Os desenhos referidos na página "VAGABUNDO POR OPÇÃO" de 22/06/19, Gago Coutinho e Sacadura Cabral, neste Blog
Documentário:
A rota completa Lisboa-Las Palmas - Gando - São Vicente - São Tiago - Penedos - Fernando de Noronha - Recife-Baía (Salvador) - Porto Seguro - Vitória - Rio de Janeiro.
A rota completa Lisboa-Las Palmas - Gando - São Vicente - São Tiago - Penedos - Fernando de Noronha - Recife-Baía (Salvador) - Porto Seguro - Vitória - Rio de Janeiro.
Gago Coutinho era um cartógrafo ao serviço da Marinha com
muitos conhecimentos obtidos através da prática em várias missões de
cartografia nas colónias portuguesas do continente africano e Sacadura Cabral era um piloto
com larga experiência de voo.
Conheceram-se em África e ambos se
preocupavam com problemas de localização e orientação da navegação portuguesa
em alto-mar.
Com apenas um sextante aperfeiçoado de
modo a permitir a orientação do avião em pleno voo sem necessidade de
visualizar directamente o horizonte e um corretor de rumos inventado para
rectificar os desvios causados pelo vento, após terem feito vários testes, aproveitaram
a celebração da independência do Brasil e rumaram até lá no hidroavião "Fairay3", baptizado de Santa Cruz (e mais dois aparelhos perdidos ao longo do percurso, por razões técnicas e climatéricas).
Apesar das muitas dificuldades vencidas e das mais de 4 500 milhas marítimas percorridas, a viagem foi um sucesso não só por ter sido a primeira travessia do Atlântico Sul, mas também porque era a primeira vez que, na História da Aviação, se tinha viajado sobre o Oceano Atlântico apenas com o auxílio da navegação astronómica a partir do aeroplano.
Com o novo tipo de sextante inventado por Gago Coutinho (adaptação de um horizonte artificial para medir a altura dos astros), provou-se que era possível realizar voos de grande distância com
precisão.
Imagens Google
Hidroavião
Fairey F III-D nº 17 "Santa Cruz" (Museu de Marinha de Lisboa).
Apesar das muitas dificuldades vencidas e das mais de 4 500 milhas marítimas percorridas, a viagem foi um sucesso não só por ter sido a primeira travessia do Atlântico Sul, mas também porque era a primeira vez que, na História da Aviação, se tinha viajado sobre o Oceano Atlântico apenas com o auxílio da navegação astronómica a partir do aeroplano.
Gago Coutinho e o seu sextante
Este aparelho revolucionou a navegação aérea da época e passou a ser utilizado na indústria aeronáutica, nas décadas seguintes, em todo o mundo.
Dois anos depois da viagem, Sacadura Cabral desapareceu no Mar do Norte quando transportava um avião Fokker para Lisboa. O corpo nunca foi
encontrado e do aparelho apenas foi recolhido um flutuador.
Gago Coutinho morreu em 1957, com 90 anos. Teve uma carreira longa dedicada ao serviço da
Marinha e da Aviação como historiador e investigador de história náutica.
E julgo não errar se disser que o autor dos desenhos em cima, B., poderá ser um dos seus descendentes
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