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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

ROBIN DOS BOSQUES, PROCURA-SE


PASSOS COELHO - PC (durante um jantar de campanha do PSD para as eleições autárquicas, em Alcanena):


- "Algum dos senhores em Portugal, nesta sala ou em qualquer outra, desejaria que esse fosse o nosso resultado, o de ter de pedir novamente ajuda externa"?
"Eu não acredito, e não acredito porque as pessoas sabem que, se isso acontecesse, ninguém nos emprestaria dinheiro se nós não cumpríssemos aquilo a que já nos comprometemos"

Mas que conversa tão confusa! 

Todos sabemos que, apesar de se cumprir aquilo (quantas vezes mais?) porque ninguém quer ficar mal na fotografia, haverá uma nova ajuda externa...

PC - "As pessoas cá dentro começam a perceber que finalmente a nossa economia vai melhorar, mas fora começa a haver duvidas sobre se nós conseguiremos fechar este processo de programa de ajustamento".

É... Eu estou cá dentro e ainda não comecei a perceber coisa nenhuma.
Quanto às dúvidas de fora acho que são legítimas e há quem confirme 

WOLFGANG MÜNCHAU (colunista do "Financial Times" e fundador da Eurointelligence

"Portugal precisa de uma redução da dívida, de um perdão parcial da dívida. 
Com um crescimento anual de 8% a 10%, ao longo de um período de 10 a 15 anos, é possível pagar a dívida... Mas isto não vai acontecer a Portugal. Portugal conseguirá num cenário optimista, uns 2% que não será suficiente
- ” Começa a ser cada vez mais difícil a Portugal pagar a sua dívida. Mesmo um segundo resgate não iria ajudar. Um resgate não é mais do que um crédito, não reduz a dívida, a única coisa que faz é adiar o problema. Pode aliviar no curto prazo, mas não resolve nada numa perspectiva de longo prazo"

PC - "Há ainda alguns riscos associados a medidas que constam do nosso contrato com quem nos deu o dinheiro. Quando fazemos um contrato devemos cumpri-lo. Compromete-mo-nos a fazer uma série de medidas e temos de as fazer. A dúvida sobre se é possível ou não cumprir com essas medidas pode determinar a nossa sorte hoje".

Pois, quanto às medidas já ninguém tem dúvidas porque serão sempre as mesmas... - cortes nas pensões pagas pela Caixa Geral de Aposentações, apontadas como essenciais "para que os parceiros internacionais de Portugal acreditem no cumprimento do Programa de Assistência Económica e Financeira assinado em 2011".

Mas "contrato com quem nos deu o dinheiro"?! 
"Nos", que são quem?
"Nos", os que usufruímos do saque das medidas... porque o Governo recusa-se a taxar o grande capital impondo simultaneamente ao povo uma carga fiscal cujos destinatários são também os grupos financeiros e económicos! ("nos")
Para Passos Coelho os fins justificam os meios, a palavra em política tem um valor relativo, a dignidade e os princípios são uma anedota, a sua vida é orientada em função do poder, curvado pelo dinheiro e enredado numa teia complexa de interesses, servindo-se com prazer dos que o não têm.
Segue a política monetária dos grupos económicos sem escrúpulos, cada vez com mais tentáculos !



STANLEY DRUCKENMILLER ( multimilionário) -"Federal Reserve está não só a inflacionar os mercados mas também a deslocar os bens da classe média e dos pobres para os ricos.
Atrasar o aperto da política monetária (por decisão surpreendente do Fed), é fantástico para cada pessoa rica", disse!






Contra tanto sadismo, só um verdadeiro ROBIN dos BOSQUES, ajudado por homens tipo "João Pequeno" e "Frei Tuck", que lidere uma oposição contra as injustiças, a ganância e a petulância dos ricos poderá virar as páginas da História, ajudando os despojados a readquirir regalias perdidas e as " terras que o Príncipe João está a taxar".


"Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas pensionistas, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!…
Porque padecem assim?!…" 



São os pensionistas que injectam capital público no Banif, indemnizam os cinco ex-administradores do BPN absolvidos porque «a acção foi intentada no tribunal errado», repoem o que se perdeu nos contratos financeiros de alto risco assinados por administradores de empresas públicas, ajudam as privatizações das "empresas públicas que funcionam mal e dão prejuízo”, etc., etc. e JP Morgan, principal beneficiada pelos contratos swap feitos pelas empresas públicas portuguesas, um dos maiores criadores de derivativos de crédito, ainda será brindada com a privatização dos CTT?

Porque negoceia a PARPÚBLICA  o que quer, da forma que entende, sem incorrer em qualquer ilícito e regista um resultado consolidado negativo de 75,7 milhões de euros no primeiro semestre do ano, segundo um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM)?


Wolfgang Münchau disse ainda, quando interrogado durante a Conferência "Portugal Europeu. E agora?:
 " Portugal não vai lá sem um perdão de dívida. E sugere que Lisboa diga aos parceiros europeus que se não houver perdão, o país terá mesmo de sair do Euro.
Pare este especialista, a "permanência de Portugal no Euro deve mesmo ser utilizada como uma estratégia negocial perante os parceiros europeus.

Imagens Gopgle

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