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quarta-feira, 13 de março de 2013

ENIGMA



Como a minha inteligência não consegue entender o comportamento antidemocrático, arrogante, insensível, hipócrita, ouvidos-de-mercador, cobarde, insensato, manipulador, irresponsável, injusto, mentiroso, desdenhoso, descarado, sobranceiro (e muitas outras “virtudes” equivalentes) dos governantes deste País (desde o 1º de Cavaco Silva), tenho tentado pesquizar em que doutrina ou bíblia se baseiam para, pelo menos, se justificarem alguns daqueles adjetivos.


A insensibilidade social, a normalização e institucionalização das desigualdades, a restauração do mundo dos pobres maltratados e humilhados, a concentração da riqueza, a não limitação dos ordenados em empresas públicas assim como o seu não controlo, para branqueamento da corrupção, a subserviência dos meios de comunicação, os casos judiciais sem fim à vista, a destruição da agricultura, pescas e muitas indústrias (em troca de fundos comunitários... para quê?), ajustam-se perfeitamente à teoria da Nova Ordem Mundial, já aqui abordada.




Diz o ex-Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Diogo Freitas do Amaral: "está para breve uma nova ordem mundial..." 




NOVA ORDEM MUNDIAL (NOM)
É um termo genérico que tem sido utilizado através dos tempos  para se referir a uma conspiração mundial dirigida por um grupo poderoso e secreto que planeia dominar e escravizar o mundo através de um governo mundial único.
O plano tem como objetivo derrubar governos de todo o mundo, erradicando todas as doutrinas ou crenças religiosas, para unificação dos povos sob alguns princípios universais que visam implantar uma ordem política, económica, social e religiosa à escala mundial.
De acordo com a “Teoria da conspiração" ou Nova Ordem Mundial, não haverá classe média, apenas governantes e servidores; todas as leis serão uniformes sob um sistema legal de côrtes mundiais praticando o mesmo código unificado de leis; haverá apoio de uma força policial e um Governo Mundial militar One World unificada, para fazer cumprir as leis em todos os países.
A população mundial será reduzida em dois terços.



O sistema estará na base de um estado de bem-estar; os que forem obedientes e subservientes ao Governo Mundial serão recompensados ​​com os meios para viver, os que forem rebeldes irão simplesmente morrer de fome ou ser declarados ilegais...mortos

Será que o orgulho que por cá se encobre com o epíteto de auto-estima tem como único resultado cegar as pessoas, impedindo-as de progredir por não saberem como, (só?) ao não compreenderem os seus erros?

Todas as guerras, revoluções e conflitos têm sido, desde sempre, planeados por esses grupos financeiros, por meio de entidades não eleitas e supranacionais com a finalidade de subjugar as populações através da dívida e criação monetária privada.

(Símbolo maçon no cinto da acompanhante da Raínha)

A parte social da Nova Ordem Mundial é dominada pelos banqueiros internacionais, barões do petróleo, cartéis farmacêuticos, outras grandes corporações multinacionais e a Família Real da Inglaterra (a rainha Elizabeth II, descendente do braço alemão da Realeza Europeia Saxe-Coburg- Gotha, substituída por Windsor em 1914) que controla as camadas superiores da NOM. 
Os centros de decisão encontram-se em Londres, Basileia e sede da NATO em Bruxelas.
A ONU e agências internacionais como OMS, FMI, BCE, Banco Mundial e outros grandes organismos financeiros, são dirigidas por homens “formados” por um restrito número de famílias que tem vindo a acumular cada vez mais riqueza e poder.
Fazendo uma seleção dos maiores bancos mundiais e dos acionistas que decidem, pode concluir-se quem são as maiores empresas da atualidade.

