Porque deixou de haver condições para lutar.
Porque logicamente, já não vale a pena continuar.
Porque se perdeu o que dava valor a uma vida a completar.
Porque de repente, em contramão se passou a circular.
Porque a vontade é impotente perante o que está atrás do seu lugar.
Porque os sonhos acabados se perderam num buraco de ar
Poque há sucessivas portas e janelas a fechar
Porque a travessia do deserto não chegou a atingir o mar…
O mar, abismo de ilusões, obstáculos, incompreensões, determinações,
sofrimentos, estratégias, frustrações, metas.
Ao mar (e que belo mar!) do “Lawrence da
Arábia”…
“Quando a gente está triste demais, gosta do pôr-do-sol”.
Ou de ficar na areia banhada pelo oceano, entregue indefinidamente
às marés fortes das luas Nova/Cheia e marés baixas dos quartos Crescente/Minguante,
ouvindo silêncios de água, sondando interrogações, procurando palavras
naufragadas e tentando, em vão, lavar as pústulas da putrefacção...
Imagens Google
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