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sábado, 31 de maio de 2014

SEM TÍTULO


Tristeza, obra de Ivan Guayasamin

De alma roubada
Hierarquizada
Entre os que calam
E os que mandam,
Pela doença social
Tornada individual
Com direito a razão
Só vê rejeição
Lobbies pra apoiar
Outros pra afundar
De ombros cansados
Em silêncio apoiados
Sitiada na cobiça
Com falta de justiça
Que não vê o mundo
Ficar moribundo
Procura refúgio
Como subterfúgio
Num imaginário
Mutante cenário




“Tristeza não tem fim
Felicidade sim”
.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

O RETORNO À IDADE MÉDIA ?


-“Can you tell me where my country lies?"
said the unifaun to his true love's eyes.
-"It lies with me!" cried the Queen of Maybe
For her merchandise, he traded in his prize
Genesis, Dancing With The Moonlit Knight, 1973


Unifaun = Junção de Unicorn (unicórnio) com Faun (Fauno, na mitologia romana, o Deus dos campos e dos pastores). Foneticamente, unifaun torna-se um trocadilho com a palavra Uniform (uniforme, farda). O personagem Unifaun representa a velha Inglaterra histórica
É uma canção que crítica a sociedade capitalista inglesa pelo seu modelo económico baseado no consumismo. E adiciona à temática elementos do folclore inglês, referências à história do Rei Arthur e aos Cavaleiros da Távola Redonda.
O unifaun comercializa a mercadoria (leia-se Inglaterra) com ela.
Os membros de uma sociedade capitalista são ironizados ao serem comparados com os atores do Mummers Play.


 
Thomas Woodrow Wilson

Tudo começa em 1919, com o Federal Reserve Act assinado pelo Presidente do Estados Unidos T.W. Wilson- a moeda dos EUA é emitida agora pelos privados.

Richard Milhous Nixon

Continua em 1971, com a revogação da convertibilidade da moeda e ouro pelo Presidente R. Nixon. Com esta medida o dinheiro já não representa a riqueza dum País, o seu ouro, mas torna-se uma riqueza volátil, retirada das mãos dos cidadãos.

A seguir, faz-se a omissão dos bancos centrais nacionais da Europa em favor dum só banco central, o BCE, privado, que emite moeda própria.
Como resultado, os cidadãos perderam definitivamente qualquer contacto com o ouro do Estado e são obrigados a utilizar exclusivamente um meio de pagamento privado, sem valor intrínseco.
Entretanto, os bancos, todos privados ou controlados pelos privados, capturam os Estados no mecanismo da dívida pública e conseguem enriquecer cada vez mais.


Os Estados ficaram apenas com um monte de papel. Os bancos com o ouro.
O dinheiro que utilizamos já não é público, é privado; já não é riqueza, é papel.

Os Estados abdicaram do seu papel traindo os próprios cidadãos. Entregaram o ouro e o poder a uns poucos privados. O ouro e o poder andam sempre juntos.
Um Estado que não pode controlar a própria economia já não é um Estado - é uma ilusão de Estado.
Perdida a posse da própria riqueza, morre. Apenas continua a existir a Nação (por enquanto).

Os Estados morreram porque foram vendidos. Logo, nós cidadãos, que somos os Estados, fomos vendidos, com as nossas riquezas e os nossos direitos.
Os partidos, criados e eleitos para tratar dos interesses de todos, traíram a confiança dos próprios eleitores e venderam as vidas dos cidadãos aos bancos privados.

Hoje, os termos Estado, República, Democracia, deixaram de ter sentido e continuam a organizar rituais vazios como as "livres" eleições para criar uma aparência de legalidade a fim de o cidadão não perceber a realidade, para preservar a Grande Mentira - "fomos vendidos em troca de papel".



Os bancos, os megafundos, as dinastias financeiras, querem ser pagos em moeda forte e, portanto, criam uma propaganda na qual estamos constantemente ameaçados pela inflação, mesmo com a economia em colapso diante dos nossos olhos. Evitam que a moeda ganhe valor e criam a depressão.

