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terça-feira, 19 de novembro de 2013

DEVANEIO


Uma vaga de imigração está a assolar Portugal. O primeiro a chegar à Portela foi Sócrates. Sabemos que Guterres já se instalou em território nacional e agora chega-nos a notícia que José Manuel Barroso provavelmente voltará a ser Durão Barroso. Observo que a casa portuguesa começa a ficar apertada, cheia de visitas políticas de última hora. Resta saber que profissões desejam exercer na Lusitânia.”Estado sentido -John Wolf


Atendendo ao contexto político, tomara que entre eles se encontrasseum rei salvador para restaurar a independência e a grandeza de Portugal”, visto ser tão desejado como foi Dom Sebastião num contexto semelhante
Ao contrário do ilustre desaparecido, como nenhum deles morreu numa “batalha de Alcácer Quibir” nem foi necessário haver um poeta Bandarra para clamar pelo seu retorno, se algum sebastianismo existir (e nós somos um país de sebastianistas), talvez Portugal voltasse a ser independente, sem uma população com más condições de vida, pobres, desiguais.
Mas, recordando, todos eles - Sócrates, Durão e Guterres - puseram sempre os seus interesses acima dos interesses do país. Logo, apenas perseguem os objectivos da sua agenda pessoal.


«A Europa jaz, posta nos cotovelos:
De Oriente a Ocidente jaz, fitando,
E toldam-lhe românticos cabelos
... Olhos gregos, lembrando.
O cotovelo esquerdo é recuado;
O direito é em ângulo disposto.
Aquele diz Itália, onde é pousado;
Este diz Inglaterra onde, afastado,
A mão sustenta, em que se apoia o rosto.
Fita, com olhar esfíngico e fatal,
O Ocidente, futuro do passado.
O rosto com que fita é Portugal»


Fernando Pessoa, Mensagem 

Poeta do que foi ou poderá vir a ser, ele transmite a ideia de que Portugal é o rosto da Europa, tão importante para ela como para o mundo.
Não é a cabeça a parte mais nobre do corpo e a vista, o mais impressionante dos sentidos?
Portugal a governar toda a Europa… pela posição que ocupa no corpo da Europa!


Imaginemos que, milagrosamente surgia uma trindade coesa e indivisível (representada por Pessoa, na forma de um grifo - figura mitológica) em que a cabeça era um “Infante D. Henrique” para conceber a ideia (foi ele que idealizou o império marítimo, planeou, coordenou e instruiu os seus marinheiros), uma das asas, um “Dom João II” para mandar executar a ideia e a outra asa, um “Afonso de Albuquerque” para executar a ideia.

O futuro de Portugal não estaria empobrecido nem hipotecado a outros países. A agricultura, a indústria e as pescas voltariam a ser riqueza, as PPP jamais dariam prejuízo, a fraude, a evasão fiscal, a corrupção e a má administração deixariam de existir, as imensas riquezas existentes no subsolo – ouro, prata, cobre, pedras ornamentais passariam a ser exploradas por nacionais, etc., etc., etc. e o Plano Mar-Portugal (O Mar como um novo desígnio nacional) já estaria em execução.
Porque a geografia, a dimensão e a identidade marítima de um povo, são características suficientes para tornar único o território de Portugal e fazer do espaço do Atlântico Norte que é português, um território de referência.

Devaneios Lilian Maus

Mas tudo isto não passa de um produto extravagante da minha imaginação, esperança quimérica, devaneio
Quem se interessa hoje pelo futuro de Portugal ou simplesmente pelo vocábulo "Portugal"?

Labirinto -Ilustração de Paulo Brabo

Está transformado num enorme labirinto de completa ausência de higiene política, com muitas divisões e passagens dispostas confusamente por onde vagueiam coutadas de cavaquistas, guterristas, socratistas, soaristas, compadrios, bandidos sem escrúpulos, depressões, falências, medos, oportunistas, gananciosos, conformismo, traidores, vândalos, com maior ou menor dificuldade na saída.