Blog octopedia (empresas e famílias dominantes):

«As 8 maiores empresas financeiras dos Estados Unidos (JP Morgan, Wells Fargo, Bank of America, Citigroup, Goldman Sachs, US Bancorp, Bank of New York Mellon e Morgan Stanley) são controladas a 100% por 10 acionistas e há um núcleo de 4 empresas sempre presentes em todas as decisões: BlackRock, State Street, Vanguard e Fidelity»


«A Reserva Federal está sob a vigilância de 4 grandes empresas privadas - BlackRock, State Street, Vanguard e Fidelity

Estas empresas controlam assim a políticas monetária americana (e mundial) sem qualquer fiscalização ou eleição "democrática".
Foram elas que desencadearam e participaram na crise económica mundial atual e, graças a ela, enriqueceram ainda mais.



“Famílias”:

Goldman Sachs, Rockefellers, Lehmans e Kuh Loebs de Nova Iorque
Rothschild de Paris e Londres
Warburg de Hamburgo
Lazards de Paris  
Israel Moses Seifs de Roma.

Elas dominam também os paraísos fiscais nas Ilhas Caimão, domiciliações jurídicas no Mónaco, sociedades fictícias no Liechtenstein e outras.

Alguns exemplos de empresas controladas por este grupo dos 4:

Alcoa Inc., Altria Group Inc., American International Group Inc., AT&T
Inc., Boeing Co., Caterpillar Inc., Coca-Cola Co., EI DuPont de Nemours & Co., Exxon Mobil Corp., General Electric Co., General Motors Corporation, Hewlett-Packard Co., Home Depot Inc., Honeywell International Inc., Intel Corp., International Business Machines Corp., Johnson & Johnson, JP Morgan Chase & Co., McDonald's Corp., Merck & Co. Inc., Microsoft Corp., 3M Co., Pfizer Inc., Procter & Gamble Co., United Technologies Corp., Verizon Communications Inc., Wal-Mart Stores Inc. Time Warner, Walt Disney, Viacom, Rupert Murdoch's News Corp., CBS Corporation, NBC Universal, etc.

O banqueiro sionista Paul Warburg disse, em 17 de fevereiro de 1950 perante o Senado dos EUA:
"Nós teremos um governo mundial, quer gostem ou quer não gostem. A única questão a debater é se esse governo irá ser alcançado pela conquista ou por consentimento."

Sede do BIS, Basileia

Portanto, é um esquema piramidal, na base do qual estão os Estados (nós) que precisam de dinheiro; no nível acima, os bancos privados; acima, os bancos centrais; mais acima ainda, o BIS - Banco de Compensações Internacionais (BIS, do inglês Bank for International Settlements), o Banco Mundial dos Bancos Centrais.
Os presidentes dos 60 bancos centrais mais importantes do planeta (inclusive Portugal, Brasil, China, Estados Unidos, França, Italia, israel, Alemanha, Índia, Reino Unido, Rússia, Banco Central Europeu...), encontram-se na sede, em Basileia.

A NOM pretende criar o máximo de desinformação possível, bombardeando os seus veículos - TV's, jornais, revistas - com informação sem interesse e de entretinimento, enquanto as notícias polémicas aparecem em pequenos apontamentos, quase escondidas e abafadas pelas outras.

Ao defenderem que “Os fins justificam os meios”, são mais maquiavélicos do que Maquiavel na sua obra “O Príncipe”.
Maquiavel defende a centralização do poder político e não propriamente o absolutismo, como muitos pensam. Defende que o príncipe não faça coisas para ser odiado, como confiscar propriedades ou demonstrar avidez e desinteresse.





Os países ocidentais, fruto de um terrorismo económico bem orquestrado para a demolição controlada da economia, afundam-se em dívidas cada vez mais difíceis de pagar.


Sara Sanz Pinto:
-Acha que Portugal está a ser atacado por assassinos económicos?