Tudo gira em torno da superstição de que é o Estado (ou o BCE na Europa) o único que produz dinheiro e que, se ficar sem notas tem como única solução ir buscá-las aos ordenados, reformas e poupanças dos cidadãos.

O comunismo morreu com a queda do muro de Berlim. A social-democracia morreu com esta crise financeira.



Foi nas décadas 80 e 90, quando houve um gigantesco movimento de privatizações maciças de empresas públicas, de desregulamentação e de liberalização, iniciado nos EUA de Reagan e na Inglaterra de Tatcher  estendendo-se depois a muitos países com o apoio do FMI e do Banco Mundial, que deixou o Estado fragilizado, submetido ao poder económico, incapaz de promover o desenvolvimento e o crescimento sustentado, conduzindo o mundo à primeira grande crise global.
Portugal também não escapou àquele movimento e o actual governo parece não ter aprendido nada com essa experiencia pois tenciona continuar a politica de privatização de empresas públicas.
As privatizações têm representado um fabuloso negócio para os grandes grupos económicos, incluindo estrangeiros, e um mau negócio para o Estado que perdeu assim uma importante fonte de receitas para aliviar as dificuldades orçamentais e reduzir o défice orçamental.


«A UE, "ao completar quase seis décadas de integração, que leitura podemos retirar da construção do idealizado neo-império europeu? Fazendo analogia com o Império Romano, vemos hoje na União Europeia a figura de uma imperador, que detém sozinho o poder centralizador, entre mandos e desmandos, com os demais Estados súbditos a fazerem-lhe a corte e a darem satisfações dos seus actos. Continuando a nossa analogia, vemos com clareza o neo-império dividido em dois grupos: dos cidadãos e dos não cidadãos. O primeiro grupo é composto por classes sociais, segundo a sua riqueza e o seu poder de influência, que lembra o Império Romano com as suas ordens senatorial, equestre e plebeia. O segundo grupo é formado por libertos e por escravos (…)
É oportuno lembrar algumas das razões que enfraqueceram o Império Romano até a sua queda, no Século V d.C.:
 a enorme extensão territorial, que dificultava a administração e a defesa; a falta de mão de obra, que levou a forte crise na produção de alimentos; o aumento de conflitos entre as classes senatorial, equestre e plebeia, gerando instabilidade política; o aumento da corrupção no centro do império e nas regiões conquistadas e a facilidade com que Odoacro se apossou de Roma, mostrando a extrema vulnerabilidade a que havia chegado o Império Romano do Ocidente. Esperemos que a história não se repita, e que os visigodos, os ostrogodos e os vândalos permaneçam nos manuais da antiguidade, para não regredirmos para a Idade Média ou, quiçá, para a Guerra Fria, se permitirem que o Império Russo, que já foi o terceiro império do mundo, ressuscite. O velho continente não merece tal destino!»
Elizabeth Accioly, advogada, é professora da Universidade Lusíada de Lisboa e do Centro de Excelência Jean Monnet, da Faculdade de Direito de Lisboa.


Fontes: Wikipédia e blog Informação incorrecta, entre outras

domingo, 25 de maio de 2014

"BLOWIN IN THE WIND"

Bob Dylan 

"Blowin 'in the Wind" é uma canção escrita por Bob Dylan em 1962 e lançada no seu álbum The Freewheelin' Bob Dylan em 1963. Embora tenha sido descrita como uma canção de protesto, que coloca uma série de perguntas retóricas sobre a paz, a guerra e liberdade, o refrão "A resposta, meu amigo, está soprando no vento" tem sido interpretada [por quem?] como "impenetrável ambíguo: ou a resposta é tão óbvia que está na cara ou é tão intangível como o vento ".

Blowin In The Wind - Peter, Paul & Mary


How many roads must a man walk down
Before you call him a man?
Yes, 'n' how many seas must a white dove sail
Before she sleeps in the sand?
Yes, 'n' how many times must the cannon balls fly
Before they're forever banned?
The answer, my friend, is blowin' in the wind,
The answer is blowin' in the wind.
How many times must a man look up
Before he can see the sky?
Yes, 'n' how many ears must one man have
Before he can hear people cry?
Yes, 'n' how many deaths will it take till he knows
That too many people have died?
The answer, my friend, is blowin' in the wind,
The answer is blowin' in the wind.
How many years can a mountain exist
Before it's washed to the sea?
Yes, 'n' how many years can some people exist
Before they're allowed to be free?
Yes, 'n' how many times can a man turn his head
Pretending he just doesn't see?
The answer, my friend, is blowin' in the wind,
The answer is blowin' in the wind.