ATENTE-SE neste "NOVELO":


Questionado, o ex-primeiro-ministro Durão Barroso deixou claro que a sua ambição não passa por renovar o mandato, que termina em Outubro de 2014. 
Com esta clarificação, Barroso ficará assim livre, em teoria, para se candidatar à Presidência da República, como aspiram alguns dos seus amigos e apoiantes políticos.

O ex-primeiro-ministro António Guterres indicaria José Sócrates ao então Presidente da República, Jorge Sampaio, caso tivesse optado em Dezembro de 2001 por escolher um sucessor para a chefia do Governo na sequência da sua demissão.
Esta ideia consta de uma biografia de António Guterres, da autoria do jornalista Adelino Cunha, intitulada "Os segredos do poder", da editora "Aletheia"


Recordando o seu passado, o antigo primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou-se um "político realizado" e "sem vontade" em se afastar da política."Agora, quero beneficiar desse novo estar de felicidade de quem se representa a si próprio".
Prém, no programa ‘Alta Definição’, o antigo primeiro-ministro confessou que não é “daqueles que passam a vida a olhar para trás”, embora tenha reconheça que o passado nunca morre; mesmo quando discutimos o futuro estamos a discutir a projecção do passado”




Apesar de o alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados continuar a dizer que Belém não está no seu horizonte, Seguro e a direcção socialista acreditam que, "a seu tempo e na altura certa", Guterres acabará por se candidatar.





Diz-se, aliás, que Costa tem vindo a preparar uma candidatura, mas à liderança do PS, a arrancar mais lá para o Verão. Nesse caso, o ticket poderá ser António Costa-José Sócrates, com este último a reaparecer como candidato presidencial


Vitor Gaspar foi nomeado por Durão Barroso para a presidência do Grupo de Alto Nível para a Tributação da Economia Digital, segundo revela o semanário Expresso
A nomeação foi confirmada pelo próprio ex-ministro das Finanças de Portugal, que se demitiu a 1 de Julho deste ano, queixando-se da falta de coesão do Governo e reconhecendo que o falhanço nas metas orçamentais “minou” a sua confiança enquanto número dois do executivo de Passos Coelho.




A Comissão Europeia lava as mãos de um contrato assinado sob a responsabilidade política do seu presidente, Durão Barroso, ao tempo em que era primeiro-ministro de Portugal. Esta devia ser razão para tudo querer aclarar, mas na realidade é o que explica o desinteresse", critica a eurodeputada Ana Gomes.
O contrato de aquisição dos dois submarinos foi assinado em 2004, quando Paulo Portas era ministro da Defesa do Governo chefiado por José Manuel Durão Barroso, num negócio de cerca de 1000 milhões de euros
.
A queixa é motivada por suspeitas de "fraude, 
evasão fiscal, corrupção e má administração" e possíveis violações de tratados da União Europeia. Vai ser analisada pelo comissário europeu para o Mercado Interno, Michel Barnier, que é subordinado de Durão Barroso, que era primeiro-ministro de Portugal quando o  contracto dos submarinos foi assinado
A decisão de adquirir capacidade submarina para Portugal foi tomada em 1998 por um governo de que era primeiro-ministro António Guterres e em que José Sócrates estava sentado no conselho de ministros, que publicou uma resolução mandando o Estado português comprar quatro submarinos, segundo a Revista Visão. 


PREOCUPANTE...

5 DE NOVEMBRO DE 2013
 
Com o País a braços com uma crise, o Governo deu aumentos milionários às administrações de três empresas estatais, todas elas com enrmes prejuízos. Os presidentes e os vogais da Carris, Docapesca CP viram os respectivos vencimentos aumentados em mais de 50%, enquanto no porto de Lisboa as actualizações rondaram os 30%.
A situação foi denunciada ontem por Marques Mendes, ex-líder do PSD. 



Portugal tem 870 habitantes com fortunas superiores a 22 milhões de euros. O número de ultramilionários no país aumentou entre 2012 e 2013 - eram 785 no ano passado.
Segundo um relatório da Wealth-X, organização que monitoriza a actividade financeira a nível mundial, o valor global acumulado pelos 870 ultramilionários é de 74 mil milhões de euros. Este valor representa quase o mesmo montante que a troica emprestou a Portugal - 78 mil milhões. Em 2012, as 785 grandes fortunas valiam 66,6 mil milhões.



