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segunda-feira, 10 de junho de 2024

"ENEIDA LUSITANA"


Hoje é o dia de Portugal erguer mais alto a sua bandeira, símbolo da sua soberania, independência, unidade, integridade, historia, valores, sentimentos, lutas, patriotismo.

“Há muita semiótica escondida no uso das bandeiras que age sobre o inconsciente. Triunfam porque provocam grandes emoções. Quando a identidade está em perigo, a pessoa apoia-se  na bandeira” José Enrique Ruiz-Domènec, professor de história na Universidade Autónoma de Barcelona.
“Quando a bandeira passa a identificar uma coletividade ela começa a ter uma carga simbólica mais forte e mais emocional. As pessoas precisam de se identificar com um grupo, e a bandeira é uma forma simples de expressar uma ideia muito complexa.” José Manuel Erbez, bibliotecário da Universidade de La Laguna e secretário da Sociedade Espanhola de Vexilologia (a ciência que estuda as bandeiras).




Inspirado num passado glorioso, Camões busca a identidade de um povo em "Os Lusíadas" - Quem somos, o que nos define, que missão temos na História.
"A verdade que eu conto, nua e crua, vence toda a grandíloqua escritura!" Os Lusíadas, Canto V, 89.

A sua vida, em muitos aspectos, continua a ser um mistério porem, a sua poesia, de uma grande beleza literária, faz de Os Lusíadas uma obra universal, com traduções em várias línguas como espanhol, russo, francês, alemão, italiano, húngaro, holandês, japonês, dinamarquês, sueco e esperanto.
Com Luís Vaz de Camões, Portugal  relembra os feitos passados do povo lusitano e os milhares de portugueses que vivem fora do país.


Jorge Luís Borges
(Buenos Aires, Argentina, 1899 – Genebra, Suíça, 1986)

A Luís de Camões

Sem lástima e sem ira o tempo arromba
As heroicas espadas. Pobre e triste
À tua pátria nostálgica voltaste,
Ó capitão, para nela morrer
E com ela. No mágico deserto
Tinha-se a flor de Portugal perdido
E o áspero espanhol, antes vencido,

Ameaçava o seu costado aberto.
Quero saber se aquém da ribeira
Última compreendeste humildemente
Que tudo o perdido, o Ocidente
E o Oriente, o aço e a bandeira,
Perduraria (alheio a toda a humana
Mutação) na tua Eneida lusitana.

Jorge Luís Borges
In: O fazedor. Lisboa: Difel, 1985.




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E Amália Rodrigues canta Camões


1965
Amália editou um disco de 45 rotações - Amália Canta Camões - com gravações de "Erros Meus", "Lianor", "Dura Memória". 
Na mesma altura, diversas personalidades do meio literário e artístico, como Hernani Cidade, David Mourão Ferreira, Alain Oulman, Alexandre O´Neill, José Gomes Ferreira, Urbano Rodrigues, Maria Teresa de Noronha e Júlio de Sousa, davam o seu parecer sobre esta inovação, "atípica no Fado". Uns eram a favor mas outros, totalmente contra.
Camões, o príncipe dos poetas, não deveria ser cantado no Fado…
Amália e os Poetas - Fundação Amália Rodrigues



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