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sexta-feira, 28 de maio de 2021

NASCEU NA GUARDA!

 

Ao verificar que o doodle do motor de pesquisa do Google estava ilustrado com a figura de Carolina Beatriz Ângelo (1879-1911), quis associar-me à  iniciativa desta homenagem a uma mulher valorosa, diferente, pioneira porque:

Profissionalmente, além de, em 1902,  se ter licenciado em medicina, foi primeira na  prática cirúrgica em Portugal e especialista em Ginecologia (única mulher no curso), uma área ainda tabu naquela época.

Como destacada feminista e republicana, em 1906,  aderiu ao Comité Português da Associação Feminina Francesa La Paix et le Désarmement par les Femmes, cuja finalidade era a resolução dos conflitos internacionais através de uma arbitragem exclusivamente feminina

Em Maio de 1911 conseguiu ser, também, a primeira mulher portuguesa a votar nas eleições para a Assembleia Nacional Constituinte, com simultânea cobertura de jornais de toda a Europa.

E, entre muitas, muitas outras coisas, é guardense; nasceu na cidade da Guarda, berço da Língua Portuguesa , distrito da minha Beira Alta.


Houve um tempo em que também eu quis experimentar a sensação de votar pela primeira vez, em 1969, após a substituição de Salazar por Marcelo Caetano , donde saiu a “Ala Liberal”, constituída por Sá Carneiro, Pinto Balsemão, Magalhães Mota, Miller Guerra (foi meu distinto professor) e outros.

Houve um tempo, após o 25 de Abril, em que a minha Escola me elegeu (sem nunca ter sido sindicalizada) para a representar em grupos de "discussão de ideias" no caso de ter que tomar um rumo político.

Houve um tempo em que fui nomeada como membro de mesas de voto na minha Freguesia.

Houve um tempo em que acreditei na Democracia e o dia em que ir votar era uma festa


Magalhães Mota, Sá Carneiro, Miller Guerra

Há um tempo que deixei de votar. Não quero sentir-me responsável por qualquer um dos que lá costumam ficar. Não me vejo representada por nenhum deles

 

Imagens NET

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