Voar, planar, rodopiar,
correr no alto e vasto céu azul. Sem limites. Procurar em grupo as Primaveras.
Cantar com alegria o nascer e o pôr-do-sol. Explorar o mundo.
Como
os pássaros.
Se a reencarnação existir ( há relatos que a explicam numa perspectiva médica) e não se limitar apenas à espécie humana, gostaria de ter, na próxima, as características
dum passeriforme canoro de plumagem colorida.
Porque me identifico
com eles. Sem gaiolas. "Pássaros engaiolados deixam de ser pássaros. Porque a sua essência é o voo" (Rubem Alves).
E não diria nunca que não voaria mais por estar velha e
cansada. Nem teria motivos para "angústia existencial". Nem viveria presa a casas, ruas, bairros, cidades ou países.
O sonho de decifrar o voo dos pássaros é tão antigo quanto a curiosidade humana assim como a tentativa de conquistar o espaço, imitando-os. Mas só o conseguiu através da asa-delta, aviões, helicópteros, balões ou outros equipamentos.
Ao contrário da ciência moderna, na sociedade antiga e Aristotélica, era impensável imaginar algo a funcionar sozinho. Logo, imitar os pássaros para voar, faz todo o sentido. A conceção de voo já vem da mitologia em que o homem os imitava batendo as asas. Na lenda grega, Dédalo, para fugir da ilha de Creta juntamente com o filho Ícaro, fez umas asas de penas unidas com cera. Leonardo da Vinci, em 1485, também inspirado no voo dos pássaros, morcegos e insetos, projetou um aparelho (ornitóptero) feito com asas para baterem ligadas aos braços, pedalando com os pés.
Ao contrário da ciência moderna, na sociedade antiga e Aristotélica, era impensável imaginar algo a funcionar sozinho. Logo, imitar os pássaros para voar, faz todo o sentido. A conceção de voo já vem da mitologia em que o homem os imitava batendo as asas. Na lenda grega, Dédalo, para fugir da ilha de Creta juntamente com o filho Ícaro, fez umas asas de penas unidas com cera. Leonardo da Vinci, em 1485, também inspirado no voo dos pássaros, morcegos e insetos, projetou um aparelho (ornitóptero) feito com asas para baterem ligadas aos braços, pedalando com os pés.
E então, sendo pássaro, gostaria de ser um beija-flor/colibri.
O colibri tem as penas da cauda um pouco mais arredondadas que o beija-flor
As cores são vivas e reluzentes, o bico alongado para sugar o néctar das flores e é levezinho para poder pousar nos pequenos ramos (sem ter sequer de pôr as patinhas no chão). O coração é enorme (!) para lhe permitir voar de 30 a 70 km por hora, vibrar as asas 50 a 70 batidas por segundo e alimentar-se. Só ele consegue ter energia suficiente para pairar literalmente no ar, descolar e descer à terra na vertical ou recuar em pleno voo. É fantástico, acrobático!
Voando… e descendo a pique
E até faz gala em mudar de toilette sempre que a refração da luz lhe modifica a cor das penas.
Pode viver ou "fazer
férias" em vários microssistemas - florestas, desertos, terras frias ou nubladas
do continente… americano (desde o Alaska à Argentina).
Porém, como emigrar
é o que está a dar, pois lá estaria.
Belicoso, ágil e
rápido, nem se intimida com as investidas dos gaviões que ataca como balas,
deixando-os atordoados e com medo.
Toma banho rápido
em riachos, tipo dois ou três mergulhos de piscina e vai secar as penas num
ramo da árvore mais próxima, saracoteando-se para as ajeitar.
Tem, como eu,
preferência pela cor vermelha o que o leva a escolher as flores dessa
tonalidade para polinizar.
A fêmea é que se responsabiliza pela construção do ninho, incubação e alimentação dos, geralmente, não mais que dois filhotes.
Ninho de beija-flor
Como feminista quanto baste, não concordo muito com esta filosofia de o trabalho não ser repartido mas, partindo do princípio que o ninho é feito de palha reforçado com fios de seda fabricados pela aranha e coberto de líquen para se confundir com o ambiente, acho que o macho não teria a necessária destreza…
Talvez ajude a transportar material!
E o parapente é, para os arrojados/as, um dos meios que deve dar a sensação de estar voando como os pássaros…
Imagens Google