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terça-feira, 2 de junho de 2015

DIA DA CRIANÇA


Porque é bom ser criança?


Encontrei esta pergunta na Net, em “educar para crescer, concurso-cultural/dia-das-crianças” 

E as três primeiras respostas melhor classificadas foram:
1º Lugar
Porque só uma criança consegue ver roupas dançando no varal,
Rir sem se importar com a moral,
Fazer do papel o seu avião ou um caminhão.
Gostar de alguém sem enganação.
Ser feliz com coisas do tamanho de um grão.
Imaginar que o mundo cabe na mão.

2º Lugar
Podemos viver a fantasia, usar a imaginação! Transformar cabo de vassoura em cavalo, caixa em foguete, panela em chapéu! Dar a volta ao mundo em um único dia...ter muitos amigos imaginários ou não! Ser criança é "tudibom"! 

3º Lugar
Porque ser criança é provar o sabor da infância, saborear o prazer da inocência, experimentar a fantasia e saciar a fome de alegria. É satisfazer o desejo de brincar e ficar feliz por poder se alimentar: de sonhos!

E onde estão incluídas pelo menos 15 milhões de crianças que foram atingidas por conflitos e guerras, sequestros, tortura, recrutamento e surto de ébola, assim como os 2.6 milhões que se encontram abaixo do limiar de pobreza nos países mais ricos do mundo desde 2008, segundo informações da UNICEF?

Os direitos das crianças são uma farsa!

Alguns depoimentos/ Testemunhos



- "4 Crianças à venda. Tratar aqui dentro."
Aconteceu em 1948 nos Estados Unidos, Chicago. Lucille Chalifoux, mãe desesperada, sem dinheiro para alimentar os quatro filhos (e grávida do quinto) resolveu vender as crianças por 2 dólares - Lana de 6 anos, Rae de 5, Milton de 4, e Sue Ellen de 2.


- Os Indígenas no Brasil ainda sofrem com o desrespeito sobre os direitos dos seus territórios.
"Uma criança de oito anos foi queimada viva por madeireiros em Arame, cidade da região central do Maranhão.
E enquanto a criança, de etnia awa-guajá agonizava, os carrascos divertiam-se com a cena."


- "Neste fim de ano pude testemunhar e viver a vergonha do racismo aqui na multi-cultural cidade de São Paulo. E com pessoas próximas e queridas…
Na sexta-feira, 30, nossos primos, espanhóis e seu filho de 6 anos foram a um restaurante, no bairro Paraíso (ironia?) para almoçar.
O garoto quis esperar na mesa, sentado, enquanto os pais faziam os pratos no buffet, a alguns metros de distância.
A mãe, entre uma colherada e outra, olhava para o pequeno. De repente, ao olhar de novo, ele não estava lá.
Preocupada, deixou tudo e passou a procurá-lo em volta.
O menino tinha sido expulso por um funcionário, segundo outros clientes. Desesperada, saiu para a rua e encontrou-o encolhido a chorar num canto. Inquirido (em catalão, sua língua) disse:
- “O senhor pegou-me pelo braço e me jogou aqui fora“.


- A foto demonstra o que acontece com as crianças da Birmânia.
Porque prefere a maior parte da imprensa fechar os olhos a estes crimes?
Porque é mais mediático cobrir um casamento gay ou a vida social dum astro- pop do momento. No brutal assassinato de crianças muçulmanas não está interessada.”

- "A imagem acima é chocante mas é a mais pura realidade da África. Crianças que não têm comida nem, muitas vezes, um lugar para dormir ou descansar! Triste realidade!”


- “Esta menina perdeu a mãe na guerra.
No pátio do orfanato desenhou-a com giz.
Aconchegou-se num colo que não existe mais, deixando de fora as sandálias para a respeitar, como manda a cultura oriental quando se entra num lugar santo."
(Explicação que acompanha o pps)


 - "As crianças hoje em dia são cada vez mais precoces".
Conhecem mais cedo o beijo, o xingamento, o preconceito, a libertinagem, a rebeldia, o sexo (voluntária ou involuntariamente), bebidas alcoólicas, drogas, festas, orgias.
Hoje, um menino sofreu uma paragem cardíaca por ser obrigado a ingerir bebidas alcoólicas.
Ontem, outro menino no ónibus falava mais palavrões que a Derci e o Felipe Neto juntos. Uma menina de 14 anos foi motivo para uma reportagem por estar grávida de trigémeos e o pai das crianças, de 16 anos, quase tira sua vida ao saber da notícia. Roubou um carro para tentar ajudar nas necessidades da gestação e criação dos filhos.”



