A universalidade de Eusébio
Jornais rádios e televisões de todo o mundo, lembram a
lenda do futebol mundial
Resultados da pesquisa feita através do sistema de
monitorização de Social Media da Cision, que recolhe informação relativa a
comentários nas redes sociais e que está ligado às principais plataformas de
social media - Facebook, Twitter, Google , Youtube, Fóruns e blogosfera:
- 24.857 conteúdos noticiosos, dos quais 5293 em Portugal e os
restantes 19.564 em 116 países
Destes países destacam-se, pelo volume de informação, o
Reino Unido com 1.990, a Espanha com 1.880, a Alemanha com 1.377, a Itália
1.252, a França com 1.019 e o Brasil com 987
- A palavra
Eusébio foi detectada em mais de 411 mil interacções e em diversas línguas,
maioritariamente o português, o inglês, o espanhol, o francês, o alemão e o
italiano.
Surgiram ainda
interacções em línguas menos expectáveis, como o dinamarquês, finlandês, polaco, russo ou o japonês.
Soares fala de Eusébio
como um homem sem cultura e viciado no álcool. O depoimento aconteceu na RTP N
"era um bom homem, de pouca cultura, só
percebia de futebol mas, ainda assim um bom homem...Não sabia que ele estava
doente. Sabia que bebia muito whisky logo de manhã..."
Podem ouvir aqui
A snobeira de
Soares
(…) não tenho saco para a snobeira que Mário
Soares revela em cada gesto e em cada palavra (…) tiques de superioridade com a
falsa bonacheirice ("o bochechas"), com as palmadinhas, abracinhos e
palavrinhas porreiras.
(…) o absurdo
paternalismo de um homem que se julgava no direito natural de mandar em
Portugal. Hoje em dia, sem a necessidade de contactar eleitoralmente com as massas,
a snobeira de Soares sem as luvas de pelúcia está à vista de todos.
(…) os senadores deviam comportar-se como senadores, e não
como dondocas. »
Henrique Raposo
Extractos de episódios que revelam a personalidade de Eusébio
(…) Antes de um Benfica-Sporting que se seguiu a
um dérbi marcado por uma goleada pediram-me que juntasse dois jogadores de cada
equipa para me contarem histórias desses jogos entre rivais. Coisa complicada e
difícil.
(…)
O problema era o
local do encontro, pensei eu, tentando imaginar um sítio neutro. Mas não foi
necessário: todos se disponibilizaram para se encontrarem com Eusébio onde ele
escolhesse. Foi na Luz. Ninguém falhou. E, entre muita polémica e discussão,
ele monopolizou a conversa durante quatro horas, perante o respeito de todos os
outros. Eu acabei por ter o trabalho mais fácil: foi só transcrever e
cortar, cortar, cortar.
Um ou dois anos
depois, numa viagem também para terras nórdicas, surgiu um problema no controlo
de estrangeiros no aeroporto. As coisas eram menos profissionais do que hoje e
um jogador novo não tinha o passaporte Ok. Até que chegou Eusébio, todo ele
sorrisos, e de repente ouvem-se várias vozes gritar o seu nome. Passageiros e
funcionários correram a pedir-lhe autógrafos. Ele perguntou o que se passava e,
como que por milagre, franquearam-se todas as entradas"
Filomena Martins
"São histórias de um
miúdo… miúdo que ia com o tio, que era o médico do Benfica… um miúdo que adorava
aquela sensação de poder atravessar o gradeamento por onde poucos passavam e
entrar no estádio pela porta principal. Depois esperava. Pelos jogadores. Pelos
treinadores. Por ti.
(…)
Tu chegavas sempre com
o teu sorriso humilde e cumprimentavas-nos. “Como está doutor?” “Olá miúdo, estás
bom?”. Eu lá abanava a cabeça. Eras o Eusébio. E estavas a falar comigo. Como
podia dizer que não? Nunca te vi jogar. Ao vivo, pelo menos.
(...)
Mas ouvi vezes sem conta a descrição da forma como corrias, como inclinavas o corpo para a frente quando rematavas a bola, como a tua perna ficava esticada a apontar para a baliza, como deixavas os braços perfeitamente equilibrados junto ao corpo, como os teus remates tinham uma potência incrível numa época em que as bolas de futebol, molhadas, deviam pesar uns três quilos – ao contrário dos balões com que hoje se joga futebol.
(...)
Mas ouvi vezes sem conta a descrição da forma como corrias, como inclinavas o corpo para a frente quando rematavas a bola, como a tua perna ficava esticada a apontar para a baliza, como deixavas os braços perfeitamente equilibrados junto ao corpo, como os teus remates tinham uma potência incrível numa época em que as bolas de futebol, molhadas, deviam pesar uns três quilos – ao contrário dos balões com que hoje se joga futebol.
(…)"
Nuno Tiago Pinto. jornalista
Imagens Google