John Perkins, ex-consultor na empresa Chas. T. Main:

Sim,absolutamente, tal como aconteceu com a Islândia, a Irlanda, a Itália ou a Grécia. Estas técnicas já se revelaram eficazes no terceiro mundo, em países da América Latina, de África e zonas da Ásia, e agora estão a ser usadas com êxito contra países como Portugal.
(…) Mas a boa notícia é que as pessoas em todo o mundo estão a começar a compreender como tudo isto funciona. Estamos a ficar mais conscientes.
(...) Por isso encorajo as pessoas de Portugal a lutar pela sua paz, a participar no seu futuro e a compreender que estão a ser enganadas. O vosso país está a ser saqueado por barões ladrões, tal como os EUA e grande parte do mundo foi roubado. E nós, as pessoas de todo o mundo, temos de nos revoltar contra os seus interesses.  (…) apenas existem e prosperam porque nós lhes compramos os seus produtos e serviços.(...) 

Será o início do fim sem fim?

Imagens google

quarta-feira, 6 de março de 2013

O MEU PAÍS TEM AROMAS


Portugal (via satélite)

Miscelânea, mosaico abrangente e caótico, arena geográfica de diversos protagonistas, Portugal é o "País que o mar não quer"- Ruy Belo 


O MEU PAÍS É UM MOSAICO

"De todos os cantos do mundo
Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua,
Onde me uni ao mar, ao vento e à lua"
Sophia de Mello Breyner Andresen

Em 830 Km de costa refugiam-se praias de areias finas e brancas para todos os gostos - banhadas por águas revigorantes e frias, no Minho; de beleza selvagem e enseadas abrigadas, no Alentejo; de influência cosmopolita por Lisboa, capital do mar; de grandes extensões ou de pequenas aldeias piscatórias, aninhadas entre os rochedos, no Algarve; de areia dourada, na costa de Sintra.
Mares de águas luminosas para mergulho e ondas imagem-de-marca animam os entusiastas do surf/windsurf nas Baleares, Guincho, Peniche, Nazaré, Matosinhos, Madeira.
Os faróis das Berlengas e cabos, guiam briosa e serenamente os navegantes nocturnos.
gaivotas que gritam “anacã! anacã! anacã!” e lotas de peixe fresco.

Cheira a maresia!

 Praias - Porto Santo                           Peniche

Lota de peixe de Cascais                                Farol do Cabo Espichel

As paisagens do interior são desenhadas com matas de pinheiros e caruma pelo chão, de sobreiros e oliveiras em planícies alentejanas, pomares de cerejeiras na Beira Alta ou de amendoeiras e laranjeiras no Algarve, de um cristalino espetáculo vulcânico e sebes de hortências nos Açores, de plantações de vinha em socalcos no Douro, de...

Cheira a jasmim!

 Amendoeiras em flor no Algarve                               Vale do Douro

As maravilhas gastronómicas (7 eleitas) - Alheira de Mirandela, Queijo da Serra, Caldo Verde, Arroz de Marisco, Sardinha Assada, Leitão da Bairrada e o Pastel de Belém - reservas de vinhos tinto e branco, Moscatel, Madeira e Porto; azeites extra virgem, ginja, conservas, rebuçados de mel e tantos pratos típicos, não têm rivais.


Cheira a mosto!

 Arroz de marisco                     Queijo da Serra da Estrela

Os rios prateados pela luz clara dum céu azul e luminoso, com ilhotas, castelos, vilas , cascatas, moinhos de água, pontes seculares, noras, poldras, praias, canoas, serpenteiam entre sulcos e vales. 


Cheira a sol!

 Rios Zêzere                                          Teixeira (para rapel) 

As Aldeias, algumas históricas (Sortelha, Linhares, Marvão, Monsaraz, Monsanto), e todas as outras, com casas de pedras soltas ou cantaria, caiadas de branco, com barras azuis ou amarelas que de história são feitas também, permanecem invictas, esquecidas ou modificadas.