- "Infelizmente, a cruel realidade do trabalho infantil perpetua a pobreza, pois priva a criança do acesso à escola e consequentemente, da possibilidade de ter uma formação que possa transformar a sua situação de miséria.
A China, a Índia e a Indonésia, têm o nível mais elevado de crianças a trabalhar do mundo - cerca de 122 milhões entre os 5 e 14 anos de idade. De acordo com o OIT (Organização Internacional do Trabalho), metade das crianças realiza trabalhos considerados perigosos - na agricultura, no espaço doméstico, no negócio da prostituição, na mecânica, na recolha do lixo, etc.
Quase nenhum país do mundo está livre desde o Egipto, à Síria, ao Perú, à Líbia, muitas vezes com o aval não só dos Ministérios do Trabalho dos seus países, mas também de uma infinidade de Ong´s pelo mundo.


- Beirute 
“Elas usam foguetes como traves de futebol e os tanques abandonados são as suas ilhas do tesouro.
No seu mundo, asseguram os moradores e activistas, a guerra é um jogo, as crianças sírias são reféns de um conflito que as forçou a banalizar a morte e a violência”

- Na Ucrânia, os terroristas russos usam crianças-soldados.



- "Cerca de 50 jovens do ensino médio participam de acampamento militar de inverno em Cheongryong, na Coreia do Sul. Durante quatro dias, os alunos têm palestras, usam trajes de soldados e participam de actividades militares, que, segundo o governo, fortalecem o corpo e a mente das crianças".

- Nepal
"A deusa do poder é escolhida entre as meninas de três a cinco anos filhas dos súbditos mais ricos, principalmente joalheiros. 
As crianças são sujeitas a provas de resistência psicológica incríveis, como acordar com a cabeça de um animal morto na própria cama. Só a que mostra grande coragem é escolhida. Depois, fica enclausurada no palácio, educada por sacerdotisas, afastada da família para aparecer em ocasiões especiais, enfeitada como a Deusa.
O seu reinado acaba quando aparecem as primeiras regras menstruais..."

Que mundo é este? Onde estão os defensores das crianças? Por onde anda, afinal, a UNICEF? E a Cruz Vermelha Internacional?



Pesquisa e imagens Google

domingo, 31 de maio de 2015

"... NÃO QUERER É PODER "





"Todo o poder é triste."
Será, no mínimo, uma declaração enigmática.
Pois se o poder não possui alegria, se é desagradável ou infeliz, porque há tanta gente atraída pelo compulsivo fascínio de qualquer pedacinho dele?

Mas quem o define assim, é Émile-Auguste Chartier  (1868 - 1951), filósofo francês, jornalista e ensaísta, em “Considerações II”, utilizando um dos vários pseudónimos literários, Alain.
Como defensor acirrado da liberdade de pensamento e do indivíduo, as suas crónicas, consideradas de alta qualidade literária, abordavam a política, a economia, a religião, a educação e a estética, sempre com a mesma finalidade - a luta pacifista. Em 1934 foi, até, um dos fundadores do Comitê de Vigilância dos Intelectuais Antifascistas (CVIA). 
Apesar de pacifista, alistou-se no exército francês e, no plano político, dedicou-se ao movimento radical em favor de uma república liberal, estritamente controlada pelo povo.
Logo, tem fundamentos para sustentar a veracidade de tal constatação…

É triste porque, segundo vários filósofos, antes de tudo, é uma negação.
O que fascina no poder é o prazer sadomasoquista de permitir e consentir o que antes era proibido e já estava negado.
 “A tristeza do poder nasce pelo facto de que todo o poder (Kratos) é uma forma de negar a potência (Dynamis) vital do ser. Todo o poder se manifesta no não”.
Alimenta-se da impotência.

Luiz Fuganti (filósofo, arquitecto, professor, escritor), defende que só o impotente pode dominar.
O impotente, não encontrando meios de crescer sozinho, investe no poder porque não suporta a potência do outro. Captura apostando numa sedução de falsas promessas. Ele cria a tristeza e depois oferece a salvação. Coloca-se assim a aceitação na mão do outro.