1 DE OUTUBRO DE 2013

Jorge Viegas Vasconcelos, que era presidente de uma coisa chamada ERSE, Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, organismo que poucos devem saber para o que serve, pediu a demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria que os aumentos da electricidade ainda fossem maiores. Ora, quando alguém se demite do seu emprego, não lhe são devidos, pela entidade empregadora, quaisquer reparos, subsídios ou outros benefícios.
Porém, ele vai para casa com 12 mil euros por mês durante o máximo de dois anos, até encontrar um novo emprego
O Ministério da Economia responde que “o regime aplicado aos membros do Conselho de Administração da ERSE foi aprovado pela própria ERSE



Há quem compare a crise actual com a de 1383-85 e apele a idêntica revolução mas, se a bendita troica ficar por cá mais meia-dúzia de anos, recorda 1640


Em Mensagemnuma das acepções, o Ocidente poderá estar relacionado com a última parte da obra de Pessoa, onde apresenta um Portugal à deriva, mergulhado numa imensa escuridão, decadente e quase moribundo, mas vivendo na esperança de um novo ressurgimento, mais glorioso e brilhante.

Para se atingir a espiritualidade e a transcendentalidade, é necessário experimentar o materialismo e a decadência.

"Cumpriu-se o Mar e o Imperio se desfez
Senhor, falta cumprir-se Portugal
(...) 

Penso que evidencia aqui o tão anunciado IMPÉRIO ESPIRITUAL, inquestionavelmente da responsabilidade do povo português

"O nacionalismo é um patriotismo activo", também escreveu Pessoa. 


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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O SONHO COMANDA A VIDA

.


Eles não sabem, nem sonham
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança”


António Gedeão



Que o 19 se vá repetindo e “avançando” “como bola colorida” até, pelo menos, a ordem dos algarismos se inverter - 91

Teresa

E então, embarcando na máquina do tempo, em 2030, início do fim da humanidade segundo cientistas da década de 70, verá o que as diversas previsões apresentam como sendo possível (isto ou coisas semelhantes), numa evolução inimaginável do quotidiano, no Planeta Terra:

 O declinio do Ocidente durante muito tempo!
Ásia ultrapassará a Europa e a América do Norte no que se refere ao PIB, número de habitantes, investimentos em tecnologia e gastos militares, tornando-se a região mais poderosa do planeta… 

- Prováveis conflitos ocasionados pela escassez ou mesmo extinção de produtos essenciais para a sobrevivência como água doce e alimentos. 

No entanto, um declínio não significa que a população seja dizimada embora ninguém se pronuncie sobre se a quantidade de seres humanos vai voltar a crescer
A mudança climática, o crime organizado, as guerras eletrónicas, os conflitos económicos e o esgotamento dos recursos naturais...substituirão cada vez mais as ameaças militares

 -  Não ser fundamental falar um segundo idioma. Apontam o aparecimento de Programas capazes de traduzir áudio em diversos idiomas para a língua original, ainda em tempo real.


- Os carros sem motorista a levitar pelas ruas.


- O futuro da música passando pelo computador, guitarras sem cordas, pianos sem teclas e os smartphones,  instrumentos musicais.



- Ao serem transformadas em eletricidade, as vibrações dos passos, através de uma camada intermediária que converte o movimento acumulado em energia, servirem como fonte autossustentável de iluminação pública e outros fins

- As construções do futuro mundo feito de vidro que poderão já existir, desde que os dispositivos se integrem perfeitamente com o quotidiano das pessoas em casa, no trabalho e no lazer.


- Os alimentos inteligentes através da utilização de material que se apercebe da presença do usuário, de dispositivos que permitem cozinhar sopas sem utilizar fogões ou tomadas e de pratos capazes de detectar os níveis de radioatividade da comida

- A informação virtual  por toda parte bastando, para isso, possuir óculos ou gadgets especiais.