Quantas estradas deve um homem percorrer
Antes que lhe chame um homem?
Sim, e quantos mares deve uma pomba branca percorrer
Antes que ela descanse na areia?
Sim, e quantas vezes devem as balas de canhão voar
Antes que elas sejam proibidas para sempre?
A resposta, meu amigo, está soprando no vento,
A resposta está soprando no vento...
Quantas vezes deve um homem olhar pra cima
Antes que ele consiga ver o céu?
Sim, e quantos ouvidos deve um homem ter
Antes que ele consiga ouvir as pessoas chorar?
Sim, e quantas mortes serão necessárias até que ele entenda
Que já morreram demasiadas pessoas ?
A resposta, meu amigo, está soprando no vento,
A resposta está soprando no vento...
Quantos anos consegue uma montanha existir
Antes que seja arrastada [pelas águas] para o mar?
Sim, e quantos anos conseguem algumas pessoas existir
Antes que lhes seja permitido serem livres?
Sim, e quantas vezes consegue um homem virar a cabeça
Fingindo simplesmente que ele não vê?
A resposta, meu amigo, está soprando no vento,
A resposta está soprando no vento...



As almas morrem de fome e estão nuas.

Têm o peso das palavras nunca ditas perante a crise financeira que altera a distribuição das cartas ideológicas e coloca os governos liberais diante das suas contradições.

Acho que o mundo precisava de parar para ser consertado!
Mas quem se importa com o quanto eu me importo?

Como diria Bob Dylan“A resposta, meu amigo, está soprando no vento. “The times are changing…”



sexta-feira, 23 de maio de 2014

PAUSA


O termo pausa deriva do latim pausa “parada” e designa paragem ou interrupção momentânea de um acto.

Pausa para reflexões sobre… a pausa, quase sempre relacionada com “intervalo”. 
O intervalo que repousa, revigora, redireciona, reavalia, harmoniza, reabastece, faz a diferença.

- Quando estou na estrada errada e não sei como sair dela para encontrar o rumo certo, faço uma pausa.  
“Nas mais importantes encruzilhadas da vida, não existe sinalização." Ernest Hemingway





- É, na música, o sinal com que se indicam as interrupções. As pausas são usadas para mostrar períodos de silêncio num compasso.
Muitas vezes as notas não tocadas são as que têm mais importância numa peça musical.
Uma boa orquestra é aquela que executa bem as dinâmicas das pausas e das continuidades. Mesmo no silêncio da pausa a canção continua.
“Assim como há a notação das notas musicais temos também a notação das pausas musicais. Quando se vê um símbolo de pausa na pauta musical, tudo o que devemos fazer é reconhecer o valor desse símbolo e não tocar nada durante as batidas que ele representa”. Academia musical


- É especialmente explorada no teatro do silêncio
“Contribui de forma clara para a construção de um determinado carácter, provoca um efeito dramático específico, sublinha relações entre os vários elementos intervenientes ou cria uma determinada atmosfera, normalmente trágica”.
Conta entre os meios utilizados para comunicar uma determinada informação. Acontece, por exemplo, em Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett: " Oh minha filha, minha filha! (silêncio longo) Desgraçada filha, que ficas órfã!...órfã de pai e de mãe... (pausa) (...) " (Acto III, cena 1, Manuel).


- Faz parte da estrutura e unidade rítmicas e melódicas de qualquer composição poética.
Na lírica, corresponde à interrupção que assinala a conclusão de um período rítmico. Pode ser ligeira, mais ou menos longa ou total, conforme se trate do final do verso, da estrofe ou do poema.