Se eu preciso de pedir autorização a alguém para fazer, ou obter, ou querer ou sonhar alguma coisa, é porque antes eu não podia fazer, obter, querer ou sonhar por mim mesmo. O poder bloqueia a minha vida.

Porque deixamos que o poder se exerça sobre nós? 
Porque sem nós, o poder não tem sentido.
A miséria, a desqualificação e a hipocrisia são muito importantes para o poder. E é muito importante para o poder incluir-nos na miséria - com a ajuda da justiça e da lei.

O sacerdote precisa da tristeza dos seus fiéis, precisa que eles se sintam culpados.




Hegel (1770-1831), filósofo alemãodiz: “O senhor é aquele que é reconhecido pelo escravo e o escravo é aquele que prefere a sobrevivência à vida (…). Aí o senhor empina o pescoço”







Nietzsche (1844-1900), filólogo, filósofo, crítico cultural, poeta e compositor alemão, interroga: “Que senhor é esse, que precisa do olhar do escravo para ser senhor?”





A grande contradição é que tanto o senhor como o escravo são vítimas do poder porque a perversão faz parte de todos nós, embora em proporções diferentes.
Não há reconciliação entre poder e potência porque o poder faz do corpo uma função e a potência faz da vida uma criação.
“Só somos efetivamente livres quando nós criamos – não apenas objectos no mundo, mas quando nós criamos as condições da produção dos objectos, as condições dos movimentos, dos afectos, das acções e das paixões, das experimentações sensíveis do corpo, as condições da produção e da invenção do pensamento, porque pensar antes de tudo é inventar. Não basta imaginar para pensar. Pensar é inventar realidade. (…) “ 
Fuganti




Foucault (1926-1984), historiador e filósofo francês, também diz que "o poder não age tanto por repressão, ele age muito mais por sedução. Power está em toda parte "e" vem de todos os lugares " e, nesse sentido, é uma espécie de "metapower" ou "regime de verdade" que permeia a sociedade e que está em constante fluxo e negociação.



Muitas vezes o homem deseja ser ofendido para se poder vingar.
As pessoas sentem prazer em guardar raiva, rancor e ressentimentos porque, embora lhes provoquem sofrimento, também lhes dão a sensação de poder, de um “ego certo” perante o “errado do outro”. 
Acontece a mesma condição de superioridade quando julgamos e criticamos, ainda que só mentalmente.



Fernando Pessoa (1888 – 1935), filósofo e escritor - o mais universal poeta português:
“Querer não é poder. Quem pôde, quis antes de poder só depois de poder. Quem quer nunca há-de poder, porque se perde em querer”.
Livro do Desassossego




Diz-se que a consciência é a voz da razão. 
Que útil seria se chegasse antes de se tomarem tantas decisões importantes!


Imagens Google

domingo, 24 de maio de 2015

"HOJE O MUNDO É VERMELHO"



Apesar de ser considerado o desporto mais popular do mundo e de a actividade mais antiga que se assemelha ao futebol moderno datar dos séculos III e II a. C. (dados baseados num manual de exercícios correspondentes à dinastia Han, antiga China), não fazia parte da minha expressão cultural.
Nem mesmo, penso, da expressão da maior parte das mulheres pois, sendo considerado essencialmente um desporto para homens, nem permitia o ingresso feminino.
O primeiro jogo feminino com regras de futebol ocorreu em Glasgow no ano de 1892. Proibido em Inglaterra de 1921 a 1969 (não noutros países), o primeiro encontro internacional de selecções só aconteceu em 1972.
E, actualmente, segundo uma pesquisa realizada pela FIFA, existem cerca de 26 milhões de jogadoras no mundo (1 para cada 10 jogadores).


Mas a Seleção Nacional Portuguesa fazia parte do Campeonato do Mundo de 1966. 
E Eusébio ajudou-a a alcançar um injusto terceiro lugar (lembro-me de muita imprensa ter divulgado o “roubo” do primeiro, pela Inglaterra), foi o maior marcador da competição, recebeu a Bota de Ouro e a Bola de Bronze.

E Eusébio era do Benfica

E o Benfica passou a ser o meu Clube preferido …

E ontem o Benfica foi campeão nacional pela 33ª vez …


José Rosa Rodrigues, um dos fundadores do então Sport Lisboa em 28 de Fevereiro de 1904, foi o primeiro Presidente.


