Pintura antiga
Quando
eu andava na Escola Secundária - Colégio das Servas de Jesus, da minha Aldeia - o sacerdote ali residente ou outro,
celebrava Missa todas as manhãs pelas 7
horas.
E comungar a Hóstia consagrada
fazia parte da renovação sacramental do sacrifício da cruz ou seja, Santa Missa.
Quem não o fizesse era “rotulado”
de não se encontrar em estado de graça.
Havia que recorrer ao
sacramento da Penitência para não
cometer um sacrilégio, caso comungasse fazendo apenas o acto de contrição.
Todas as semanas havia uma
tarde com dispensa de aulas ou de horas de estudo para as confissões, feitas
por ordem de chegada à Capela.
Mas a minha maior preocupação não era confessar os pecados (veniais? pequenas faltas?). Era, sim, procurar a maneira de a “vez” não anteceder alguém que por hábito ficava sempre um tempo infinito frente àquela janelinha tipo tela de burka “ a dizer o quê?”- pensava eu.
Mas a minha maior preocupação não era confessar os pecados (veniais? pequenas faltas?). Era, sim, procurar a maneira de a “vez” não anteceder alguém que por hábito ficava sempre um tempo infinito frente àquela janelinha tipo tela de burka “ a dizer o quê?”- pensava eu.
Vem isto a propósito de haver também um dia por semana em que a Irmã Rosalina fazia e cortava as hóstias.
Estou a vê-la a olhar deliciada (era uma pessoa de extraordinária bondade) para as "minhas meninas" tão contentes saboreando as aparas que sempre sobejavam depois de todas as hóstias terem sido arredondadas primorosamente.
E hoje pergunto-me porque é
que nunca senti a curiosidade de saber como seriam feitas aquelas partículas.
Penso que o local da confecção não era acessível a qualquer pessoa.
Penso que o local da confecção não era acessível a qualquer pessoa.
Naquela época, grande
parte do trabalho devia ser feito manualmente, pois a haver máquinas, seriam
muito antigas. Em geral a massa era prensada com ferro quente e cortada à mão, uma
a uma, com uma tesoura. Acredito que hoje, num Colégio em que o número de alunos
aumentou extraordinariamente e com bons resultados escolares a nível
nacional, também exista estufa, forno e maquinaria moderna para confeccionar com certeza, maior quantidade de hóstias.
A hóstia é um pão ázimo sem fermento e sem sal; apenas farinha de trigo ( ou outras) e água.
A confecção, pelo que pesquisei, é um processo muito simples, fácil e barato:
Ingredientes - Farinha de trigo e água na proporção de 1 kg para 1,5 l
Misturar e bater sem que a preparação da massa exceda 18 minutos para garantir que não fermente
Deixar a massa no ponto papa, nem muito grosso nem muito fino, sem bolinhas
Espalhá-la em prensas circulares
Levar ao forno - deve ficar fina, resistente e quase tranparente, da espessura de uma folha de papel
Colocar na estufa para humedecer e ficar mais firme sem quebrar
Cortar com máquina própria em vários tamanhos: 3/3,2 cm para os fiéis, 7,5/7,8 cm para os sacerdotes e 12 cm para a que é elevada durante a missa, a fim de poder ser vista por todos os fiéis.
Ingredientes - Farinha de trigo e água na proporção de 1 kg para 1,5 l
Misturar e bater sem que a preparação da massa exceda 18 minutos para garantir que não fermente
Deixar a massa no ponto papa, nem muito grosso nem muito fino, sem bolinhas
Espalhá-la em prensas circulares
Levar ao forno - deve ficar fina, resistente e quase tranparente, da espessura de uma folha de papel
Colocar na estufa para humedecer e ficar mais firme sem quebrar
Cortar com máquina própria em vários tamanhos: 3/3,2 cm para os fiéis, 7,5/7,8 cm para os sacerdotes e 12 cm para a que é elevada durante a missa, a fim de poder ser vista por todos os fiéis.
Em Fátima
No Mosteiro da Senhora das Mercês, na Ilha Terceira, Açores, as Irmãs Clarissas (Ordem contemplativa) têm máquinas industriais onde fazem à volta de 60 mil partículas por semana.
E na fábrica das hóstias da Casa de Santa Clara, em Bragança, saem mais de 70.000 por mês para serem distribuídas pelas várias paróquias do Nordeste Transmontano.
Irmãs na fábrica Casa Geral
A origem da “hóstia” é o pão
ázimo. A palavra vem do latim “hostia” que quer dizer “vítima” (vítima
oferecida em sacrifício a uma divindade) / (partícula de pão ázimo que se
consagra durante a comunhão).
A Igreja Católica aplicou
o termo “hóstia” a Jesus porque a palavra está também ligada a “hostis”
(inimigo, hostil, agressivo);a vítima fatal de uma agressão é uma “hóstia” e
Jesus deixou-se imolar pelos homens.
Deus Sol Deméter, Deusa Ceres
Corpus Christi
Pode até constatar-se uma
flagrante analogia com as religiões pagãs da Antiguidade quando o Santíssimo
Sacramento, transformado num pedaço de pão de trigo de formato arredondado, é
levado em procissão dentro de uma patena dourada com o desenho dos raios solares / a deusa Ceres, adorada como a distribuidora do trigo, representada com uma
espiga de trigo e o filho, encarnado no trigo da espiga, o deus Sol.
Imagens Google
Ana (HÓSTIAS SANT ANA):
ResponderEliminarBom dia Teresa.
Vc poderia me fornecer o preços e tamanhos das suas hóstias?
Grata Ana Maria.
Teresa respondeu:
Olá Ana
Teria muito gosto em satisfazer o seu pedido mas se reparar melhor no meu post, não confeciono hóstias; apenas resolvi abordar o tema como qualquer outro, associando-o a determinados episódios da minha vida.
Talvez qualquer das casas nele referidas a possa elucidar.
Um abraço
Teresa
Onde comprar uma máquina pequena para fabricar hóstias?
ResponderEliminarComo já disse em respostas anteriores , eu não fabrico Hóstias; refiro-me a elas porque fizeram parte das actividades das Irmãs que havia no Colégio da minha adolescência.
ResponderEliminarNo entanto, procurando na Net, encontrei para venda online:
https://www.holyart.pt/objetos-liturgicos/maquinas-de-fazer-hostias
E mais tipo industrial, também online
https://portuguese.alibaba.com/wholesale/Atacado-m%C3%A1quina-de-fazer-h%C3%B3stias.html
Não conheço lojas que vendam in loco
Espero ter ajudado de alguma maneira ...