"O silêncio é uma confissão". Camilo Castelo Branco
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sábado, 20 de novembro de 2021
quinta-feira, 11 de novembro de 2021
SENTIR O SÃO MARTINHO
O Santo é patrono dos alfaiates, cavaleiros, mendigos, trabalhadores da restauração, produtores de vinho, ex-alcoólicos, soldados, cavaleiros, peleteiros, gansos, Sporting Club de Portugal, etc., etc. Há imensas localidades com o seu nome, quer em França, quer em todo o mundo e tem o seu santuário em Tours e parte das suas relíquias dentro do braço erguido de uma enorme estátua.
Biografia
Magustos
Cantigas à volta da fogueira
Feiras
A festa, com mais de 500 anos (Penafiel) junta habitualmente milhares de pessoas e tem um papel importante para a economia da região. Há provas de vinho novo, animação cultural com vários ranchos folclóricos e um grande assador de castanhasO Verão de São Martinho
Provérbios
Sendo o São Martinho um dos santos mais populares da igreja católica, está associado a inúmeras tradições rurais, imortalizadas no saber popular dos provérbios.
Alguns, entre muitos outros:
No dia de São Martinho, vai à adega e prova o vinho.
Pelo São Martinho castanhas assadas, pão e vinho.
Pelo São Martinho, todo o mosto é bom vinho.
No dia de S. Martinho, assa as castanhas e molha-as com vinho
Sem remendo nem buraco
Estoiro como um foguete
quarta-feira, 10 de novembro de 2021
FLORES - TCHAIKOVSKY
Levitar… devagarinho… e flutuar no
ar… suspensos pelas nuvens.
É mágico, imaterial, puro…
O som faz sorrir a alma; Tchaikovsky é magistral.
E “Sorriso é a flor da face: quanto mais se arranca, mais nasce”. Saulo Pessato
domingo, 31 de outubro de 2021
DE ORIGEM PAGÃ
No dia 31 de Outubro, em
várias zonas do país e/ou certos bairros de Lisboa, crianças e
jovens vestidos de fantasia halloween tocam à campainha dos vizinhos
com bastante alarido e alguma insistência para pedir doces e dinheiro. Se os
donos da casa não lhes derem as guloseimas e forem apanhados de
surpresa entram para fazer travessuras. E se a porta não se lhes abre mesmo,
deixam escadas e patamares cheios de lixo, desde papel
higiénico “mascarado” a restos de alimentos e outros detritos no
género.
Porem, este ano…nada! Nem alarido, nem lixo, nem "pedintes". Desconheço o motivo mas gostei.
Tal como as celebrações da Páscoa e do Natal, o Halloween, segundo os historiadores, resultou da mistura de tradições de diferentes culturas, religiões e países. A festa é conhecida no mundo inteiro mas nem todos a festejam. Tem origem pagã há mais de 2 mil anos no povo celta, que existiu na Bretanha de 600 a.C. a 600 d.C. Comemorava o Ano Novo (Samhain) na data que consideramos 1 de Novembro e acreditava, que, na véspera, os espíritos andavam pela Terra assim como fadas, demónios e outras criaturas. Para não serem possuídos, os celtas, durante o festival, iluminavam as vilas e os caminhos com lanternas, faziam fogueiras, vestiam-se de branco e com fantasias de peles de animais, usavam máscaras e rostos macabros em nabos.
Ao longo dos tempos foram evoluindo por todo o mundo. Porem, o Dia das Bruxas/Halloween, apesar de não passar de um divertimento, ainda mantem os mitos e lendas que o caracterizam como cultos Satânicos, sacrifícios de gatos pretos e animais, mortos que saem à noite do túmulo, fantasmas que vagueiam pela Terra e outros. Bruxas, fantasmas, vampiros e monstros de vários tipos divertem-se uns com os outros pela noite dentro.
O legado de lendas da cultura Celta como as do Rei Arthur, Tristão e Isolda, The Jack-o-Lantern e outras, é, talvez, o ponto mais conhecido
As cores mais usadas na festa de Halloween são o
laranja, o preto e o roxo cujos significados que fazem a diferença na
noite dos santos.
Gosto das cores, não do Halloween…
No sec. XII, a Igreja Católica, para fazer frente a estas práticas pagãs, criou o feriado cristão do dia 1 de Novembro em honra de todos os santos, o Hallowmas (Dia de Todos-os-Santos). Porem, com o tempo as tradições misturaram-se, ficando o dia 31 de Outubro como o “All Hallow’s Eve” (e, mais tarde Halloween).