As estimativas em relação ao número de adeptos apontam para cerca de 14 milhões espalhados por todo o mundo (confirmado pela FIFA na revista The Weekly em Fevereiro 2014)…

Era o clube dos emigrantes. Penso que continuará maioritariamente a sê-lo.  
É, também por isso (além da magia de Eusébio), que gosto de me juntar a eles. As minhas melhores amigas de infância andam por lá. E o mesmo acontece aos jovens de agora …


“Hoje o mundo é vermelho
É indiscutível, o Benfica é o maior clube nacional e as imagens da festa dos benfiquistas emigrantes em todas as partes do mundo fazem crer que o Benfica não só é o clube com mais adeptos em Portugal, a avalancha de emigrantes que nos últimos anos tem deixado Portugal tem feito também do Benfica um dos clubes com mais adeptos em todo o mundo. Em Londres, Paris, Bruxelas, Luanda, São Paulo e um pouco em cada país do mundo se festejou a vitória do Benfica. E se as imagens da festa dos benfiquistas pelo mundo servem para alguma coisa, servem para constatar o enorme número de portugueses por todo o mundo.
É, também, no futebol que essas pessoas encontram um pouco de Portugal. Por mais longe que se encontrem, o futebol leva-lhes um pouco da nossa idiossincrasia enquanto portugueses, que – nunca escondemos – gostamos de futebol.
Onde quer que haja um português há o cheiro a bacalhau salgado, um galo de Barcelos e um cachecol do Benfica. Mesmo que sejamos de outras cores clubísticas, como eu, estas festas têm a capacidade de aproximar os emigrantes com este pequeno triângulo a que chamamos de Portugal.
Façam a festa, emigrantes. Celebrem Portugal!
André Vinagre


 Macau                                               New Jersey

 Luxemburgo                                              FALOP


Imagens Google

domingo, 17 de maio de 2015

VIVE-SE PARA APRENDER


Tratar as pessoas com o mesmo grau de importância que nos tratam - aprende-se com as boas ou más lições da vida.  

As imagens e frases que se seguem foram retiradas do blog Stuff No One Told Me  (Coisas que ninguém me contou)

1 - Está tudo bem em relação a mudar a sua opinião sobre pessoas ou coisas da sua vida… Apenas tente manter a coerência.


2 - Boa imaginação é sinal de inteligência.



3 - Não confie em pessoas que não confiam em ninguém.


4 - Algumas vezes, desistir é a decisão mais corajosa.


5 - Coisas são somente coisas. Não se apegue a elas.


6 - Coisas que são difíceis de falar são normalmente as mais importantes.

7 - Confie nos seus instintos.


8 - Os problemas da sua família não são os seus.


9 - Pessoas que só ligam quando precisam de alguma coisa, não são seus amigos.


segunda-feira, 11 de maio de 2015

FRAGMENTOS DE ROTAS DE CRUZEIROS - O MAR


A voz do mar sussurra, clama, murmura, convida a alma a vaguear, perde-se em labirintos de contemplação interior, é sensual, envolve o corpo num enorme abraço!
Olhar o mar é quase uma oração que não é para qualquer um, penso. 





No Porto Grande da iha de S. Vicente, em Cabo Verde, encruzilhada de barcos de várias origens, centro das principais rotas de navegação através do Atlântico, ancorou também o Island Escape que permitiu apreciar as belíssimas praias de água tépida e cristalina, a pitoresca cidade do Mindelo encaixada entre o mar e um agreste maciço rochoso, o espectacular panorama da ilha vulcânica de Santo Antão e o Ilhéu dos Pássaros, considerado o ponto mais ocidental de África, com o seu farol Dom Luiz I, frente á ilha de S. Vicente, cercado pelo mesmo mar de águas mornas.


As águas do mar do Forte de S. Marcelo, S. Salvador da Baia, de planta circular, inspirado no Castelo de Santo Ângelo  (Itália) e na Torre do Bugio  (Portugal), não são de um azul transparente mas de um verde forte devido à fusão com o céu azul.
A coloração é causada principalmente por várias partículas minerais ou orgânicas, em suspensão na água. A matéria orgânica decomposta produz um pigmento amarelo que, misturado com a luz, faz o mar parecer verde-azulado ou verde.

