PASSOS COELHO - PC (durante um jantar de campanha
do PSD para as eleições autárquicas, em Alcanena):
- "Algum dos senhores em Portugal, nesta sala ou em
qualquer outra, desejaria que esse fosse o nosso resultado, o de ter de pedir novamente
ajuda externa"?
"Eu não acredito, e não acredito porque as pessoas
sabem que, se isso acontecesse, ninguém nos emprestaria dinheiro se nós não
cumpríssemos aquilo a que já nos comprometemos"
Mas que conversa tão confusa!
Todos sabemos que, apesar de se cumprir aquilo (quantas vezes mais?) porque ninguém quer ficar mal na fotografia, haverá uma nova ajuda externa...
Todos sabemos que, apesar de se cumprir aquilo (quantas vezes mais?) porque ninguém quer ficar mal na fotografia, haverá uma nova ajuda externa...
PC - "As pessoas cá dentro começam a perceber que
finalmente a nossa economia vai melhorar, mas fora começa a haver duvidas sobre
se nós conseguiremos fechar este processo de programa de ajustamento".
É... Eu estou cá dentro e ainda não comecei a perceber coisa
nenhuma.
Quanto às dúvidas de fora acho que são legítimas e há quem confirme.
WOLFGANG MÜNCHAU (colunista do "Financial Times" e fundador da
Eurointelligence:
"Portugal precisa de uma redução da dívida, de um perdão parcial da
dívida.
Com um crescimento anual de 8% a 10%, ao longo de um período de 10 a 15 anos, é possível pagar a dívida... Mas isto não vai acontecer a Portugal. Portugal conseguirá num cenário optimista, uns 2% que não será suficiente.
Com um crescimento anual de 8% a 10%, ao longo de um período de 10 a 15 anos, é possível pagar a dívida... Mas isto não vai acontecer a Portugal. Portugal conseguirá num cenário optimista, uns 2% que não será suficiente.
- ” Começa a ser cada vez mais difícil a Portugal pagar
a sua dívida. Mesmo um segundo resgate
não iria ajudar. Um resgate não é mais do que um crédito, não reduz a dívida, a
única coisa que faz é adiar o problema. Pode aliviar no curto prazo, mas não
resolve nada numa perspectiva de longo prazo"
PC - "Há ainda alguns riscos associados a medidas que
constam do nosso contrato com quem nos deu o dinheiro. Quando fazemos um
contrato devemos cumpri-lo. Compromete-mo-nos a fazer uma série de medidas e
temos de as fazer. A dúvida sobre se é possível ou não cumprir com essas
medidas pode determinar a nossa sorte hoje".
Mas "contrato com quem nos
deu o dinheiro"?!
"Nos", que são quem?
"Nos", os que usufruímos do saque das medidas... porque o Governo recusa-se a taxar o grande capital impondo simultaneamente ao povo uma carga fiscal cujos destinatários são também os grupos financeiros e económicos! ("nos")
"Nos", os que usufruímos do saque das medidas... porque o Governo recusa-se a taxar o grande capital impondo simultaneamente ao povo uma carga fiscal cujos destinatários são também os grupos financeiros e económicos! ("nos")
Para Passos Coelho os fins justificam os meios, a palavra em política
tem um valor relativo, a dignidade e os princípios são uma anedota, a sua vida
é orientada em função do poder, curvado pelo dinheiro e enredado numa teia complexa de interesses, servindo-se com prazer dos que o não têm.
Segue a política monetária dos grupos económicos sem escrúpulos, cada vez com mais tentáculos !
Segue a política monetária dos grupos económicos sem escrúpulos, cada vez com mais tentáculos !
STANLEY DRUCKENMILLER ( multimilionário) -"O Federal Reserve está não só a inflacionar os mercados mas também a deslocar os bens da classe média e dos pobres para os ricos.
Atrasar o aperto da política monetária (por decisão surpreendente do Fed), é fantástico para cada pessoa rica", disse!
Contra tanto sadismo, só um verdadeiro ROBIN dos BOSQUES, ajudado por homens tipo "João Pequeno" e "Frei Tuck", que lidere uma oposição contra as injustiças, a ganância e a petulância dos ricos poderá virar as
páginas da História, ajudando os despojados a readquirir regalias perdidas e as " terras que o Príncipe João está a taxar".
"Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas pensionistas, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!…
Porque padecem assim?!…"
sofra tormentos, enfim!
Mas pensionistas, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!…
Porque padecem assim?!…"
São os pensionistas que injectam capital público no Banif, indemnizam os cinco ex-administradores do BPN absolvidos porque «a acção foi intentada no tribunal errado», repoem o que se perdeu nos contratos financeiros de alto risco assinados por administradores de empresas públicas, ajudam as privatizações das "empresas públicas que funcionam mal e dão prejuízo”, etc., etc. e a JP Morgan, principal beneficiada pelos contratos swap feitos pelas empresas públicas portuguesas, um dos maiores criadores de derivativos de crédito, ainda será brindada com a privatização dos CTT?
Porque negoceia a PARPÚBLICA o que quer, da forma que entende, sem incorrer em
qualquer ilícito e regista um resultado consolidado negativo de 75,7
milhões de euros no primeiro semestre do ano, segundo um comunicado enviado à
Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM)?
Wolfgang Münchau disse ainda, quando interrogado
durante a Conferência "Portugal Europeu. E agora?:
" Portugal não vai lá sem um perdão de dívida. E sugere que Lisboa
diga aos parceiros europeus que se não houver perdão, o país terá mesmo de sair
do Euro.
Pare este especialista, a "permanência de Portugal no Euro deve mesmo ser
utilizada como uma estratégia negocial perante os parceiros europeus.
Imagens Gopgle