Da minha aldeia vejo quando da terra se pode ver no Universo.
Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura... (…)”
Alberto Caeiro - O Guardador de rebanhos

                                                 Cheira a Saudade!

Aldeias - Alentejo                       Monsanto                                          


Os Mosteiros, Igrejas, Capelas, Ermidas, Cruzeiros, assinalam por todo o lado expressões de espiritualidade e de arte.


Cheira a Fé!

Cruzeiro na mata do Buçaco          Ermida do Salvador - Barcelos 

Termas, Parques naturais e arqueológicos, museus, teatros, jardins, palácios, estátuas, ruas calcetadas, solares, são testemunhos das características de um povo.
Cheira a Povo!

Calçada, Açores                                       Termas da Curia


O xadrez de música pop, jazz, rock, tradicional - um mapa de sons, dizeres, vozes, canções e instrumentos - em ambiente rural de campos e penedos ou entre fachadas urbanas, formam uma sinfonia de norte a sul do País.

Cheira a melodia!

Guitarra portuguesa                                        Sarroncas

Toda esta diversificada beleza em pequena escala (falta a maior!) quando associada, faz do diminuto País um dos paraísos preferidos pelo sol e pela saudade.


O  MEU PAÍS É PÁTRIA INGRATA 



"A ingratidão é sinónimo de falta de cultura."
 Bjornstjerne Bjornson -Noruega




A ingratidão é uma característica portuguesa.

“Há uma tendência em «abortar» ou boicotar os grandes e generosos projetos, as coisas bem pensadas. Não se percebe.”- Aventar

Este país consegue ser uma verdadeira desilusão para os que querem o melhor para ele. Os cientistas, intelectuais, artistas, enfermeiros e tantos outros profissionais já emigraram...

Somos um país acolhedor e os estrangeiros, os turistas, reconhecem-no. Por que não o somos para os nossos, em primeiro lugar, antes que se tornem eles mesmos estrangeiros noutros cantos do mundo, gera revolta.
Segundo os recentes dados do Instituto de Estatística, mais de 250 mil pessoas saíram do país nos últimos três anos. São números iguais aos do primeiro grande Boom da década de 60. Naqueles tempos os portugueses eram identificados como os da “mala de cartão”; hoje pode dizer-se que são os “emigrantes da batina”.


Mas continuam a amar o seu país, por muito ingrato que ele seja...
Este ano, as remessas de dinheiro enviadas por emigrantes para Portugal estão a superar as de 2012.
O apego à terra e à família ainda falam mais forte do que a própria razão.

“Pareço um doido a correr esta pátria e nem chego a saber porquê”.
Miguel Torga

Extrato de uma carta escrita por um enfermeiro de 22 anos, ao Presidente da República:
(…) Porém, irei partir. Dia 18 de Outubro levarei um cachecol de Portugal ao pescoço e uma bandeira na bagagem de mão. Levarei a Pátria para outra Pátria, levarei a excelência do que todas as pessoas me deram para outro país.
Em menos de 48 horas estarei a embarcar para o Reino Unido numa viagem só de ida. É curioso, creio eu, porque a minha família (inclusive o meu pai) foi emigrante em França (onde ainda conservo parte da minha família) e agora também eu o sou. Os motivos são outros, claro, mas o objetivo é o mesmo: trabalhar, ter dinheiro, ter um futuro. Lamento não poder dar ao meu país o que ele me deu (...)”

Não se pode viver com coerência o presente e menos ainda construir o amanhã se se perdem as raízes (…) Não existe desenvolvimento autêntico se se edifica de costas a própria identidade”.Germán Doig


Cheira a diáspora!

O MEU PAÍS ESTÁ FALIDO

"Todos os dias há 62 novos portugueses falidos a pedir ajuda à Deco"
 Jornal de Notícias, 1.8 2011

Um grande número de acontecimentos ao longo de quase trinta e nove anos, tem envolvido muitos interesses de algibeira que geriram criminosamente os impostos dos portugueses, inventaram o BPN, aceitaram os contratos desastrosos das PPP, elegeram corruptos para governar o Pais, premiaram os maus gestores, destruíram a classe média, aumentaram o número de pobres.