No alto mar
A luz escorre
Lisa sobre a água.
Planície infinita
Que ninguém habita.
O Sol brilha enorme
Sem que ninguém forme
Gestos na sua luz.
...
Sophia de Mello Breyner Andresen

O pescador do mar alto
Vem contente de pescar.
Se prometo, sempre falto:
Receio não agradar.
Fernando Pessoa



Deitada numa das várias espreguiçadeiras que circundam o amplo deck, com as pernas elevadas, é bom estar no meio do mar, no mar planura fabulosa, que parece muito mais perto do que na realidade está
O mar, no oceano abertoé puro e claro.
A partir de uma certa profundidade, as cores começam a ser absorvidas - a vemelha aos seis metros, a amarela aos quinze e abaixo de mais ou menos 30, toda a luz parece de um azul monocromático, sem sombras.

Bem perto do arquipélago Fernando de Noronha, o mar é tranquilo e límpido. Avistam-se praias de areia branca de formas e dimensões diversas, alguma vegetação nos declives, um porto de abrigo para embarcações de recreio, um verdadeiro paraíso...



O sol, subindo acima do horizonte, vem iluminar o Costa Fortuna, no Mar Mediterrâneo, a caminho de Nápoles.
Formado a partir das águas do Oceano Atlântico, o Mar Mediterrâneo não é um mar calmo, embora seja muito raro ver ondas de 5 metros. Integra a categoria de mar interior, o maior do planeta e a salinidade aumenta à medida que nos afastamos do estreito de Gibraltar, tornando a água mais densa.
Ao longo da costa da Toscana, o paraíso natural tem mar cristalino com tons diferentes de azul que banham lindas praias entre penhascos.


À noite, o azul "Mar da Madeira", visto do Costa Fortuna parece fazer parte do quadro dum OVNI em forma de barco ou um pouco da beleza que há na tisteza dos quadros de marinha de António Machado.



sexta-feira, 1 de maio de 2015

DIA UM DE MAIO




- Gostava de ter na minha casa uma parede inteira apenas com esta foto aumentada em alta resolução. 
Será possível?
- Talvez. 
Vou saber se o M. consegue obter a cotação junto do fornecedor de imagens e impressão que trabalha para ele.
- O mar reconforta, o horizonte é tranquilo, há velas imaginárias que ultrapassam a realidade
- O mar tem segredos…
- Saberá qual “o sítio certo na hora certa”?
Enquanto o sol se põe no Ocidente, um outro dia surge no Oriente!

E olha uma vez mais para o curriculum que o levará ao céu… ou ao inferno da frustração novamente.

sábado, 25 de abril de 2015

UM HINO À MÚSICA / ANOS 60 - 3





É sempre com saudade que falo da minha década de 60 
Ela foi, até hoje, a de maior revolução cultural e comportamental com influência nas artes, na música ideologias.

E penso que, só quem efectivamente viveu nessa época, poderá compreender o privilégio daquela geração.





As Músicas

De vários estilos, elas têm conseguido agradar e manter-se actuais ao longo de todas as décadas seguintes.

Apesar de as primeiras manifestações psicadélicas no Rock terem surgido na Inglaterra em 1965 através de Syd Barrett e Pink Floyd, foi nos EUA que o estilo cresceu e atingiu o auge em 1969, no festival Woodstock.
Bandas como CreamThe 13th Floor Elevators, The Byrds e Beach Boys, marcaram toda uma trajectória de revoluções pessoais, guerras, conflitos políticos, libertação feminina e sexual.
Gostaria de não escolher algumas em detrimento de outras porque todas são relevantes e inesquecíveis.

Outras e algumas:

Puppet on a String - Sandie Shaw, Oh Pretty Woman - Roy Orbison, Oh! Carol - Neil Sedaka, Downtown - Petula Clark, These Boots Are Made for Walking - Nancy Sinatra, Oh Happy Day - Edwin Hawkins Singers, Twist And Shout - The Beatles, The Time Of My Life Jennifer Warnes,  Stayin' Alive - Bee Gees, Smooth Criminal - Michael Jackson, Summer Nights - John Travolta e Olivia Newton John, Still Loving You - Scorpions,  Sacrifice - Elton John, California Dreamin - The Mamas & the Papas, All I Have To Do Is Dream -The Everly BrothersBob Dylan, Joan Baez... Frank Sinatra, cuja carreira começou em 1930, dominou durante várias décadas o panorama musical norte-americano e mundial com My Way, uma canção inicialmente escrita em francês mas reescrita por Paul Anka para a sua voz.