- Em termos narrativos é uma questão temporal que se integra no capítulo dedicado à duração (Gérard Genette 1972).
Constitui uma interrupção no tempo da história, favorecendo o tempo do discurso.
De entre as quatro formas fulcrais do movimento narrativo - elipse, sumário, cena e pausa – a última corresponde à extrema lentidão, que ocorre quando o narrador interrompe o fluir do tempo da história para o intercalar com reflexões ou descrições. E o normal curso do tempo cronológico é retomado onde foi interrompido.


- No romance naturalista, assume um carácter descritivo, visto que se torna necessário traçar um fiel quadro da realidade.
Quando o narrador tem uma postura crítica e faz parar o tempo cronológico com as suas intervenções reflexivas (intrusões do narrador e de digressões), a pausa serve esse veicular de ideologias e de opiniões.
"Bem sei, pois, que é defeito; é, será... mas que adorável defeito! [...] / Em geral, as mulheres parecem ter no cabelo a mesma fé que tinha Sansão: o que nele se ia, em lhos cortando, cuidam elas que se lhes vai, em lhos desanelando? Talvez; eu não estou longe de o crer; canudo inflexível, mulher inflexível. [...] / Enfim, suspendamos, sem o terminar, o exame desta profunda e interessante questão. Fica adiada para um capítulo ad hoc, e voltemos à minha Joaninha." Viagens na Minha Terra, de Almeida Garrett
(Dicionário de Termos Literários de Carlos Ceia)


-A FIFA aprovou pausas para hidratação durante os jogos.
Em causa estão, sobretudo, as partidas agendadas para as 13 h brasileiras. Os árbitros terão instruções para interromper os jogos sempre que a temperatura supere os 32 graus e a taxa de humidade atinja os 85%. Mas o número de paragens será decidido caso a caso.
Estes descontos de tempo serão, essencialmente, pausas para hidratação, num país onde as temperaturas, naquela altura do ano, facilmente passam a barreira dos 30 graus. 



- Constitucional garante que não fez "pausa" à espera das europeias
O presidente do Tribunal Constitucional assegura que não há conclusões sobre as medidas do Orçamento contestadas pela oposição e que podem abrir buraco de mais de mil milhões. Decisão é esperada para meados de Junho.




- “Apenas do silêncio poderá brotar a palavra definitiva, perfeita e limpa         
A palavra final que te dirá tudo de uma vez, de uma só vez, de uma só e irremediável vez
Dessa palavra brotarão outras, ecos, reflexos, imparáveis, povoarão os recantos mais profundos, as terras mais longínquas, as montanhas mais altas
E quedar-se-ão mudas uma vez mais, sopros quietos na solidão universal 
Apenas do silêncio poderá brotar mais silêncio”
Em A pausa e o silêncio



- "Faça pausas breves para se alongar!"
Fazer pausa para um cigarro, café, pequenas conversas e ouvir música, favorece o relaxamento muscular, evita a fadiga e ajuda a retomar posteriormente o trabalho de forma mais enérgica.
Esta é uma das conclusões da tese de mestrado de Alexandra Pereira, revelada pelo jornal i, sobre as estratégias mais utilizadas por pessoas para aumentarem a produtividade em actividades que exigem longos períodos de concentração, muitas horas no local de trabalho, metas ambiciosas e ritmos intensos.

Seja qual for o trabalho, os períodos de pausa são uma parte essencial de rejuvenescimento. A vida torna-se muito menos complicada quando se regressa de férias


- Algumas mulheres optam por tomar a pílula anticoncepcional de forma contínua, sem pausa, outras já fazem uma interrupção.
A hipótese de engravidar poucos dias após a menstruação é maior nas adolescentes porque a ovulação em mulheres muito novas não acontece de forma regular.




- A vírgula tem o sentido de pausa na comunicação que se pretende efectuar. Se estivermos perante um texto normativo e pensarmos que o seu sentido pode ser totalmente alterado, de acordo com a pontuação usada, devemos optar por observar algumas regras básicas neste domínio.
Como em qualquer outro texto, na redacção normativa não se deve escrever uma vírgula entre sujeito e predicado; predicado e respectivos complementos; verbos com tempo verbal composto.