-  Um robot em casa ser primordial porque, além de ajudar na compra de roupas por medida, online, por ex., resolverá muitos problemas sem precisar da interferência humana.


Como irá uma sociedade, cada vez mais envelhecida, adaptar-se a uma nova realidade, tão diferente daquela que conhecemos?
Pois não sei...

Mas em 2030, com certeza, nós ou "o nosso estilo de vida de hoje será, muito provavelmente, uma peça de museu…"

Fontes: Tecmundo, Megacurioso, Carta Maior,Yudi:Mundo Hi-Tec Restaurantes

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

VINHO /RELIGIÃO /S. MARTINHO


O termo Vinho passou por várias traduções diferentes (hebraico para grego, grego para latim e, após outras traduções, para o português) mantendo sempre a forma inicial, ou seja, representando bebida com ou sem teor etílico. Contudo, devido aos vícios e costumes linguísticos, o termo que se tornou padrão é vinho com teor etílico.

A história da produção de vinho tem acompanhado o desenvolvimento das civilizações
Acredita-se que já era produzido na Mesopotâmia cerca de 6000 a.C.

Ningizida, o deus sumério do vinho

Os sumérios usavam o desenho de uma folha de parreira para simbolizar a “vida“ e os primeiros registos remontam há mais de 3000 anos a. C. 
Graças aos seus conhecimentos científicos avançados, produziram vinho em grande escala.
O vinho no Egipto - pintura mural

Os Egípcios foram o primeiro povo a registar em pinturas e documentos (datados de 1000 a 3000 a.C.) o processo da vinificação e o uso da bebida em celebrações. Foram também os primeiros enólogos.
Os faraós ofereciam vinhos e queimavam vinhedos aos deuses e os sacerdotes usavam-nos em rituais. Era obrigatório colocar vinho no túmulo para que o faraó se pudesse servir durante a sua viagem rumo ao além.


Dionísio Bassareu, deus da arte vinhateira!  -  Ânforas

Os Gregos utilizavam ânforas no processo de envelhecimento do vinho enquanto os romanos aprimoravam o sabor guardando-o em barris de madeira
Na Grécia, foi Dionísio quem plantou e cultivou as primeiras parreiras, motivo pelo qual passou a ser venerado como deus do vinho.

                        Deus Baco, equivalente ao Grego

A colonização pelos romanos espalhou a fabricação pelo Mediterrâneo, fazendo com que fosse consumido em toda a Europa, já em 1000 a.C.

Na Idade Média a produção de vinho foi muito incentivada pelas ordens religiosas, principalmente a Cisterciense.

Por volta do século XII chegaram ao Vale do Douro os monges brancos de Cister (Rota de Cister). Criaram mosteiros (São João de Tarouca, Santa Maria de Salzedas, S. Pedro das Águias) e ensinaram as gentes durienses a aperfeiçoar o cultivo da vinha e a fabricar diferentes vinhos.
Da Idade Média, permanece ainda no território uma rede de castelos edificados ou reconstruídos, em grande parte no reinado de D. Dinis (XII-XIV), para a defesa do reino contra os inimigos leonês e castelhano (Lamego, Carrazeda de Ansiães, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta, Bemposta, Miranda do Douro, Numão).

                      Ponte fortificada de Salzedas

No reinado de D. Manuel o transporte e o comércio dos vinhos do Douro até à cidade do Porto foram facilitados através dos barcos Rabelos

E qual poderá ser a origem da tradição de relacionar o vinho com a religião?
Talvez seja uma espécie de paradigma comum a toda humanidade, definitivamente associado à vida eterna, à religiosidade e à fertilidade, elementos de crucial importância para o bem-estar dos seres humanos.
Talvez pelo facto de a videira ser uma planta que dá frutos com os quais se faz uma bebida que alegra quando regressa à vida e aquece enquanto parece estar morta, no Inverno. 
Este processo cíclico dá ideia de um eterno renascer, símbolo da imortalidade e da fertilidade.