Ilustração de Natália Cóias

As falências e as privatizações criaram e continuam a criar oportunidades de negócios:  
“Bruxelas solicitou que Portugal vendesse o abastecimento de águas e que fosse promovida a privatização das empresas nacionais de água “Águas de Portugal”. Quer transformar um bem comum, em objecto de especulação das multinacionais.

Em Paços de Ferreira a iniciativa está a ter como consequência um aumento de 400% em muito poucos anosl

No que respeita à Zona Euro, Portugal é o terceiro país menos rico e entre os fundadores, o único onde mais de metade da população ainda vive em regiões “pobres”, dentro da Europa.
Na última década, só os Açores se aproximaram da riqueza média da UE.

Cheira a corrupção!

O MEU PAÍS ESTÁ SENESCENTE 


Quase 20% da população residente em Portugal é idosa, revelam os dados definitivos dos Censos 2011, que registaram mais de dois milhões de pessoas com 65 anos ou mais a viver no país.

Por outro lado, o Instituto Nacional de Estatística (INE) registou também um decréscimo para os 15% da população jovem, sendo que, numa década, se perdeu população em todos os grupos etários até aos 29 anos, e que, no grupo entre os 0 e 14 anos de idade, os valores registados são ligeiramente superiores a 1,5 milhões de habitantes.
As regiões do Centro, Alentejo e Algarve são as únicas que apresentam valores abaixo da média nacional de 3,5 ativos para cada idoso.”


Desde Fevereiro deste ano que apareceram vários idosos solitários, encontrados mortos em casa. Alguns estavam desaparecidos há anos. Nalguns casos as autoridades ignoraram os alertas dos vizinhos mas noutros ninguém deu, sequer, pela falta deles.


Cheira a tristeza!

O MEU PAÍS É A PÁTRIA DOS PACOTES DE AUSTERIDADE

O "The New York Times", um dos mais prestigiados jornais do mundo, publicou uma galeria de fotos acompanhada por números que dão conta do sério agravamento das condições de vida dos portugueses.
Retratos de sem abrigo, de idosos, de imigrantes pobres e de jovens de malas feitas para emigrar, das manifestações e dos confrontos em frente à Assembleia, ou de um cemitério e um edifício devoluto, surgem na fotogaleria intitulada "Portugal aprova mais um pacote de austeridade".

Cerca de 21% dos idosos em Portugal vive atualmente na pobreza (...) 1,4 milhões de desempregados (quase 16% da população), dos quais apenas 370 mil recebem apoios mensais do Estado (...), 735 mil edifícios devolutos, são alguns dos números que acompanham as 16 fotografias que retratam a deterioração da situação social deste país situado no extremo ocidental da Europa. 
Expresso. Sapo, 29.11.2012

Ver a fotogaleria no site do jornal New York Times.


O meu País é uma Pátria cada vez mais limitada às fronteiras, sem economia e sem trabalho. O meu País é cada vez mais caro, com menos oportunidades, mal governado; tem baixa política e não ouve o clamor dos esquecidos.
"Somos sobretudo um povo ridículo porque não o queremos parecer"

Cheira a pobreza!


Sopa dos pobres, hoje          há 43 anos(Centro Social da Cova e Gala) 


Pátrias que provocam a desagregação da nação de que participam, fazem com que os valores dessas pátrias sejam divisores, destruidores, desmoralizantes.