- O Presidente russo garantiu, quando falou pela primeira vez sobre a situação na Crimeia que só usará a força "em último recurso", mas uma intervenção armada "será sempre legítima".
Apesar das ameaças que ficaram a pairar, foi como se Putin, na sua primeira intervenção pública após a fuga do Presidente Viktor Ianukovich de Kiev, tivesse carregado no botão de "pausa" - mas ficou com o dedo no botão, pronto a reiniciar o jogo.

- Algumas vezes, o paciente queixa-se de tonturas e o problema pode estar relacionado com um bloqueio cardíaco! O bloqueio ocorre quando o impulso elétrico não consegue chegar onde deveria chegar e provoca pausas na pulsação cardíaca. As bradicardias graves, se não forem tratadas, podem ser fatais, provocando morte súbita.



- Com o recurso da "pausa coreografada", o desenho permite que as crianças assimilem novos conhecimentos em inglês.



- Manoel de Oliveira aos 100 anos, fazendo uma pausa.


- Juli G. Pausas, cientista no Centro de Investigaciones sobre Desertificación  ( CIDE , Valencia, Espanha) do Consejo Superior de Investigaciones Científicas  ( CSIC , o Conselho Nacional de Pesquisa espanhol).
A pesquisa incide na ecologia do fogo, a regeneração ecologia, atributos funcionais de plantas, evolução de traços de fogo, regeneração pós-fogo, vegetação mediterrânica, a dinâmica da vegetação e modelagem, os padrões de diversidade.
"Um mundo sem incêndios é como uma esfera, sem arredondamento, ou seja, não podemos imaginá-lo" (Pausas & Keeley 2009)  


- E depois de tantas pausas/ intervalos (“espaço entre duas estacas numa paliçada”), pode até surgir uma outra pausa “ao sabor das vagas” e fomentar uma história como a que conta A.
A. teve um colega que se apaixonou por uma advogada do escritório e que, embora tentassem evitar o contacto no local de trabalho, acabavam sempre por almoçar juntos e telefonar-se durante o dia.  As pausas ao longo das horas que passavam no escritório contribuíram para o desenvolvimento do romance.




- Bem, o toque do intervalo para o recreio acaba de soar. Podem saiar e vão lá fazer a vossa pausa.

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domingo, 11 de maio de 2014

A ALMA DO "NEGÓCIO"


Bem-aventurados os pobres de espírito (Ou os que têm um espírito de pobre; ou os “humildes de espírito”) - são as sucessivas traduções da primeira bem-aventurança.


“Pobres de espírito” corresponde à tradução mais antiga, tradicional e conhecida.
Espírito - Entre outros significa essência, finura, graça, humor, imaginação, inteligência, memória, mente, raciocínio, razão, sentido (Dicionário de Português Online).
Bem-aventurado - Feliz, muito feliz

Felicidade - Estado de quem é feliz, uma sensação de bem-estar e contentamento, que pode ocorrer por diversos motivos. A felicidade é um momento durável de satisfação, onde o indivíduo se sente plenamente feliz e realizado, um momento onde não há nenhum tipo de sofrimento.



Embora não literal, “humildes de espírito” é, talvez, a expressão mais precisa para se referir a uma qualidade moral e não a um comportamento social.
Os que têm um "espírito de pobre" certamente são humildes; eles sabem que a ajuda de que necessitam é espiritual, pois é nesse aspecto que está a sua pobreza. O verdadeiro humilde geralmente não sabe que o é; julga-a uma condição natural e são as pessoas que o rodeiam que acabam por descobrir.

Infelizmente, com o passar do tempo, a frase “pobres de espírito” foi perdendo por completo o seu significado original e acabou por ganhar um outro totalmente oposto ao sentido do Evangelho.
Hoje, estamos querendo dizer que se trata de uma pessoa fraca, tosca, insensível, de entendimento limitado, sem criatividade (pessoa simplória, ingénua, parva, tola - dicionário Aurélio);
Também em “humildes de espírito”, se o adjetivo "humilde" for usado isoladamente, poderá dar a ideia de alguém acanhado e tímido que não é capaz de expor as suas convicções nem fazer valer os seus princípios nas suas atitudes e postura perante a sociedade.