ç

A Lenda De El-Rei D. Sebastião - Quarteto 1111, Canção Verdes Anos - Carlos Paredes, É Preciso Avisar Toda A Gente - Luís Cília, Ele E Ela - Madalena Iglésias), Estranha Forma De Vida - Amália Rodrigues, Hully Gully Do Montanhês - Conjunto Académico João Paulo, Lado A Lado - Tony de Matos, O Lenço - Alfredo Marceneiro, O Vento Mudou - Eduardo Nascimento, Os Vampiros - José Afonso, Pedra Filosofal - Manuel Freire, Povo Que Lavas No Rio - Amália Rodrigues, Sol De Inverno - Simone de Oliveira, Trova Do Vento Que Passa - Adriano Correia de Oliveira, Oh Tempo Volta pra trás  - António Mourão, Maria Rita - Duo Ouro Negro... e Artur Garcia, considerado o "Rei da Rádio" em 1967 e "Príncipe do Espectáculo" em 1969, que foi um dos cantores portugueses mais aplaudidos nos anos 60, sem preterir António Calvário.

  

música francesa tem perdido terreno nas rádios, televisões e imprensa em geral devido à supremacia atribuída aos valores culturais anglo-saxónicos. 
Mas foram as melodias francesas de letras românticas, caracterizadas pela maior flexibilidade das formas musicais procurando focar mais o sentimento, as minhas predilectas:
Claude François Belinda; Carla BruniL’amoureuse; Serge GainsbougMarilou sous la neige; Sylvie Vartan - Non je ne suis plus la meme; Françoise Hardy avec Jacques DutroncPuisque vous partez en voyage; Berry Capri France Gall - “Poupée de cire poupée de son”; Sacha Distel & Richard Anthony – Medley; Charles Aznavour - Et pourtant, Que c'est triste Venise; Jacques Brel On n'oublie rien, Ne me quitte pas, Quand on n'a que l'amour, Les filles et les chiens, J'aimais, La parlote Les bourgeois, Le bon Dieu, Si c’était vrai, La ville s'endormait ; Gilbert Bécaud - Je reviens te chercher; Adamo - C’est ma vie, Vous permettez monsieur; Elvis Presley, Edith Piaf....




A canção ligeira italiana, agradável, lindíssima e inesquecível, interpretada com simplicidade e com alma, fica no ouvido:
Rita Pavoni - Cuore; Gianni Morandi - Scende la Pioggia, Tu sei l’unica donna per me; Bobby Solo - Non Son Degno de Ti, Lacrima sul viso; Sergio Endrigo, Domenico Modugno - Come Prima Più Di Prima; Teddy Reno - Arrivederci RomaGigliola Cinquetti... 




As primeiras boites surgiram na Linha do Estoril (O Caixote em Cascais e Le Cerveou no Estoril). 
As músicas do filme O Zorba tinham- se transformado numa “epidemia”.




Em 1965 são inaugurados o Van Gogo, com pista onde se dança o ié-ié e só entra quem é conhecido ou faz parte do círculo do dono, figura muito in daquele tempo, o Porão da Nau na Av. Fontes Pereira de Melo, junto ao cinema Monumental e A Ronda no Monte Estoril, minha preferida.  
As boites são decoradas com muitos sofás e espaços de dança reduzidos, animadas pelos sons norte-americanos.
No bar do casino, o Wonderbar, com tradição boémia, ceias até tarde e noites dançantes, ao ritmo da orquestra a tocar os sons franceses, o twist e muito chá-chá-chá tornou-se mais animado.


                            Casino

A Ronda

Lembro-me de festas-dançantes em casa de amigos que tinham e tocavam piano e de jantar em restaurantes com pista de dança como A Lareira (onde hoje será o Foxtrot, no Príncipe Real?) ou O Mónaco na estrada marginal de Caxias, boite da moda e salão de chá, que tinha música dançante latina, jazz e tango, tocada diariamente pelo maestro Shegundo Galarza e um guitarrista. 

Algumas vezes havia artistas que cantavam “ao vivo” como José Cid e João Braga.


O Mónaco

Aquela seria a primeira geração que sai à noite em grupos mistos e circula de carro pela cidade, fazendo a ronda das discotecas que, entretanto, foram aparecendo na década de 70.

Acho que a nova geração perdeu o romantismo...


Imagens e videos google