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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

PORQUE SE DESISTE



Porque deixou de haver condições para lutar.
Porque logicamente, já não vale a pena continuar.
Porque se perdeu o que dava valor a uma vida a completar.
Porque de repente, em contramão se passou a circular.
Porque a vontade é impotente perante o que está atrás do seu lugar.
Porque os sonhos acabados se perderam num buraco de ar 
Poque há sucessivas portas e janelas a fechar
Porque a travessia do deserto não chegou a atingir o mar…

O mar, abismo de ilusões, obstáculos, incompreensões, determinações, sofrimentos, estratégias, frustrações, metas.

Ao mar (e que belo mar!) do “Lawrence da Arábia”…



“Quando a gente está triste demais, gosta do pôr-do-sol”.

Ou de ficar na areia banhada pelo oceano, entregue indefinidamente às marés fortes das luas Nova/Cheia e marés baixas dos quartos Crescente/Minguante, ouvindo silêncios de água, sondando interrogações, procurando palavras naufragadas e tentando, em vão, lavar as pústulas da putrefacção...

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domingo, 17 de fevereiro de 2013

25 DE ABRIL,SIM. MAS OUTRO... - 2


No prosseguimento do tema do post anterior, outros itens de carácter geral:



- ECONOMIA

A economia cresceu fortemente sobretudo após 1950 e Portugal foi cofundador da EFTA, OCDE e NATO.
Ao assinar o tratado de Estocolmo, Portugal entrou para uma zona de trocas livres, sobretudo bens industriais, com alguns serviços sem pagamento de direitos aduaneiros. Houve benefícios em quantidade de novos mercados e em qualidade nas exportações - importante no sentido político, da internacionalização da economia e ajuda ao desenvolvimento.
Desde a década de 40 até à de 70, houve uma economia forte e saudável, com um crescimento sustentado dos maiores do mundo apesar de, durante esse mesmo período, ter uma organização institucional diferente das restantes economias da Europa Ocidental.


 

A diminuição do número de trabalhadores, devido aos depósitos dos emigrantes, não a afetou; manteve-se constante e os salários aumentaram cerca de 50%.
As pessoas poupavam e amealhavam.



Mas foi desbaratada.

Em 1985, com o tratado de adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia, Portugal recebeu elevados fundos destinados a ajudar o desenvolvimento e a estimular a economia, com a formação de novas empresas. Muitos desses fundos não foram bem geridos por alguns sectores empresariais, o que terá impedido um maior desenvolvimento do País nos anos seguintes à adesão.


Cavaco Silva, inquilino usurpador (porque introduzido mascarado duma falsa honestidade) do País durante quase 18 anos, lançou a primeira pedra para a situação catastrófica em que nos encontramos, alterando drasticamente as práticas da economia.



Excepcionalmente, até finais da década de 90 e princípio do século XX houve melhoria das condições de vida dos trabalhadores, com o aumento dos salários e uma maior estabilidade no emprego.

“A economia portuguesa registou a segunda maior recessão da sua história em 2012, com uma queda de 3,2% de acordo com o INE, encontrando um registo anual mais negativo apenas em 1975, com dados que não são inteiramente comparáveisPortugal esteve em recessão quatro vezes nos últimos dez anos e teve pela primeira vez dois anos de recessão consecutiva em 2011 e 2012.
Agência Lusa, 14 Fev. 2013 

Os pobres continuam pobres e os remediados empobrecem.


- GUERRA DE ÁFRICA/COLONIAL

Um império global implica a extensão da soberania de um Estado sobre territórios por todo o mundo. O primeiro império global foi o Império Português multicontinental, desde o início do século XVI (1415 - Ceuta) até 1999 (Macau) ou 2002 (independência de Timor-Leste).


Quando Salazar assumiu o poder, Portugal tinha fronteiras imperiais respeitadas internacionalmente. Para ele, era lógico defender intransigentemente as colónias “cobiçadas pela URSS através dos seus peões no terreno”, como fazendo parte do nosso território. E estava mesmo convencido que o ocidente “acabaria por reconhecer as vantagens…” (João Hall Themido).
A NATO funcionava como um refúgio dos ataques internacionais.
John Kennedy, adepto da descolonização e porque a Índia era importante para os EUA, quis negociar as províncias ultramarinas, propondo uma solução gradual.