Ser “pobre” é um estado de espírito. (Pobre de espírito, pobre de humor, pobre de sensibilidade, pobre de educação).
Mike Todd


“O preconceito só existe em pessoas de espírito pobre, de pouco conhecimento e de mente pequena”.
Amanda Sanches

Preconceito - Repúdio demonstrado ou efetivado através de discriminação por grupos religiosos, pessoas, ideias; intolerância



São generalidades, “estados”, expressões e termos que me ocorreram como possíveis explicações para determinados comportamentos.


Será que a religião, pela sua própria natureza, torna o homem passivo?
A resignação à vontade de Deus significa aceitação da nossa sorte enquanto se aguardam melhores coisas?
“Ao que te bate numa face, oferece-lhe também a outra”, estará a ser mal interpretado?
Serão os governantes todos preconceituosos?

É que não consigo compreender o porquê da passividade dos cidadãos portugueses perante a progressiva usurpação da riqueza nacional; o aumento dos problemas de Saúde, Educação e Segurança Pública; o empobrecimento consciente da população; os políticos, banqueiros e governantes corruptos e incompetentes; o entorpecimento da mente orquestrada pela informação; a “ementa” cada vez mais alargada aos caixotes do lixo; o lema de “todos por mim e eu por ninguém”…

Que povo é este que permite que os seus representantes políticos escolham e nomeiem criminosos para cargos importantes, que defende e condecora os seus gananciosos exploradores e que, quem sabe, não terá já até vergonha de ser honesto?

Teremos consciência de que a Europa está empenhada num processo de destruição da soberania e de diluição das identidades nacionais e no desmembramento de países para constituir pequenas regiões (euro-regiões, estruturas compostas por partes de países diferentes com programas autónomos de desenvolvimento e um nível considerável de autonomia em relação aos governos nacionais)?
Que países se salvarão a tempo e quais os que irão desaparecer do mapa do mundo, incorporados num único Estado europeu?
Não vislumbro nenhum político com coragem e vontade suficientes para se opor à destruição, na prática, da soberania do Estado Português.
Os partidos " tomaram conta do Estado e puseram o Estado ao seu serviço."



Os curdos são o maior povo sem país devido, em parte, às sucessivas mutilações no território curdo em função dos arranjos internacionais. 
Também os Chechenos, Bascos, Ciganos,  Palestinos, Tibetanos estão sem casa. Mas são rebeldes, não passivos...


Um exemplo comum entre muitos milhares, à margem do dia-a-dia da maior parte dos cidadãos, a contribuir para a "destruição":




Publicado em 04/05/2014
Jornalismo de Investigação: "Corrupção - A alma do negócio", é o nome da reportagem de António Cascais para a Televisão Pública Alemã sobre a história completa dos submarinos comprados à Alemanha, na altura em que Paulo Portas era Ministro da Defesa e Durão Barroso Primeiro-Ministro.

Trata-se de uma reportagem de verdadeiro jornalismo de investigação e que trás a público dados muito interessantes sobre o «negócio» efectuado pelo Estado português, envolvendo custos da ordem dos mil milhões de euros.
"São 43 minutos de informação detalhada e bem documentada" 
"No final deixa a informação de uma cláusula contratual que obriga a que a revisão dos submarinos seja anual, pelo preço de 5 milhões de €, pelo período de 30 anos, e feita nos estaleiros que construiu o submarino."


Ver reportagem completa 

Paulo Portas é outra vez ministro e Durão Barroso anda por aí a ver se ganha balanço para Belém".