Em Portugal, o dia de S. Martinho também é invocado nas cerimónias religiosas dos locais de culto com uma componente de exuberância e espírito de solidariedade que tende a prevalecer. Coincide, exactamente, com a época do ano em que se celebra o culto dos antepassados e o calendário rural em que terminam os trabalhos agrícolas e se começa a usufruir das colheitas - vinho, frutos, animais - sem esquecer o episódio da partilha de parte da sua capa com um pobre encontrado na estrada

Na tradição popular, São Martinho é considerado como o santo dos bons bebedores, já que é nesta altura do ano que se faz a prova do VINHO NOVO e os magustos cuja origem parece estar num antigo sacrifício em honra dos mortos.







-"Pelo São Martinho, deixa a água pró moinho"
-"Um ópimo verão de S. Martinho"





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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O IMPLACÁVEL “ENTE” PORTUGUÊS - 6


PERSONAGENS:

FAUNA E FLORA PANTANEIRA
Estado, Banco de Portugal, Banca, Presidente da República Cavaco Silva, Assembleia da República/Parlamento, BPN, Paulo Campos, Paulo Morais, Fundações, Offshores, “Face Oculta”, Comissão Parlamentar, César & Cª Lda., João Jardim, líquenes, pombo trocaz, corre-caminhos, Mario SoaresMarques Mendes, Maria José Morgado, os Bárbaros.

“KARAS” - no combate ao crime organizado pelo ENTE
Os impossíveis, Montereyjack, Batffino, Batman&Robin, BufFy-a-caça-vampiros,The Justice Friends, Power Rangers, professor do Dale Rescue Rangers, Tico e Teco-e-os-amigos.


O PÂNTANO PORTUGAL

Cenário:

(Muitas instituições, território disputado, população sem classe média, uma multidão no poder, quase ditaduraparcial na distribuição da riqueza, sem cultura nem diferenças culturais, nação ingovernável, de soberania duvidosa, um pandemónio)


QUINTO (e último) ACTO

A “Moneycracia”, lobo insaciável


CENA I


ESTADO 
- Cheguei ao topo da pirâmide na… corrupção, a de «maior sofisticação» e de «mais difícil detecção»!
E vou ficar com parte do subsídio de férias que o Tribunal Constitucional mandou pagar aos funcionários públicos e pensionistas. Haverá quem receba só 40 por cento do subsídio que vai ser pago neste mês de Novembro!

PRESIDENTE da REPÚBLICA Cavaco Silva 
- Ser progenitor é ter preponderância; sou o pai da divida e das PPP, o destruidor do tecido produtivo português dos anos 80, o padrinho de uma trupe de vigaristas, a maior e muito bem paga nulidade do Portugal Democrático e o meu Palácio de Belém consegue ser mais caro do que Buckingham!
Condecorar todos os meus amigos é primordial.

ASSEMBLEIA da REPÚBLICA 
- Esta casinha só vai custar no ano de 2013, 140.219.365.00 € 
É pena as indigestões não serem mais agradáveis...

Parlamento 
- Originalidade é comigo. Devo ser o único que tem a vantagem de estar repleto de deputados a fazer parte das empresas que obtêm lucros com as PPP, pois a previsão para o custo total derrapa 143 milhões num ano e as da saúde vão levar mais 8,5 milhões em 2014; os contratos assinados pelo Governo Sócrates permanecem num enorme mistério 


GOVERNO
Dizendo ao povo que os ricos têm que ser protegidos porque são eles que movem a economia, aceita perfeitamente a despesa do ESTADO de 183.507,9 M€, a transferência extraordnária 345 M€ do OE atribuida à RTP, a redução progressiva das pensões de valor superior a 1350 €, as atribuições de subvenções pela Assembleia da República, os mais de três milhões gastos em combustível, os 26 veículos do primeiro ministro nem percebe que a arbitragem fiscal é um negócio magnífico em torno da Justiça.!

