Era uma
manhã como tantas outras, em que eu e as minhas alunas, juntamente com a equipa
de clínicos da Especialidade, nos “ arrumávamos” para ouvir as diversas apresentações
de “casos” e as sábias explicações do Director do Serviço, ao levantar
a cabeça ligeiramente para começar a pequena/longa peregrinação, dei , surpreendentemente
(não esperava nada de novo no habitual conjunto de pessoas), com um rasgado sorriso, quase mágico, a olhar para
mim, num rosto trigueiro muito bronzeado.
😊💬
Se apaixonar
é "sentir correr o sangue nas veias", expressar no olhar o que as palavras não
seriam capazes de traduzir e deixar transparecer o melhor que em nós existe,
então foi isso que aconteceu.
Reciprocamente.
E assim
foi, há muito, muito tempo, durante quatro anos. Apenas. Porque assim teve que
ser, sem que o sonho se transformasse em realidade. Com muitas histórias que ficaram por contar.
Mas porquê
a relevância deste acontecimento, agora?
Há uns dias,
uma amiga perguntou-me se eu conhecia um bom especialista num determinado âmbito de doenças.
Não sei de nenhum, não - respondi. Para mim (e para muitas outras pessoas, pois fazia parte da
lista dos 20 melhores do País), o que estava acima do bom já não deve trabalhar…
E, por
curiosidade, fui investigar na Internet.
Não constava. No lugar da habitual foto apareceu o Logótipo da empresa. Sem mais!
Fiquei perplexa. Não só pela surpresa mas, sobretudo, porque sempre pensei que seria “imortal”.
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