Imagens Google

quarta-feira, 7 de maio de 2014

DOIS "PALCOS" ALGARVIOS



Nesta “varanda” da Luz, virada pró mar... 
A maresia salgada limpa a alma
Dispensam-se palavras, cheira a algas
Há looks de chapéus com abas grandes nas cabeças
De voz sedutora, as ondas esbarram na praia
Crianças brincam, mergulham, sujam-se e molham-se despreocupadas.
A dança da brisa ligeira inspira compositores de serenatas.
O céu azul, sem nuvens, prolonga-se pelo infinito do mar... azul transparente
Há pessoas que flutuam, outras nadam assim e assado
Os barcos ao longe desenham relevos na linha do horizonte
Os pés deixam sulcos na areia fina da maré vazante
Espetados na areia, guarda-sóis coloridos afastam os raios de sol 
Corpos amorfos, elegantes, usados, deambulam pela areia molhada
Alguns banhistas parecem ter trazido todo o seu mundo com eles
Há petizes que fogem das ondas que se aproximam
E máquinas fotográficas que fixam imagens de pessoas e lugares
"O céu, azul de luz quieta.
As ondas brandas a quebrar
Na praia lúcida e completa
Pontos de dedos a brincar…"
Fernando Pessoa in Cancioneiro

E nesta esplanada no topo da arriba, com uma abrangente vista panorâmica sobre a praia do Camilo, há peixe e marisco óptimos, muitos espanhóis e ingleses.
"Provavelmente, a minha praia preferida de sempre", escreve Guy F, do Canadá, sintetizando-a de uma forma rápida: "Sim, esta praia é pequena, mas o cenário é absolutamente fabuloso".



O acesso à praia faz-se pela estrada da Ponta da Piedade,  descendo uma "longa e renovada escadaria".
Porém, ao elogio, um morador de Lagos junta a crítica não menos importante, de que "não é a praia certa para passar um dia sossegado durante o Verão - fica cheia muito depressa na estação alta, tem muitos degraus para subir e descer, um parque de estacionamento limitado e pedras e rochas no mar. Além de que, para ir à casa de banho é preciso subir todos aqueles degraus!".

já agora, deixo a lista das "dez praias maravilhosamente únicas" assim hierarquizada pela Megaportal de viagens TripAdvisor: 
The Baths (1.ª - Virgin Gorda), Camilo (2.ª - Lagos, Portugal), Pfeiffer (3.ª - Califórnia, EUA), Maho (4.ª - St Maarten, Caraíbas), Glass Beach (5.ª - Califórnia), Los Dedos Playa Brava (6.ª - Punta del Este, Uruguai), Lagoa de Jokulsarlon (7.ª - Islândia), Playa de Gulpiyuri (8.ª - Astúrias, Espanha), Children's Pool (9.ª - Califórnia, EUA), Scala dei Turchi (10.ª - Realmonte, Itália).


terça-feira, 29 de abril de 2014

POEMA


"Ó mar salgado, quanto do teu sal ..."

"Esse país também é nosso" é o nome de um manifesto lançado por jovens emigrantes portugueses qualificados, que pretendem que "a realidade avassaladora da emigração" seja tema de debate nas eleições europeias.

O manifesto é assinado por uma jovem escritora, por arquitectos, economistas, investigadores e designers, entre outros, emigrados em vários países europeus, no Brasil e no Camboja.

Pela singeleza, autenticidade, relevância e expressividade, deixo aqui o poema de nostalgia de um deles:

Da minha pátria estou a partir
e de mágoa no peito vou...
coragem levo ao desconhecido
perante o que o coração cá deixou

Parto de lágrima sentida
apertada minha alma está
abraço forte dou a Portugal
e a tudo o que deixo cá

Despeço-me do mar e do campo
do promontório da minha infância
e dos amigos tão queridos
que não esqueço em nenhuma instância

E minha família tão amada
que tanto orgulho, quanta graça!
Querida avó cuida de mim
pois sem os meus a fé é escassa

E parto agora, adeus ó pátria
choro largando este abraço apertado
olhando para trás, ainda vos vejo...
a todos os que me amam: Obrigado!




Era vosso!
Agora já é quase integralmente da nova classe de assaltantes-políticos-homens-de-negócios, que se apoderou do poder legislativo, regulador, fiscalizador e de decisão para, com toda a liberdade e impunidade, passar a dispor do dinheiro público, do poder público, da economia, do país e dos cidadãos.

A promiscuidade entre os diferentes poderes, deputados e interesses privados, fez sumir a justiça, a esperança, as hipóteses e o futuro dos rejeitados (emigrantes, também) .
Quando voltarem, Portugal já não será o dos saudosos mas talvez aquele que a saudade no tempo fez parar.