Comissão parlamentar 
- ironicamente, negoceio com a Tróica através de representantes dos bancos, dos escritórios de advogados, dos interesses imobiliários e das grandes empresas…

POVO 
- O que pode fazer o indignado perante uma nação corrompida? 
Tem medo, desconfia, retrai-se perante a política de desprezo pelo sofrimento. Lentamente vai-se adaptando à ditadura mascarada,à desmobilização controlada pela comunicação social, à destruição do país como uma fatalidade...
Que armas se podem usar? Petições, abaixo-assinados, cartazes, manifestações, para quê?
É, o governo tem a sorte de continuar a meter a mão nos bolsos de um povo ridiculamente conformado, alienado, adestrado e acomodado.


CENA II


BANCO de PORTUGAL - Tenho sido conscientemente uma central de corrupção. Há pessoas da banca privada no meu executivo, estive-me borrifando para a orgia do que se passou no BPN e no BPP, ignorei que os portugueses não tivessem sabido colocar um travão nos empréstimos e usufruo de uma longa lista de privilégios… ofensivos (dizem os invejosos, claro). 
Como se a Quinta da Fonte Santa em Caneças, uma piscina no interior do Complexo do Carregado, um carrinho de golfe, mais de mil euros por dia em telecomunicações móveis, 7 mil euros em agendas do Banco e outras coisas do género, fossem luxo!

BANCA - O meu poder é absoluto sobre o Estado e o Governo. Sou responsável pela falta de qualidade do investimento e, consequentemente, pela estagnação do País, pela gravidade da crise e pelo aumento das desigualdades regionais.
Porém com a futura supervisão bancária única que será assumida pelo BCE no BPI, BCP, CGD e BES, a ligação entre o sistema bancário e o Estado-membro em que está implantado deixará de existir…


BPN - Fui a caixinha de surpresas mais assombrosa com, desde sempre, uma teia de mentiras.



Pelos meus órgãos sociais passaram cinco ministros e um secretário de Estado dos assuntos fiscais: Dias Loureiro, Daniel Sanches, Rui Machete, Arlindo de Carvalho, Oliveira e Costa e Miguel Cadilhe. Era um verdadeiro governo sombra do PSD, com donos como Cavaco Silva e tudo! 
O meu peso no poder político garantiu impunidade.



CENA III


Marques Mendes 
- “Há 14.000 entidades, 900 fundações, 100 empresas do estado central e local com duplicação de funções, de despesas e desperdícios absurdos alimentadas por dinheiros públicos e tutelados pelo governo que funcionam em regime de apagão orçamental
Se o ministro das finanças passa a vida a perguntar onde se cortar... aqui há muito por onde cortar”
Somando as parcelas, o total é de «apenas» 5.018,4 mil milhões €. 


Paulo Morais 

- Impedi negociatas ilegais na ordem dos 600 a 700 milhões de euros no sector imobiliário, através de 30 queixas…
Porque não investiga a Justiça os ganhos de ex-goverantes nas PPP?





Maria José Morgado

- «Não vale a pena estudar leis que não são leis e podem sempre ser anuladas por outras leis em interpretações imprevisíveis.
Substituíram as leis por manuais de instruções, o que compromete a livre capacidade de pensar e de decidir dos magistrados
Os códigos de processo e de direito penal têm sofrido alterações de dois em dois anos ditados por interesses sem rosto ou inconsequentes
Vamos substituindo a degradação das contas públicas de um Estado laxista por um Estado fantasma e impotente. O Estado é a raiz do mal, pois matemos o Estado. E com quê? Com mais Estado cobrador, num totalitarismo atípico deslizante.»
A corrupção, em parceria com a fraude fiscal, tende a medrar no túnel das quimioterapias orçamentais.
Despojos de um Estado velho e apodrecido incapaz de se proteger da tempestade e de construir um novo com a ajuda dos seus melhores.Um Estado que morreu.»


CENA IV


Paulo Campos
- Posso dizer que roubei nas PPP mas não roubei sozinho.
Acrescentem aí o Tribunal de Contas, o Ministério das Finanças de Teixeira dos Santos, o crivo do Conselho de Ministros e até o do Presidente da República


OFFSHORES 
- Foram detectados, até ao momento, 22 nomes e 12 companhias offshores associados a moradas em Portugal ou com nacionalidade portuguesa na vasta base de dados de 2,5 milhões de documentos do Offshore Leaks, a maior fuga de informação sobre paraísos fiscais da história do jornalismo e que envolve uma rede de investigação com quase 90 jornalistas de 47 países.