Halloween, uma tradição que não fez parte do meu tempo…
sexta-feira, 29 de outubro de 2021
O CAFÉ NO CAFÉ
O café tornou-se um hábito na vida dos portugueses. Quem, de norte a sul do País, resiste a um café logo pela manhã ou a seguir ao almoço ou mesmo a meio da tarde?
E
não é, por acaso, um mau hábito porque, segundo especialistas de diversos
países, quando bebido com moderação, tem mais benefícios do que malefícios.
Talvez por isso, também o pequeno almoço, hoje em dia, é tomado diariamente no café. Logo nas primeiras horas, ali se “encontram” as pessoas de diferentes profissões, idades e origem social para, apressadamente e ao balcão, tomarem a sua “bica” com uma torrada bem barrada e/ou bolinho.
Fernando
Pessoa, poeta e escritor, usava o café
para as tertúlias com os amigos e para escrever. Ao contrário dos que “mal entram,
logo saem”, ele, Almada Negreiros,
outros escritores, poetas, artistas em
geral, ficavam “até o sol cair”
Assim acontecia no Martinho da Arcada, “café eleito pelas várias gerações de governantes, políticos, militares, artistas e escritores, ao longo de mais de dois séculos, "como ponto de encontro privilegiando com um espaço de convívio singular “. A mesa que Pessoa ocupava (e de mais alguns, posteriormente) ali se mantem com o seu nome.
E na Brasileira do Chiado, espaço centenário que preserva o charme e a elegância originais desde 1905, onde se pode “ fazer uma viagem no tempo”
Também houve um tempo em que Fernando Pessoa, para tomar um cálice de aguardente, passava pela taberna do Abel Pereira da Fonseca, um importante empresário do século XX , cujo império ocupava quase um quarteirão inteiro no centro de Marvila com produção, comercialização e distribuição de vinhos e licores. No interior existe uma imagem do escritor ao balcão a beber um copo de vinho legendada por Ofélia que diz: "Flagrante delitro”.
Abel Pereira da Fonseca era natural de Malpartida, freguesia raiana, rica em construção histórica como a igreja matriz de estilo romântico. Tem também vestígios arqueológicos importantes de diversas épocas - sepulturas cavadas na rocha localizadas na área de Nave de Mouros, e a atalaia que se julga ter sido erguida no tempo da Guerra da Restauração.
Num deles, todas as manhãs, logo cedo ( não sei precisar bem a hora), reúnem-se as “amigas,” que ora o são, ora não o são, e lá vão ficando, com a ajuda de uma cervejinha, no exercício da troca de fofocas, enredos, mexericos e conspirações secretas (a união faz a força!) no caso serem necessários apoios para a aprovação das suas actividades. A intriga, assunto principal do cavaqueio, tem como finalidade converter o lesado "não amigo" em inimigo malévolo e o prevaricador, em vítima.
- As janelas estão abertas…
(Desaceleram -se os passos e ciciam-se as vozes até à entrada no café).
sábado, 23 de outubro de 2021
À UMA DA MADRUGADA
E então, no dia 31 de Outubro, de madrugada, os relógios vão atrasar uma hora, dando início ao horário de Inverno. Imagine-se, por uns instantes, quantas pessoas no mundo irão estar a mudar os ponteiros dos relógios! Só aqui em casa, há que contar com bastante disponibilidade para alterar a hora de todos e duvido que, ao acordar, possa confiar neles…
Observatório Astronómico de Lisboa - PÚBLICO
Se os deputados europeus aprovarem as alterações propostas pela comissão parlamentar de Transportes, poderá ser a última vez
A proposta já foi apresentada em 2018, na sequência de uma consulta pública efectuada em todos os Estados-membros e 84% dos inquiridos mostrou-se a favor do fim das mudanças de horas sazonais.
António Costa, com base numa recomendação do relatório realizado pelo Observatório Astronómico de Lisboa, argumentou que as alterações sazonais são para manter considerando que "o bom critério e único, é o critério da ciência". Porém, se a decisão na UE avançar, “todos os países têm de fazer igual”.
“Portugal pode escolher ficar com a hora de Inverno ou com a de Verão". O horário de Verão é óptimo para quem gosta de esplanadas no final da tarde, como eu, mas acho que, não podendo haver o horário bianual, no caso português, será preferível optar pelo de Inverno por ser o mais próximo da hora solar.
E esplanadas há sempre, para o sol de Verão ou viradas para o Inverno