessa época, poderá compreender o privilégio daquela geração.





As Músicas

De vários estilos, elas têm conseguido agradar e manter-se actuais ao longo de todas as décadas seguintes.

Apesar de as primeiras manifestações psicadélicas no Rock terem surgido na Inglaterra em 1965 através de Syd Barrett e Pink Floyd, foi nos EUA que o estilo cresceu e atingiu o auge em 1969, no festival Woodstock.
Bandas como CreamThe 13th Floor Elevators, The Byrds e Beach Boys, marcaram toda uma trajectória de revoluções pessoais, guerras, conflitos políticos, libertação feminina e sexual.
Gostaria de não escolher algumas em detrimento de outras porque todas são relevantes e inesquecíveis.

Outras e algumas:

Puppet on a String - Sandie Shaw, Oh Pretty Woman - Roy Orbison, Oh! Carol - Neil Sedaka, Downtown - Petula Clark, These Boots Are Made for Walking - Nancy Sinatra, Oh Happy Day - Edwin Hawkins Singers, Twist And Shout - The Beatles, The Time Of My Life Jennifer Warnes,  Stayin' Alive - Bee Gees, Smooth Criminal - Michael Jackson, Summer Nights - John Travolta e Olivia Newton John, Still Loving You - Scorpions,  Sacrifice - Elton John, California Dreamin - The Mamas & the Papas, All I Have To Do Is Dream -The Everly BrothersBob Dylan, Joan Baez... Frank Sinatra, cuja carreira começou em 1930, dominou durante várias décadas o panorama musical norte-americano e mundial com My Way, uma canção inicialmente escrita em francês mas reescrita por Paul Anka para a sua voz.

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A Lenda De El-Rei D. Sebastião - Quarteto 1111, Canção Verdes Anos - Carlos Paredes, É Preciso Avisar Toda A Gente - Luís Cília, Ele E Ela - Madalena Iglésias), Estranha Forma De Vida - Amália Rodrigues, Hully Gully Do Montanhês - Conjunto Académico João Paulo, Lado A Lado - Tony de Matos, O Lenço - Alfredo Marceneiro, O Vento Mudou - Eduardo Nascimento, Os Vampiros - José Afonso, Pedra Filosofal - Manuel Freire, Povo Que Lavas No Rio - Amália Rodrigues, Sol De Inverno - Simone de Oliveira, Trova Do Vento Que Passa - Adriano Correia de Oliveira, Oh Tempo Volta pra trás  - António Mourão, Maria Rita - Duo Ouro Negro... e Artur Garcia, considerado o "Rei da Rádio" em 1967 e "Príncipe do Espectáculo" em 1969, que foi um dos cantores portugueses mais aplaudidos nos anos 60, sem preterir António Calvário.

  

música francesa tem perdido terreno nas rádios, televisões e imprensa em geral devido à supremacia atribuída aos valores culturais anglo-saxónicos. 
Mas foram as melodias francesas de letras românticas, caracterizadas pela maior flexibilidade das formas musicais procurando focar mais o sentimento, as minhas predilectas:
Claude François Belinda; Carla BruniL’amoureuse; Serge GainsbougMarilou sous la neige; Sylvie Vartan - Non je ne suis plus la meme; Françoise Hardy avec Jacques DutroncPuisque vous partez en voyage; Berry Capri France Gall - “Poupée de cire poupée de son”; Sacha Distel & Richard Anthony – Medley; Charles Aznavour - Et pourtant, Que c'est triste Venise; Jacques Brel On n'oublie rien, Ne me quitte pas, Quand on n'a que l'amour, Les filles et les chiens, J'aimais, La parlote Les bourgeois, Le bon Dieu, Si c’était vrai, La ville s'endormait ; Gilbert Bécaud - Je reviens te chercher; Adamo - C’est ma vie, Vous permettez monsieur; Elvis Presley, Edith Piaf....




A canção ligeira italiana, agradável, lindíssima e inesquecível, interpretada com simplicidade e com alma, fica no ouvido:
Rita Pavoni - Cuore; Gianni Morandi - Scende la Pioggia, Tu sei l’unica donna per me; Bobby Solo - Non Son Degno de Ti, Lacrima sul viso; Sergio Endrigo, Domenico Modugno - Come Prima Più Di Prima; Teddy Reno - Arrivederci RomaGigliola Cinquetti... 




As primeiras boites surgiram na Linha do Estoril (O Caixote em Cascais e Le Cerveou no Estoril). 
As músicas do filme O Zorba tinham- se transformado numa “epidemia”.




Em 1965 são inaugurados o Van Gogo, com pista onde se dança o ié-ié e só entra quem é conhecido ou faz parte do círculo do dono, figura muito in daquele tempo, o Porão da Nau na Av. Fontes Pereira de Melo, junto ao cinema Monumental e A Ronda no Monte Estoril, minha preferida.  
As boites são decoradas com muitos sofás e espaços de dança reduzidos, animadas pelos sons norte-americanos.
No bar do casino, o Wonderbar, com tradição boémia, ceias até tarde e noites dançantes, ao ritmo da orquestra a tocar os sons franceses, o twist e muito chá-chá-chá tornou-se mais animado.


                            Casino

A Ronda

Lembro-me de festas-dançantes em casa de amigos que tinham e tocavam piano e de jantar em restaurantes com pista de dança como A Lareira (onde hoje será o Foxtrot, no Príncipe Real?) ou O Mónaco na estrada marginal de Caxias, boite da moda e salão de chá, que tinha música dançante latina, jazz e tango, tocada diariamente pelo maestro Shegundo Galarza e um guitarrista. 

Algumas vezes havia artistas que cantavam “ao vivo” como José Cid e João Braga.


O Mónaco

Aquela seria a primeira geração que sai à noite em grupos mistos e circula de carro pela cidade, fazendo a ronda das discotecas que, entretanto, foram aparecendo na década de 70.

Acho que a nova geração perdeu o romantismo...


Imagens e videos google

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