“FACE OCULTA” 
- José Sócrates é o meu protagonista e Noronha Nascimento o meu distinto coveiro.






César & Cª Lda. 
- Pretendo impedir que se crie uma comissão de inquérito para apurar responsabilidades sobre o Processo ‘confuso do encalhado Atlântida´




CENA V


Mário Soares
Tenho a moradia do Vau guardada por quatro elementos da PSP em turnos diários de 6 horas e mais quatro em horario igual, no Campo Grande. Na residência de Nafarros é a Guarda Nacional Republicana que se reveza, também com quatro agentes, de 6 horas em 6 horas. Depois, ainda tenho mais dois agentes da PSP que me seguem, alternadamente, por todo o lado. 
Feitas as contas, estão ao meu serviço 14 elementos destacados. Dizem que é quase como se existisse uma esquadra ou um posto de polícia às minhas ordens...
Durante os anos que ocupei o Palácio de Belém, visitei 57 países (alguns várias vezes como por exemplo Espanha que visitei 24 vezes e a França 21 vezes) num total de 992.809 KM o que corresponde a 22 vezes a volta ao mundo!
Sou uma pessoa diferenciada. Não é qualquer um que pode pisar a bandeira nacional, mandar atirar os colonos brancos aos tubarões, ganhar 65.000€, ter 2 Fundações (uma minha e outra da minha mulher), e outras coisas.


João Jardim 
- Gastar milhões, foi o meu maior prazer. 
Construí 2 heliportos para voos zero, estádios sem valor oficial, piscina que está quase sempre fechada, fóruns sem comércio e sem clientes, marinas sem barcos, túneis colossais para desviar trânsito de vilas sem trânsito, escolas básicas com conservatório de música, campo de golfe apenas para aumentar a dívida da região, praia de areal dourado com pouco mais de 100 metros, uma igreja de milhões para um só credo, Museu da Baleia no Caniçal que custou sete vezes mais, matadouro municipal da Ribeira Brava para a já era evidente diminuição da produção de carne regional, rotunda do Estreito da Calheta…, etc., etc.
Na Câmara Municipal do Funchal, é tudo à grande. Aqui não há austeridade; vou mesmo gastar 11.500 euros num cocktail/jantar


Líquenes 
- Basta!
E se houver um aluvião no Laurissilva, onde estão as infraestruturas de apoios sociais?

Pombo trocaz 
- E porque não há hospitais para os feridos?

Corre-caminhos 
- Sim, e os “esconderijos” da nova vegetação para a nidificação?
A Madeira não é o Dubai, onde só se constrói para ricos!


CENA VI


"KARAS"

- Não. Isto é demasiado bárbaro! 

O nosso papel na luta contra este crime organizado no grande PÂNTANO PORTUGALpelos homens do suposto misterioso Ente, acabou.

Afinal, esse "Ente" é um conjunto, bem visível, de bandos de parasitas instalados que lançam mão de todos os expedientes para manterem a actual situação de total descontrolo.
São ladrões descarados, sem vergonha, cínicos, insolentes.





A nossa sagacidade não consegue demover a ganância de tantos lobos insaciáveis com estômagos descomunais que comem ovelhas sem parar. E engordam, engordam…

O que acontecerá quando não houver mais ovelhas para comer? Os lobos acabarão por morrer também…

Só assim se extinguirá a corrupção institucionalizada na classe política, nas câmaras municipais, nas freguesias, no Ministério da Justiça, no mundo da “Moneycracia”.



Irmanados por um destino comum, só a morte resolverá todos os conflitos;
a não ser que haja, como no ano 410 da nossa era, uma outra "queda de Roma", uma implosão civilizacional da Europa. 

Nenhuma sociedade resiste ao egoísmo e individualismo, ao desvanecimento da virtude, do respeito pela lei, do sentido de grandeza.


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