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sábado, 5 de setembro de 2020

PERSONA/ MUNDOS


Cada corpo em movimento tem um centro de gravidade percorrido por uma trajectória orientada, de certo modo, pela mente, que já nasce com uma estrutura capaz de determinar o seu desenvolvimento no futuro e a sua interacção com o meio em que vive.
Poderá dizer-se que o poder de mudar o mundo está em cada um de nós...e que se é senhor do próprio destino?
Antes de mais, será que conhecemos, pelo menos, o nosso próprio mundo? Porque, na realidade, ninguém se expõe completamente, ninguém é só o que parece ser – há sempre medos, desejos, mágoas que se guardam.
Depois, todos somos diferentes na forma de ver e enfrentar o universo dos outros, também ele singular e misterioso.
Todas as pessoas passam por uma adaptação que pode ser crucial para o desenvolvimento da personalidade. O arquétipo persona, personagem-aparência é o responsável por essa integração que todos assumimos perante a sociedade, tanto nos papéis sociais como na roupa que escolhemos ou no modo como nos expressamos influenciando positiva /negativamente a identificação do ego.
Acredito que há acontecimentos que não se conseguem evitar mesmo e que determinam ou influenciam a orientação que gostaríamos de tomar.
Por outro lado, falando de pobreza/riqueza, por ex., aceito a explicação dada por Tom Corley quando diz que a “diferença entre as pessoas mais ricas e as mais pobres não se limita ao número de dígitos que têm nas contas bancárias. A quantidade de dinheiro que cada um tem costuma ser uma consequência e não uma causa das diferenças. É por isso que muitos ricos vão à falência e poucos anos depois recuperam o que perderam, enquanto muitas pessoas pobres, quando ficam ricas em lotarias ou similares, poucos anos depois retornam para a situação financeira difícil que se encontravam.”  Os hábitos diários determinam se uma pessoa será rica, pobre ou de classe média durante a sua vida.
Um homem, que hoje conta com 54 anos, ganhou a lotaria em 1995. O seu prémio, um dos primeiros a sair na lotaria nacional, ascendeu a 8,3 milhões de euros. Depois de ter comprado vários artigos de luxo, hoje vive num apartamento de pequenas dimensões, com amigos sem-abrigo, tendo perdido toda a sua fortuna, num misto de maus investimentos e infortúnios. Mundo-ao-Minuto
Mas há outra pobreza... 




E outra riqueza...
A riqueza gananciosa que obscurece a mente, faz esquecer o bem comum e é quase sempre alimentada por mentiras e corrupção, destruindo valores de sociedades inteiras



 Damon descreve imagens como um 'zumbido visual' (Foto: Thinkstock/BBC)


E como será o mundo de um cego

Todas as pessoas são portadoras de quatro funções cognitivas principais.
Devemos ter uma função que indique algo que existe - a sensação ; outra, o pensamento, que estabelece o que isso significa; a terceira expressa se aquilo nos convém e se queremos aceitar essa coisa ou não - o “sentir”;  e a última, a intuição, que serve como uma percepção inconsciente das coisas, indicando “de onde vieram e para onde estão indo”. Carl Jung, psiquiatra suíço fundador da psicologia analítica
E o cego não percebe a presença dos olhares. O olhar facilita as relações pessoais, a transmissão de aprovação ou recusa de uma relação de amizade.
Logicamente, pressupõe-se  que, quando a visão desaparece, a pessoa fica na escuridão. Mas nem sempre é assim. É o caso do jornalista da BBC Damon Rose que perdeu a visão na infância e hoje vê, permanentemente, luzes coloridas. Diz: "Do que eu sinto mais falta é da escuridão". Perdi a minha visão há 31 anos, graças a uma cirurgia mal feita e no certificado de registo da deficiência há três letras, agora desbotadas, NLP (ausência de percepção luminosa, na sigla em inglês).


Imagens Google

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