"Portugal não está à venda"

A guerra colonial teve efeitos demográficos, económicos, financeiros e comerciais externos, diplomáticos e políticos.

A partir de 1962, Portugal ficou isolado na cena política, principalmente nas Nações Unidas. Os países do médio oriente, destinos de exportação, desapareceram das relações diplomáticas e comerciais

A sustentação da luta militar passou a exigir um esforço financeiro muito grande - exército, marinha, aviação, transportes, abastecimentos.

A mobilização de muita mão-de-obra, jovens em idade casadoira, diminuiu a natalidade e as famílias ficavam destroçadas por verem partir os seus filhos para longe, com regresso incerto.

Navio Niassa 

O dinheiro começou a deixar de ser usado no investimento de infraestruturas da Metrópole.


E se não tivesse havido ponte aérea?
"Espoliado" 
(...)
- É trapo da bandeira... e caravelas
Chegadas ao cais e arreadas as velas
Por ventos de Leste e… Alta traição!"

Foi atribuído um total de 3.209.540 contos de subsídios de desemprego e 348.257 contos de abonos de família.

A Guerra de África tornou-se a motivação dominante do MFA para conceber e preparar um golpe de Estado contra o regime.


E poderia continuar a dar incremento a outros itens (de ANTES e DEPOIS) como:




CRIMINALIDADE 
IMPUNIDADE
REINCIDÊNCIAS 
DINHEIROS PÚBLICOS 
PESSOAS (IN)COMPETENTES

Etc.


- TRINTA E NOVE ANOS DEPOIS 




O País está empobrecido, a classe média quase desaparecida, o desemprego situado na 3.ª maior taxa da EU (Eurostat), o salário mínimo ( 485),com tendência para baixar, o salário máximo (Fernando Pinto, por ex., presidente da TAP, recebia em 2010 à volta de 30 mil € brutos/mês) não tem limite, as promessas são arquitectadas em mentiras, os casos judiciais prolongam-se no tempo, a podre política é sustentada pelo poderio económico, o compadrio é cada vez mais exagerado, o 1.º ministro convida à emigração, a comunicação social trabalha para os lobbies financeiros e para o domínio político. Vamos tendo melhores cuidados de saúde mas não podemos pagá-los…

As medidas de austeridade continuam, as falências e privatizações criam oportunidades de negócio e os gestores dos bancos recebem da mesma maneira os seus elevados ordenados, acrescidos de bónus por gerirem a crise.

E haverá mesmo liberdade de expressão?

O cidadão passou a escolher o seu governo e existem sindicatos; mas onde estão as vantagens?

Estaremos contentes com esta democracia?

Somos sobretudo uma potência atlântica, presos pela natureza à Espanha, política e economicamente debruçados sobre o mar e as colónias"
vidas lusófonas

"(...)
Nem a favor da Grã-Bretanha, nem a favor da Alemanha, mas só a nosso favor”, era um dos pilares de sustentação do regime e uma justificação para a sua neutralidade durante o conflito, assim como para a exclusão deliberada e desejada por Salazar, do Plano Marshall. Paradoxalmente, seria a guerra anacrónica de sangues locais e metropolitanos que levaria ao colapso do regime em 1974…"
blog-Viriato à pedrada

Quando Marcello Caetano chegou ao Poder, já tudo se encontrava demasiado enfraquecido, sem hipóteses de êxito na construção de eventual solução política. Logo, o caminho para o golpe militar foi rápido, a vitória facilmente vitoriosa e a descolonização apressada.

Apesar de tudo, além do fim do conflito ultramarino esperava-se muito mais da revolução; as pessoas aderiram sem reservas aos ideais do Movimento das Forças Armadas.


E o sonho europeu também ameaça desfazer-se.

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